Alguns, não eu, dirão que
são os malefícios da "decilitragem"
Muitos leitores detestam que eu dê confiança a esta gentinha desta mas eu, teimoso como tudo, divirto-me muito a divulgar as patetices senis de Vasco Pulido Valente.
No Público de hoje, arrota o sujeitinho : «(....) De 1975 em diante o PC arrastou uma existência mesquinha e acabou reduzido a umas Câmaras no Alentejo, com uma população envelhecida e sem qualquer importância estratégica e a uma dúzia de sindicatos do funcionalismo público e de companhias do Estado. A sua morte natural parecia próxima.»
Visto isto, só há que concluir que, em matéria de PCP, VPV é possuidor ou de uma ignorância cavalar ou caiu em pequenino no caldeirão da má-fé (sem culpa dos pais que eram antifascistas estimados). Assim:
1. VPV não sabe que em 1979, ou seja 4 anos depois do 25 de Novembro de 1975, a «existência mesquinha» do PCP bem se revelou nos 18,80% obtidos pela APU em legislativas e dos 20,22% (CM) obtidos em eleições autárquicas;
2.VPV não sabe que no interior centro e norte há mais população envelhecida fora do Alentejo do que dentro dele;
3.VPV não sabe que nas últimas eleições autárquicas de 2013 a CDU conquistou mais Câmaras Municipais (15) fora dos distritos de Évora, Beja e Portalegre do que as que conquistou nesses distritos (14), entre as quais de novo Loures que, como toda a gente sabe, é um imenso lar de idosos .
4. Finalmente, e para abreviar, mas isto sem aceitar a etiquetagem feita por VPV, é evidente que o próprio nunca se deu nem dará ao trabalho de consultar a lista completa de sindicatos aderentes da CGTP-IN para não descobrir que a maioria actua no sector privado.
E, pronto, porque há supostos «prestígios» que são eternos e nada abala, Vasco Pulido Valente continuará a escrever três vezes por semana na última página do Público.