Um lado esquecido da questão
No Público de hoje, uma peça de Kathleen Gomes traz alguns elementos interessantes sobre as manifestações anti-Dilma no Brasil, a começar pela referência a que «segundo uma sondagem feita pelo Instituto Datafolha na manifestação de São Paulo, 77% dos participantes têm um curso superior e metade ganham entre 5 e 20 salários mínimos.»
Mas, sobretudo, em relação à famosa fotografia acima, dá-nos conta de que «Claudio Pracownik, o patriarca da família fotografada, usou o seu Facebook para se defender. “A babá da foto só trabalha aos finais de semana e recebe a mais por isto. Na manifestação ela está usando a sua roupa de trabalho e com dignidade ganhando o seu dinheiro”, escreveu o banqueiro, que é director financeiro do clube de futebol do Flamengo.
Ora, para além de tudo o mais que reportagem do Público refere, é aqui que bate um ponto muito importante, a saber:
- faz parte do trabalho de uma «bábá» acompanhar os seus patrões a uma manifestação política ?
- porque não deixaram o banqueiro e a sua mulher as suas crianças em casa com a «bábá» ?
- em suma, ponto crucial, onde fica a liberdade política da «bábá» ?