08 julho 2015

07 julho 2015

Alternativa ao que está e não retoques

Um programa de verdade,
justiça social e dignidade nacional


Jerónimo de Sousa na apresentação
do Programa Eleitoral do PCP:


«(...) Um Programa para uma política patriótica e de esquerda que parte da real situação do País e da identificação das reais causas que estão na origem da grave crise económica e social que o atingiu.
Um Programa que, perante a dramática situação social para o que o País foi arrastado, dá resposta a uma emigração massiva de meio milhão de portugueses que compromete o nosso futuro, um desemprego insustentável de mais de um milhão e duzentos mil desempregados com os colossais custos económicos e sociais, dos quase três milhões de portugueses lançados na pobreza pela actual política.
Um Programa decidido a combater uma crise que, sendo anterior, se manifesta com particular agudeza com a entrada em circulação da moeda única, se ampliou com o agravamento da crise do sistema capitalista e se tornou ainda mais devastadora nos últimos cinco anos com a concretização dos PEC e do Pacto de Agressão.
Um Programa para superar as vulnerabilidades do País resultantes do processo de restauração monopolista e do seu inseparável programa de privatizações, de destruição dos sectores estratégicos e liquidação dos sectores produtivos, de crescente financeirização da economia, da drástica redução dos rendimentos do trabalho e dos direitos dos trabalhadores.
Um Programa de afirmação da dignidade e soberania nacionais perante os constrangimentos do processo de integração capitalista da União Europeia e os seus instrumentos de dominação que, do euro ao Tratado Orçamental, têm amarrado Portugal à dependência. Programa que assume o caminho da resistência e da luta que se exige para enfrentar os ditames e imposições da União Europeia e do FMI, pois é no caminho da resistência e da afirmação de soberania, e não no da vassalagem aos centros do capital transnacional, que se defendem os interesses e direitos do povo português e do País.
Se há lição a tirar de todo o processo da Grécia (com as suas contradições a ambiguidades) é que ele sublinha a justeza da posição do PCP. O estudo e a preparação do País para a libertação da submissão ao euro e a colocação dessa questão evidenciam-se como uma necessidade real. É uma irresponsabilidade não a considerar. Assumimos essa necessidade e importância de Portugal dispor de soberania orçamental, cambial e monetária. Não podemos ter um País acorrentado às atitudes discricionárias de Bruxelas e Berlim, um povo refém das chantagens do BCE ou do Eurogrupo.
Um Programa que, com coragem e verdade, identifica as causas e avança soluções. Um Programa que recusa procurar refúgio nas omissões, em falsos cenários que transformarão promessas em mais dramáticas desilusões, em ilusórias saídas na base das mesmas políticas que conduziram o País à situação actual. Um Programa que, com clareza, afirma o que os portugueses já perceberam: não é com quem meteu Portugal no fundo nem com as suas orientações que o País sairá do abismo para onde foi atirado... (...)».

 ler aqui 

PROGRAMA ELEITORAL
DO PCP EM PDF aqui

Uma notícia triste

Maria Barroso - desaparece
uma voz que tanto nos acompanhou e  

fez vibrar nos tempos mais duros

Maria Barroso em «Mudar de Vida »
de Paulo Rocha (1966)


CONDOLÊNCIAS PARA A FAMÍLIA E UM
ABRAÇO ESPECIAL PARA O JOÃO

SOARES. 


06 julho 2015

Mesmo depois da sua derrota

Lá voltam os perdões


«(...) Será ainda possível sentar à mesa o primeiro-ministro grego e os seus principais parceiros europeus para uma discussão aberta? O clima azedou demasiado. Tsipras e Varoufakis disseram coisas impensáveis sobre os seus homólogos – o primeiro chamou-lhes “mentirosos”, o segundo “terroristas” (...)».

E, pronto, está visto que, para Teresa de Sousa, Merkel, Lagarde, Schauble, Sigmar Gabriel , Martin Schulz, Vítor Constânci0 (ver aqui) eJeroen Dijsselbloem ( e já aqui vão quatro ilustres social-democratas) nunca disseram nada de impensável ou ofensivo para a Grécia.

O que lhes ia na alma ou ...

... uma falta de
elementar prudência




«Escrevo antes do desfecho do referendo da Grécia, na suposição de que o sim vencerá. Sem esperança de as coisas mudarem no curto prazo, dada a escassez de força da sua economia para levantar cabeça sem ajuda externa, o governo grego demitir-se-á, sendo provável a realização de eleições antecipadas e nelas uma vitória dos defensores do sim.» (...) O não seria ou poderia ser uma rotura, dolorosa no imediato e nos anos mais próximos, mas talvez salvadora no médio e longo prazo. Como afirmaram Stiglitz, Krugman e Wolf, com o distanciamento de quem olha para estas coisas como académicos. Ninguém os vai ouvir. Na hora do voto, o pensionista e o funcionário lembrar-se-ão das filas para alcançar três notas de vinte, da incerteza do amanhã, preferindo quem lhes corte na pensão a quem lha prometa completa, mas a prestações. Puro raciocínio económico. Este é o cenário, sem juízos de valor.(...)

Os leitores mais atentos terão reparado que sobre o referendo grego exprimi desejos mas jamais fiz previsões sobre o resultado. E, por isso, não posso deixar de considerar relevante e significativo que este destacado membro e ex-governante do PS tenha arriscado um banho avassalador de realidade. Mas o mais importante não é a sua imprudência ou falta de cautela, é o que lhe ia na alma.

05 julho 2015

Seja o que for que venha a seguir

Uma enorme afirmação
de dignidade nacional


 olha o «empate técnico» !

Apesar das descaradas chantagens e ameaças externas, da limitações aos levantamentos nos multibancoa e das naturais perplexidades sobre o que estava em jogo e as tecnicidades, a expressiva vitória do «não» possui um extraordinário significado político. Pode ser que Bruxelas não queira ouvir mas fica na História.

Martin Schulz - sempre ao ataque

Não sabem quem é ? Eu conto




04 julho 2015

Porque hoje é sábado ( )

Chris Stapleton


A sugestão musical deste sábado vai
para o cantor norte-americano Chris Stapleton.




Olha «Público»

Ela é bela mas
o «Nai» (sim) não !


ojeEntretanto, passando a coisas sérias, a não perder
este artigo de Manuel Loff no Público de hoje