25 novembro 2015

Num texto do «Expresso»

Uma gralha e uma imprecisão
sobre o 25 de Novembro



De uma notícia do Expresso  sobre o 25 de Novembro de 1975 que reproduz afirmações  muito equilibradas da prestigiada historiadora Maria Inácia Rezzola, constam uma gralha e uma imprecisão (esta muitíssimo frequente). Se não vejamos :


A gralha está em que fala de «legalização» do PCP quando, naquele contexto se trata sim de «ilegalização» do PCP.

A imprecisão que, em Maria Inácia Rezzola será acidental, mas tem sido repetida milhares de vezes ao longo dos últimos 40 anos é quando se atribuiu à frase de Melo Antunes uma referência ao papel do PCP na construção da democracia, quando na verdade Melo Antunes falou sim que «a participação do PCP era fundamental para a construção do socialismo». Como se pode ver e ouvir aqui.

Duas razões me levam a insistir ao longo do tempo nesta rectificação:

- a primeira é que ninguém tem o direito de emendar o que Melo Antunes realmente disse;

- a segunda é que substituir «socialismo» por «democracia» é rasurar a real semântica da época e a evidência histórica de que, em 26 de Novembro de 1975, até os «moderados» vencedores continuavam a falar de «socialismo».

Portugal, 1958-1961

Fique a conhecer a Almanaque !
Juro que não ganho nenhuma comissão dos serviços comerciais do Público mas não posso deixar de chamar a atenção para que amanhã, conjuntamente com a edição normal do jornal, estará à venda (6,90 E.) o primeiro número da sua série sobre revistas portuguesas dedicada à revista Almanaque, que publicou a partir de Outubro de 1959 18 números (que em tempos distantes comprei num alfarrabista e depois perdi-lhe o rasto), sobre a excelente direcção gráfica de Sebastião Rodrigues ( e depois também com a contribuição de João Abel Manta) e que integrou na sua redacção nomes como os de Baptista- Bastos, José Cardoso Pires, Stau Monteiro, Augusto Abelaira, José Cutileiro e Vasco Pulido Valente. Para quem não a conheceu na época  ou não sabe como era, recomendo vivamente que aproveitem esta oportunidade para visitarem o bom gosto, a qualidade e a modernidade desta revista democrática nascida e publicada nos duros tempos do fascismo.




Nem quero ver !

Nem ao menos uma para
descolar e outra para aterrar ?




acreditem, vem na 1ª página do
Diário Económico de hoje

Henrique Monteiro ou...

Olha,  desampara-nos a loja !



24 novembro 2015

Não é uma pequena vitória

Roendo-se todo 
mas lá teve de engolir
Com manifestos requintes de malvadez, dedico este post  à legião de  jornalistas, comentadores e políticos do PSD e do CDS que andaram semanas a balbuciar sofismas e ignorâncias cavalares, talvez na maior e mais concentrada operação de «lavagem ao cérebro» dos últimos 40 anos. Ao trabalho e à luta !

Nenhuma dúvida

Passe a publicidade, Cavaco Silva
está a precisar de Memofante



Todas as «condições» requeridas por Cavaco Silva são absurdas, injustificadas e ilegítimas mas há uma que é simplesmente pateta ou patética. Trata-se daquele em que exige garantias quanto à «estabilidade do sistema financeiro ».


Como ele parece estar esquecido, recorde-se graficamente como, com uma não despicienda protecção sua e envolvimento dos seus amigos do peito, foi grande nos últimos anos a «estabilidade» do sistema financeiro:









Artigo de opinião ...

... no New York Times !

aqui
tradução portuguesa:




23 novembro 2015

Manifesto abuso de funções e procura de pretextos

Mas quantas «clarificações» ou «condições» exigiu Cavaco Silva
a Passos Coelho e Paulo Portas ?




P.S.:
1. Cavaco Silva indigitou um Passos Coelho cujo programa de Governo sabia que ia ser chumbado mas agora está com exigências em relação a um provável primeiro-ministro que tem a garantia da aprovação do programa do seu governo !


2. De certeza que, na audiência, António Costa teve ocasião de esclarecer Cavaco Silva de que o respeito pelos diversos compromissos internacionais de Portugal será cabalmente assegurado pelo programa do seu Governo. No entanto, em simultâneo com a saída de António Costa de Belém, Cavaco Silva emite um comunicado em que volta às mesmas questões. Trata-se de um repugnante indelicadeza e insolência. É como se Cavaco Silva dissesse publicamente que as palavras de Costa para ele não valem nada.

No passado 19 de Novembro

100 anos sobre o 
assassinato de Joe Hill


Ler aqui


Anywhere But Utah – The Songs of Joe Hill

Bucky Halker, Ph.D., is a singer-songwriter, performer, and scholar with fifteen recordings to his credit, including Welcome to Labor Land, a recording of Illinois labor songs from the past; and the all-originals Wisconsin 2-13-63, vols. 1 & 2; a 2012 personal tribute of original and cover songs “The Ghost of Woody Guthrie”; and this new release in celebration of the life, legacy and talents of Joe Hill. Bucky is also the author of For Democracy, Workers, and God: Labor Song-Poems and Labor Protest, 1865-1895 and is the producer-scholar for the Folksongs of Illinois CD series.
Pete Seeger canta "Joe Hill"