08 julho 2015

SÃO SOCIALISTAS ESPANHÓIS QUE ESCREVEM

... é longo mas vale a pena ler

Artigo de Núria Parlón  (viceprimera secretaria del PSC y alcaldesa de Santa Coloma de Gramenet (Barcelona), Beatriz Talegón (ex dirigente de las Juventudes Socialistas) y Enrique del Olmo  militante socialista.

«(...) Y en esta campaña para culpabilizar a Grecia y a su Gobierno, no han estado sólo los gobernantes conservadores y los medios de comunicación, sino que han contado con la inestimable ayuda de la socialdemocracia tanto la gobernante como la opositora.
Desde el mismo día de la llegada de Tsipras al Gobierno, la socialdemocracia no le ha concedido respiro. Se podrá estar de acuerdo o no con la forma de encarar las negociaciones con tal o cual propuesta, ese no es el problema, lo extremadamente grave es que ante el tremendo dolor al que se somete al pueblo griego, los “progresistas” europeos no se hayan situado inequívocamente al lado de él y enfrentándose a la política de la troika; ese es el problema de fondo ante el que no sólo cualquier progresista sino cualquier persona con sensibilidad social tiene que definirse.(...) »

ARTIGO COMPLETO AQUI

Significativa...

... esta sondagem
recente em França


ver melhor (e mais) aqui

Um homem corajoso e um grande autor

Centenário de Arthur Miller


 mais aqui

Boa artista e boa fotógrafa

Jessica Lange - 
do «carteiro» para a fotografia

capa da última «El País Semanal»


 

07 julho 2015

Alternativa ao que está e não retoques

Um programa de verdade,
justiça social e dignidade nacional


Jerónimo de Sousa na apresentação
do Programa Eleitoral do PCP:


«(...) Um Programa para uma política patriótica e de esquerda que parte da real situação do País e da identificação das reais causas que estão na origem da grave crise económica e social que o atingiu.
Um Programa que, perante a dramática situação social para o que o País foi arrastado, dá resposta a uma emigração massiva de meio milhão de portugueses que compromete o nosso futuro, um desemprego insustentável de mais de um milhão e duzentos mil desempregados com os colossais custos económicos e sociais, dos quase três milhões de portugueses lançados na pobreza pela actual política.
Um Programa decidido a combater uma crise que, sendo anterior, se manifesta com particular agudeza com a entrada em circulação da moeda única, se ampliou com o agravamento da crise do sistema capitalista e se tornou ainda mais devastadora nos últimos cinco anos com a concretização dos PEC e do Pacto de Agressão.
Um Programa para superar as vulnerabilidades do País resultantes do processo de restauração monopolista e do seu inseparável programa de privatizações, de destruição dos sectores estratégicos e liquidação dos sectores produtivos, de crescente financeirização da economia, da drástica redução dos rendimentos do trabalho e dos direitos dos trabalhadores.
Um Programa de afirmação da dignidade e soberania nacionais perante os constrangimentos do processo de integração capitalista da União Europeia e os seus instrumentos de dominação que, do euro ao Tratado Orçamental, têm amarrado Portugal à dependência. Programa que assume o caminho da resistência e da luta que se exige para enfrentar os ditames e imposições da União Europeia e do FMI, pois é no caminho da resistência e da afirmação de soberania, e não no da vassalagem aos centros do capital transnacional, que se defendem os interesses e direitos do povo português e do País.
Se há lição a tirar de todo o processo da Grécia (com as suas contradições a ambiguidades) é que ele sublinha a justeza da posição do PCP. O estudo e a preparação do País para a libertação da submissão ao euro e a colocação dessa questão evidenciam-se como uma necessidade real. É uma irresponsabilidade não a considerar. Assumimos essa necessidade e importância de Portugal dispor de soberania orçamental, cambial e monetária. Não podemos ter um País acorrentado às atitudes discricionárias de Bruxelas e Berlim, um povo refém das chantagens do BCE ou do Eurogrupo.
Um Programa que, com coragem e verdade, identifica as causas e avança soluções. Um Programa que recusa procurar refúgio nas omissões, em falsos cenários que transformarão promessas em mais dramáticas desilusões, em ilusórias saídas na base das mesmas políticas que conduziram o País à situação actual. Um Programa que, com clareza, afirma o que os portugueses já perceberam: não é com quem meteu Portugal no fundo nem com as suas orientações que o País sairá do abismo para onde foi atirado... (...)».

 ler aqui 

PROGRAMA ELEITORAL
DO PCP EM PDF aqui

Uma notícia triste

Maria Barroso - desaparece
uma voz que tanto nos acompanhou e  

fez vibrar nos tempos mais duros

Maria Barroso em «Mudar de Vida »
de Paulo Rocha (1966)


CONDOLÊNCIAS PARA A FAMÍLIA E UM
ABRAÇO ESPECIAL PARA O JOÃO

SOARES. 


06 julho 2015

Mesmo depois da sua derrota

Lá voltam os perdões


«(...) Será ainda possível sentar à mesa o primeiro-ministro grego e os seus principais parceiros europeus para uma discussão aberta? O clima azedou demasiado. Tsipras e Varoufakis disseram coisas impensáveis sobre os seus homólogos – o primeiro chamou-lhes “mentirosos”, o segundo “terroristas” (...)».

E, pronto, está visto que, para Teresa de Sousa, Merkel, Lagarde, Schauble, Sigmar Gabriel , Martin Schulz, Vítor Constânci0 (ver aqui) eJeroen Dijsselbloem ( e já aqui vão quatro ilustres social-democratas) nunca disseram nada de impensável ou ofensivo para a Grécia.

O que lhes ia na alma ou ...

... uma falta de
elementar prudência




«Escrevo antes do desfecho do referendo da Grécia, na suposição de que o sim vencerá. Sem esperança de as coisas mudarem no curto prazo, dada a escassez de força da sua economia para levantar cabeça sem ajuda externa, o governo grego demitir-se-á, sendo provável a realização de eleições antecipadas e nelas uma vitória dos defensores do sim.» (...) O não seria ou poderia ser uma rotura, dolorosa no imediato e nos anos mais próximos, mas talvez salvadora no médio e longo prazo. Como afirmaram Stiglitz, Krugman e Wolf, com o distanciamento de quem olha para estas coisas como académicos. Ninguém os vai ouvir. Na hora do voto, o pensionista e o funcionário lembrar-se-ão das filas para alcançar três notas de vinte, da incerteza do amanhã, preferindo quem lhes corte na pensão a quem lha prometa completa, mas a prestações. Puro raciocínio económico. Este é o cenário, sem juízos de valor.(...)

Os leitores mais atentos terão reparado que sobre o referendo grego exprimi desejos mas jamais fiz previsões sobre o resultado. E, por isso, não posso deixar de considerar relevante e significativo que este destacado membro e ex-governante do PS tenha arriscado um banho avassalador de realidade. Mas o mais importante não é a sua imprudência ou falta de cautela, é o que lhe ia na alma.

05 julho 2015

Seja o que for que venha a seguir

Uma enorme afirmação
de dignidade nacional


 olha o «empate técnico» !

Apesar das descaradas chantagens e ameaças externas, da limitações aos levantamentos nos multibancoa e das naturais perplexidades sobre o que estava em jogo e as tecnicidades, a expressiva vitória do «não» possui um extraordinário significado político. Pode ser que Bruxelas não queira ouvir mas fica na História.

Martin Schulz - sempre ao ataque

Não sabem quem é ? Eu conto