10 novembro 2015

Até ao último minuto

O charlatão-mor

Ouço na SIC Notícias, Paulo Portas declarar que «As coligações foram sempre  previamente admitidas antes da votação».

Estou em condições de fornecer aos leitores a afirmação de Paulo Portas em que, na campanha de 2011,  admitiu previamente a coligação pós-eleitoral com o PSD:

Para quem não saiba

Pelo sagrado
direito ao descanso !



Em «Marianne»

Não, não é nenhuma
revista comunista !


ler aqui

09 novembro 2015

O saber não ocupa lugar

Sou um chato, eu sei

Em muitas evocações e caracterizações sobre a solução política acordada entre PS, PCP, BE e Os Verdes,  não faltam referências aos «41 anos» de «divórcio» e também não poucas do género «o PCP é que nunca quis».

Entretanto, um pouco de rigor mal não fará e não embaciará a compreensível esperança que muito sentimos.

Por isso:

1. Aqui repito um post de 16 de Outubro deste ano que se reporta a 1978:

2. De igual modo, quero lembrar que, salvo erro ou omissão, nunca o PCP apresentou uma moção de rejeição a um programa de um governo minorítário do PS, desde o I de Mário Soares ao   de António Guterres e ao de Sócrates.

3. E ainda recordar que, nos pós-eleições,em períodos de formação de governo  nunca o PS (como fez agora) manifestou qualquer disponibilidade para discutir com o PCP um vasto conjunto de medidas como as agora acordadas.


Que bom ouvir os suspiros finais

Já que ele não disse,
eu repito outra vez




Tão sérios que eles são

Quando João Carlos Espada
(antigo director de «A Voz do Povo»
/UDP) 
apaga um ano



No Público de hoje, João Carlos Espada regouga o seguinte: «Se o PS se aliasse aos comunistas, ficando um seu eventual governo dependente do apoio destes, o centro-esquerda ficaria sem a voz autónoma que sempre teve desde a resistência à ditadura  - a voz da ASP/CEUD de Mário Soares e Maria Barroso, antes do 25 de Abril, a voz do PS de Mário Soares e  Maria Barroso, desde 1973 e depois durante os 41 anos da nossa democracia.

Deixando de lado as fantasmagóricas fantasias de Espada, a pensar nos mais novos, o que importa esclarecer é que :

1. Em 1969, a divisão, sem dúvida importante, CEUD-CDE apenas se verificou em Lisboa, Porto e Braga, concorrendo muitas socialistas sob a etiqueta CDE nos outros distritos, como foi o caso de Maria Barroso em Santarém.

2. João Carlos Espada escamoteia indecentemente a campanha eleitoral de Outubro de 1973 em que, na sequência da unidade consagrada em Abril no 3º Congresso da Oposição Democrática, em Aveiro, comunistas e socialistas (e numerosas personalidades independentes) se apresentaram unidos sob a sigla CDE.

E pronto, já sabíamos que vale tudo até tirar olhos.

Em tempo !

Bilhete postal hoje
enviado a Cavaco Silva