de todo o tamanho
Desde 1975 que não deve ter havido uma eleição legislativa em que, ainda que com variantes conjunturais, o PS não tenha dito isto, que é política e aritmeticamente falso.
De facto, como devia ser óbvio mas não o é ainda, não é o quem fica à frente (sem maioria absoluta) que determina a derrota ou a vitória da direita coligada. O que determinará a sua derrota não é o PS ficar-lhe à frente mas o facto de PSD e CDS ficarem em minoria na AR com os partidos da oposição a deterem numericamente a maioria absoluta dos deputados. E os votos na CDU, como não são votos na direita coligada, contribuem sempre para a sua derrota (como Jerónimo de Sousa tem salientando em tantos discursos).
Além do mais, importa chamar a atenção para que esta falsidade do PS pode incorporar atrás do reposteiro um ideia muito perigosa e inadmissível: a de que, se a coligação PSD-CDS fosse a mais votada (mas sem maioria absoluta), o PS fecharia os olhos à formação de um novo governo da direita.