06 setembro 2015

É o caso da última do «Expresso»

Perguntas em sondagem que são uma
violência sobre muitos inquiridos


Eu não me atrevo a escrever que esta  campanha eleitoral decorre, no âmbito das generalidade dos media, com a mais desavergonhada  e ilegítima pressão «bipolarizadora» ( entre PS e direita) de sempre,  pela simples razão de que, tendo tido responsabilidades em 35 campanhas eleitorais do PCP, me é impossível reconstituir com forte nitidez as características de cada uma neste ponto.

Se mais não houvesse, e há às carradas, bastaria considerar a última sondagem Expresso - Eurosondagem  . De facto, para além das habituais perguntas sobre intenções de voto e apreciação da actuação dos líderes partidários, está sondagem inclui ainda duas perguntas que são um caso escandaloso de violência sobre muitos inquiridos, ao serviço da já referida «bipolarização. Se não, vejamos essas perguntas (desculpem não ter de momento a imagem real):

«Quem tem tido melhor prestação eleitoral ? 

A Coligação PSD-CDS - 42,5%
O PS  - 41,6%
Não sabe/não responde - 15,9%

Que propostas eleitorais lhe merecem mais confiança ?

As da Coligação PSD-CDS - 43,1%
As do PS - 37,7%
Não sabe /Não responde - 19,2%

Como devia ser evidente, o inenarrável absurdo está em que , apenas com estas opções de resposta,todos os inquiridos que sejam ou simpatizantes ou potenciais eleitores da  CDU e de outras forças não têm a mínima possibilidade de expressarem a sua real opinião, sendo quando muito empurrados para um mentiroso «não sabe/não responde».

Não que isso garantisse todo o pluralismo de resposta, mas deve ficar gravado na pedra que,  nas opções de respostas oferecidas pelo Expresso-Eurosondagem, pelo menos faltou mais uma que rezasse assim:

"Nem uma nem outro"
"Nem umas nem outras"

Em resumo, é de facto uma pena que nas farmácias próximas de alguns órgãos de comunicação social não se vendam pastilhas de cultura democrática.

Festa do Avante !

E hoje a nossa modesta e
insignificante «Universidade de Verão»
('tá bem assim ?)



05 setembro 2015

Porque hoje é sábado ( )

Steep Canyon Rangers

A sugestão musical deste sábado vai para a
banda norte-americana
Steep Canyon Rangers.



Nem uma linha nas primeiras páginas

Abertura da Festa da Avante !

O caso Sócrates não explica tudo. Estou convencido de que, se se tratasse de um dos mais importantes festivais de Verão patrocinados pelas cervejeiras, esta rasura não existiria e haveria lugar para ele nas primeiras páginas.

02 setembro 2015

À atenção da CNE

Parece que o ex-Bastonário
da Ordem dos Advogados não
conhece as leis eleitorais do seu país !



Gramei com isto na minha página do Facebook indiscutivelmente publicidade comercial (é o que quer dizer  sponsorisé) ao partido do Dr. Marinho e Pinto. Será que, quarenta anos depois das primeiras eleições livres em Portugal, Marinho e Pinto não sabe que a publicidade comercial dos partidos está proibida a partir da data de marcação das eleições ?

01 setembro 2015

Mistério resolvido

O auto-proclamado Estado
Islâmico caiu do céu aos
trambolhões ? Parece que não !



Tal como muitos outros cidadãos do planeta, também eu sempre achei estranho que o ISIS  tivesse surgido de repente e logo com uma enorme força e que os EUA não tivessem dado por nada apesar das suas numerosas agências de espionagem e dispondo de satélites, drones e certamente centenas de espiões e informadores  no Iraque e em toda aquela região. E a única explicação que encontrava era que os EUA, no seu afã de derrubar Assad na Síria, se tinham esquecido que podiam estar a dar armas e dinheiro a gente bárbara que lhes poderia escapar ao controle. Ora parece que assim foi, em remake tardio do Afeganistão.





Ainda Rangel

As 1050 palavras não chegaram


Com esta chamada de primeira página, o Público de hoje faz um jeito - que raramente vi aplicado a outros colaboradores - a Paulo Rangel, escolhendo uma frase que consta efectivamente do seu artigo de opinião e que convém particularmente a quem quer que se esqueça outras coisas que realmente disse na chamada Universidade de Verão do PSD.. Dir-se-ia que a direcção do Público teve medo de que os leitores não tivessem paciência para chegarem às linhas onde está essa frase.

Entretanto, uma coisa é certa: Paulo Rangel gastou 1050 palavras no seu artigo mas já não repetiu algumas frases ditas em Castelo de Vide e sobretudo desaproveitou uma oportunidade de ouro para nos explicar em que ano e na vigência de que governo Oliveira e Costa foi preso ou quando começou a investigação a Isaltino Morais.