14 janeiro 2016

A direcção da Escola que explique

Duas perguntas sobre uma
«aula» na campanha de Marcelo



Na segunda-feira fiquei a saber que o Museu de Foz Coa tinha aberto especialmente para uma visita de Marcelo Rebelo de Sousa. Hoje, em todas as televisões disse-se e mostrou-se que Marcelo deu uma aula na Escola Secundária de Alcabideche como consta por exemplo nesta notícia do Sol :
Mas, como a mesma notícia também diz algo que as televisões não disseram

importa que seja esclarecido o seguinte:

- a «aula» foi organizada pela escola e seus responsáveis ?
- se não foi, quer isso dizer que as escolas autorizam que alunos, agregados por afinidades políticas, convidem candidatos para «aulas» dentro da escola ?.
É só para saber.

Daniel Oliveira ou ...

...ter de escrever 
todos os dias dá nisto



Esta fantasia de sentenciar que o PCP apresenta candidato presidencial na «tradição» de uma  «sucessão infantil de desforras» com o BE, só é possível porque Daniel Oliveira se esquece por conveniência (e não por falta de memória ou de informação) que o PCP sempre apresentou candidato às presidenciais, incluindo nos  23 anos (1976-1999) em que o BE ainda não existia.

P.S.: Daniel Oliveira também escreve que Edgar Silva está «Pouco preparado para temas mais gerais e de regime» e aqui deixo a minha opinião de que me fartei de  ver debates e não vislumbrei nada disso.

Já em distribuição

Revista «O Militante»
de Jan-Fev/2016



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13 janeiro 2016

Vejam como sou generoso !

Resolvi dar um
bónus a Paulo Rangel


Ontem, no Público, Paulo Rangel veio terçar armas pela sua dama (salvo seja, porque Marcelo é nome masculino) argumentando assim a dado passo: 
Face a estas observações de Paulo Rangel que são no fundo uma variante do conveniente «só os burros não mudam de opinião», aqui venho confessar que, por mim, me disponho a esquecer todas as contradições e mudanças de opinião de MRS como comentador, seja nos últimos 5, 10, 20, 30 ou quarenta e tal anos.

De facto, a mim basta-me o cenário deste vídeo, o que nele Marcelo diz e sobretudo o facto de ter a data de 10.9.2015, ou seja há apenas 4 meses e a 24 dias das legislativas


12 janeiro 2016

Agora é sobre os exames

Continua valer tudo
incluindo tirar olhos


Contrariamente ao panorama geral de opiniões publicadas, eu confesso que, tirando os exames da 4ª classe, não tenho, e não sou obrigado a ter, opiniões infalíveis, definitivas e devidamente informadas sobre a manutenção ou fim de outros exames. Mas isso é uma coisa e outra é o despautério de ver instabilidade e graves prejuízos onde não há nada disso.


Exemplo desta atitude é a de João Miguel Tavares que, na sua crónica de hoje no Público , significativamente intitulada «A palhaçada», nos conta isto: «Na passada sexta-feira, fiquei a saber que os meus dois filhos que iam ter exames daqui por cinco meses afinal não vão ter».

Apesar da distância de cinco meses, podia perceber-se a irritação de JMT se o caso fosse o de os seus dois filhos não terem exames previstos e agora tivessem de os gramar. Mas trata-se exactamente do contrário e, a não ser que as coisas tenham mudado tanto, no meu tempo de há 55 anos isto seria sentido como um elemento de tranquilidade e alívio e não de instabilidade.

Por fim, quero apenas lembrar que, quando o ministro Crato do governo PSD-CDS procedeu a várias mudanças no sistema de avaliação dos alunos não vi nenhum dos agora tão irritados a protestar contra a instabilidade e as contínuas mudanças. Concluo, pois, que então deviam estar ligados só à SportTV.

Vida de jornalista

Quando os editores
estragam o trabalho dos jornalistas



Na edição impressa do Público de hoje, a abrir em segundo título uma peça sobre os rendimentos dos candidatos, pode ler-se:
«Há falhas nas declarações de rendimentos, património e cargos sociais, obrigatórias por lei, entregues pelos 10 candidatos à Presidência. Paulo de Morais identifica mal os imóveis, Vitorino Silva não especifica conta bancária.»
Mas logo a seguir, a jornalista Maria Lopes escreve que «a maior parte dos dez candidatos presidenciais não conseguiu preencher de forma inequívoca a declaração de rendimentos, património e cargos sociais que a lei obriga a entregar no Tribunal Constitucional».

Se bem calculo, esta passagem de «a maior parte» para «os dez candidatos», deve dever-se não à jornalista autora da peça mas a algum editor mais ligeiro.

A mesma peça inclui ainda uma caixa onde se pode ler o seguinte:
Alguém vê aqui alguma falha ?

11 janeiro 2016

Um grande artista






"Lady Stardust"
People stared at the makeup on his face
Laughed at his long black hair, his animal grace

The boy in the bright blue jeans
Jumped up on the stage
And lady stardust sang his songs
Of darkness and disgrace

[CHORUS]
And he was alright, the band was altogether
Yes he was alright, the song went on forever
And he was awful nice
Really quite out of sight 
([second time:] really quite paradise)
And he sang all night long

Femme fatales emerged from shadows
To watch this creature fair
Boys stood upon their chairs
To make their point of view
I smiled sadly for a love I could not obey

Lady Stardust sang his songs
Of darkness and dismay

[CHORUS]

Oh how I sighed 
When they asked if I knew his name

[CHORUS]

Get some pussy now!

Pois, os famosos «critérios jornalísticos»

Quando um comício com
4.000 pessoas no Porto vale
menos que uma ida a uma feira
do porco em Boticas







Bem vistas as coisas, numerosos jornalistas e comentadores já tinham previsto que nesta campanha não haveria grandes comícios...

10 janeiro 2016

Pavilhão Rosa Mota, Porto

Grande comício
com Edgar Silva
«Uma oportunidade para darem força e esperança a uma candidatura que confia no País, nos seus recursos e possibilidades; que afirma a valorização do trabalho, das remunerações e dos salários como um factor de dinamização económica e de dignificação das condições de vida; que apresenta a defesa e ampliação da produção nacional como elemento essencial para ampliar a riqueza nacional, promover o emprego, reduzir a nossa dependência externa.
Estamos aqui, como em muitos outros momentos, nesta luta comum que move os que sabem e conhecem por experiência vivida que avanço, progresso, justiça social ou direitos são tão mais possíveis e realizáveis quanto a acção de todos e cada um.
Por isso aqui estamos pelo nosso direito ao trabalho com direitos. Aqui estamos pelo nosso direito à educação e à cultura. Aqui estamos pelo nosso direito à saúde. Aqui estamos por um Portugal com futuro.
Ergamo-nos pela liberdade, pela democracia e pela igualdade. Ergamo-nos por Abril. Tomemos em nossas mãos a construção de um Portugal com futuro.»
«Estamos confiantes que o povo português vai desbaratar as sondagens e os fazedores de opinião encartados e obrigar o antecipado vencedor à segunda volta e derrotá-lo. Para tal o voto em Edgar Silva contará sempre!
Esse é o objectivo que precisamos de continuar a perseguir até à hora das eleições. Não desarmando, continuando no âmbito das nossa relações, a ganhar mais portugueses, a ganhar os democratas para o voto na candidatura de Edgar Silva.»
Jerónimo de Sousa hoje no Porto

09 janeiro 2016

«SJA errou»

Uma discreta rectificação

Na sua coluna de hoje no Público, a jornalista São José Almeida escreve que «na democracia pós-25 de Abril, nenhum Presidente foi eleito sem ter origem ou apoio explícito de partidos. Ramalho Eanes era militar mas teve o apoio do PS na primeira eleição e do PSD na segunda.

Que grande confusão que por aqui vai ! A pensar nos mais novos, é melhor repôr a verdade:

- na sua primeira eleição (1976), Ramalho Eanes teve o apoio explícito do PS, do PSD e do CDS;

- na sua segunda eleição (1980, contra Soares Carneiro (apoiado pela AD [PSD+CDS+PPM]) , Ramalho Eanes teve o apoio do PS (mas não de Mário Soares) e alcançou a vitória graças à desistência do candidato comunista e do apelo ao voto em si do PCP.