03 maio 2016

02 maio 2016

Na capa do «Público»

Como todo o respeito pelo cidadão
escolhido, porquê uma foto assim ...




...  e, por exemplo, não uma
assim (mas mais nítida) ...



... ou então assim ?



Há muitos anos, em incontornável artigo no Avante! sobre a fotografia como arma política, Ruben de Carvalho ilustrava o seu texto com duas capas da Time: a primeira a preto e branco e solarizada de Patty Hearst quando foi presa e a segunda quando foi absolvida:


É claro que, máxima sinceridade minha, isto nada tem a ver com o editorial do Público de hoje onde se afirmam coisas destas, a primeira na sequência de uma referência às lutas e reivindicações anunciadas:


(...)

Sobre isto apenas duas curtíssimas perguntas:


- num país que já deu catrefas de milhões de euros para salvar bancos e que está afogado em escândalos financeiros e histórias dos Panamá Papers, vem o Público falar de «clientelas sindicais» ?

- estará mesmo o Público convencido de que sempre nos 1º de Maio após o 25 de Abril sempre se gritou «Governo para a rua» (para castigo deles não me dou ao trabalho de explicar) ?

01 maio 2016

Recebido de um amigo

Ai, Expresso, Expresso…



Expresso de hoje [ontem] sobre visita do PR a Moçambique (p.6 do primeiro caderno).
Que Marcelo tem revelado capacidades inesperadas é um facto. Que vá encontrar-se com Malangatana já me parece magia a mais.
Malangatana morreu em Portugal, em 2011. 
É esta a imprensa de "referência" em Portugal.

1º de Maio

















30 abril 2016

Tristes memórias

Quando o racismo nem
nas guerras fazia intervalo



ler aqui

World War II

During World War II, African-American enlistment was at an all time high, with more than 1 million serving in the armed forces.[3] However, the U.S. military was still heavily segregated. The air force and the marines had no blacks enlisted in their ranks, and the navy only accepted blacks as cooks and waiters. The army had only five African-American officers.[3] In addition, no African-American would receive the Medal of Honor during the war, and their tasks in the war were largely reserved to noncombat units. Black soldiers had to sometimes give up their seats in trains to the Nazi prisoners of war.[3]
It would take over 50 years and a presidential order before the U.S. Army reviewed their records in order to award any Medals of Honor to black soldiers. This war marked the end of segregation in the U.S. military. In 1948 President Truman signed Executive Order 9981, officially ending segregation and racial inequality in the military.

Porque hoje é sábado ( )

Ane Brun

A sugestão musical deste sábado propõe-vos
a voz e a música da cantora norueguesa Ane Brun.




29 abril 2016

A palhaçada da direita já passou mas...

... por favor, não
continuem com as confusões !



É que na Assembleia da República hoje não foi votado qualquer Programa de Estabilidade, apenas foram votados (e chumbados) projectos de resolução [tecnicamente, meras recomendações ao Governo] do PSD e do CDS.

Não ponho as mãos no fogo por ninguém mas...

... aqui ficam um título e 15 linhas no
Público (impresso) que dizem muito



«(...)A Rússia propôs ainda que o Conselho de Segurança da ONU ponha na lista negra das organizações terroristas dois grupos rebeldes sírios, o Jaish al-Islam e o Ahrar al-Sham, acusando-os de terem ligações à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico. Se nenhum membro do Conselho de Segurança se opuser até às 19h TMG de 11 de Maio, estas formações serão adicionadas à lista de sanções, disse uma pouco satisfeita fonte diplomática à Reuters. Este passo “não ajuda nada. Está apenas a tentar dividir a oposição”

28 abril 2016

Ainda sobre o «impeachment» no Brasil

Não é demais insistir 



No Público de hoje

«(...) É aqui, portanto, que situo a atual crise política vivida no Brasil, da qual podemos sair mais ou menos fortalecidos do ponto de vista do progresso de uma democracia que ainda não comemorou a terceira década. Dessa crise, pode derivar a destituição de uma Presidente da República, sem que ela tenha cometido qualquer crime de responsabilidade, pressuposto situado nas entranhas da Constituição, sem o qual o processo de impeachment se reveste de grave atentado ao documento que inaugurou entre nós um estado democrático de direito. Sem argumento convincente, a ponto de o saber jurídico nacional estar fraturado, tentam enquadrar, na categoria de tais crimes, duas posturas de Dilma Rousseff que não representam qualquer atentado ao ordenamento jurídico brasileiro, porque não possuem a necessária previsão legal: as ditas pedaladas fiscais e a assinatura de decretos de suplementação orçamentária.
Ambas as condutas, constantes da denúncia assinada por três juristas, e aceita por Eduardo Cunha, um presidente da Câmara enredado em escândalos de corrupção, são práticas corriqueiras na Administração Pública do Brasil: governadores e prefeitos recorrem a elas todos os dias, sem contar que todos os anteriores presidentes da república as cometeram ao longo de seus respectivos mandatos. Só agora, num gesto de franco atentado à segurança jurídica prevista na mesma Constituição, um conjunto de forças políticas, judiciais e mediáticas resolveu transmutar em crime de responsabilidade o que era e continua a ser visto, em Estados e municípios, como conduta habitual. E o pior: recorrem ao texto constitucional para respaldar algo que o próprio texto repudia. Trata-se de inominável esquizofrenia.
Um exemplo, apenas, para que entendamos com clareza o que se passa: Dilma Rousseff é acusada de ter cometido crime por ter assinado seis decretos de crédito suplementar, que — é bom que se diga — não aumentaram os gastos do governo. Por sua vez, em prática exatamente igual, o governador de São Paulo, do mesmo PSDB que agora pede a saída de Rousseff, assinou, no ano passado, mais de três dezenas de decretos com o mesmo teor. Na São Paulo de Geraldo Alckmin, sim; na Brasília de Dilma Rousseff, não. Não é demais recordar que o atual vice-presidente, Michel Temer, também autorizou decretos semelhantes em vários momentos em que assumiu interinamente a presidência durante as viagens de Dilma ao exterior. Nem Alckmin, nem Temer foram questionados em suas condutas. Não é crime de responsabilidade. O mesmo não se diz em relação a Rousseff. Como se vê, falta ao atual processo de impedimento a luz radiante da legalidade, sem a qual cairemos, indefesos, no pântano da insegurança jurídica e do arbítrio. (...)

(O autor é Doutorando em Comunicação da Universidade de Brasília. Investigador do Núcleo de Estudos em Mídia e Política da Universidade de Brasília (NEMP-UnB) e do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra (CEIS20/UC)

Com esta gente, até o incrível acontece !

Apresentar um projecto
de resolução para votar contra ele !



E se o título deste post estiver errado, isso só quer dizer que os malabarismos do CDS até  confundem os jornalistas.