24 junho 2015

23 junho 2015

Mais Camarate ou...

... reavivando a memória
 TSF
Eu sei que o assunto «Camarate» há decadas que já nos causa enjoo e náusea mas hoje tivémos aquela notícia acima da TSF (não me parece que aquele «os deputados» vá corresponder à verdade) e também uma extensa peça no Público que refere que «Os deputados consideram que a queda do Cessna se deveu a um atentado. Já em 1991, por maioria PSD/CDS, tal foi a posição assumida pela IV comissão parlamentar de inquérito e, quatro anos depois, em 1995, a mesma conclusão foi aprovada por unanimidade dos grupos políticos participantes»,( o que é falso porque o PCP nunca aprovou as alineas dos relatórios que sancionavam e davam como boa a tese do atentado).
Julgo por isso oportuno republicar um crónica que publiquei no Avante! de 24 de Novembro de 1995 e que ilustra uma das estranhas peripécias que marcaram a actuação de uma das comissões parlamentares de inquérito
A amostra 7



«Só os condicionamentos derivados de o «Expresso» ser propriedade de Francisco Pinto Balsemão e de este antigo Primeiro-Ministro ser um alvo habitual dos defensores da tese do atentado contra Sá Carneiro pode explicar que uma autêntica «cacha» daquele semanário sobre o despacho do Ministério Público que promoveria o arquivamento do processo de Camarate tivésse sido estranhamente desterrada para a página 19 da sua última edição, em vez de gozar da merecida honra de primeira página.

Como registo absolutamente objectivo e que não comporta nenhum juizo de valor nem nenhuma opinião sobre o fundo da questão, é caso para dizer que é pena que assim tenha sido, até porque todos os que ao longo de anos, e mais recentemente com particular intensidade no ínicio do més de Junho deste ano, fomos impiedosamente massacrados com a tese do atentado e em especial com a história do fragmento dos destroços do avião em que teriam sido detectadas substâncias explosivas deveriamos ter o direito à mais larga divulgação do que o « Expresso» afirma serem as diferentes conclusões do Ministério Público.


E segundo o «Expresso», o Ministério Público, no referido despacho, concluiria, nem mais nem menos, que a presença das tais substâncias explosivas no célebre fragmento ( processualmente identificado como a amostra 7 ) « resultaram de uma "contaminação química acidental " posterior à queda do avião e resultante da forma pouco cuidada como foi recolhida e analisada a amostra » . Aquele semanário salienta ainda que desde a reabertura do processo, em Maio, todos os esforços da investigação judicial se concentraram no apuramento do real significado da detecção de nitroglicerina, DNT e TNT resultados em apenas uma amostra do avião, sendo certo que mais nenhuma teve estes.» . Acrescenta que «o quadro factual que rodeou a recolha e análise desta e de outras amostras foi analisado pelo FEL ( o departamento britânico Forensic Explosives Laboratory) e é classificado como fortemente propiciador de uma contaminação. A amostra foi recolhida numa deslocação da comissão parlamentar ao hangar do aeroporto (...) e em que participaram mais de uma dezena de pessoas ( entre deputados, jornalistas e peritos ) que mexeram nos destroços sem qualquer controlo ». Mais : um dos peritos teria levado as amostras para o seu local de trabalho que «efectua testes com explosivos » , «onde estiveram oito dias , e depois para sua própria casa » com vista a serem fotografadas. Mais ainda : no Laboratório de Polícia Científica da PJ , «as amostras estiveram num armário onde normalmente são guardados vários objectos e também explosivos. E o próprio director do laboratório, (...) fez uma descrição das péssimas condições de trabalho: usam-se batas lavadas semanalmente, não há controlo de acesso de pessoas , nem despistagens periódicas de contaminações (...) . Ao lado do laboratório fazem-se testes de balística e nos armários são frequentemente deixadas substâncias explosivas.».


Dito isto, nenhuma confusão : não sabemos, não temos nenhuma obrigação de saber ( e sempre achámos idiota que uma comissão parlamentar tivésse que ter opinião numa matéria destas) se Camarate foi acidente ou atentado.

Mas se existem as conclusões e o registo de factos que o «Expresso» atribui ao Ministério Público, então alguém vai ter de contar melhor uma história que até aqui está manifestamente mal contada.»

O mais importante está no sublinhado

 Como vivem ?


 «(...) O subsídio de desemprego na sua versão normal não está disponível para todos. É preciso estar inscrito nos centros de emprego do IEFP, ter perdido o emprego de forma involuntária e ter descontado para a Segurança Social pelo menos durante 12 meses. Em alguns casos, quando não têm outros rendimentos ou quando o tempo de inscrição não chega ao mínimo exigido, os desempregados podem receber subsídio social de desemprego nas suas várias modalidades. Em Maio, cerca de metade dos 554 mil inscritos no IEFP não tinha direito a qualquer protecção

Público de hoje

Só para quem tiver estômago para isso

Esqueletos com 70
anos saem do armário



Lembro apenas que a NPR
é a rádio pública dos EUA.


a ler aqui

22 junho 2015

E esta noite

Recordando três
músicos dos Delta Blues *







 
 
(*) -«La région du delta est le berceau du blues. C'est dans les plantations de cotons qu'est né le blues au début du siècle voir même vraisemblablement à la fin du 19ème siècle. Les véritables pionniers n'ont pas eu la possibilité d'enregistrer et sont restés complètement inconnus. W.C. Handy fut le premier à écrire des partitions de blues en transcrivant les chants de travail qu'il avait entendu. Dès les années 30, Alan Lomax sillonna les états du sud à la recherche de musiciens qu'il enregistra pour le compte de la bibliothèque du congrès. Parmi ses découvertes, il y avait notamment Leadbelly, Blind Willie Mac Tell, Honeyboy Edwards, Son House et un certain Mac Kinley Morganfield (Muddy Waters). Parmi les autres pionniers de cette époque ayant eu la chance d'enregistrer, les plus représentatifs sont Skip James, Bukka White, Tommy Johnson, Tommy Mac Clennan, Willie Brown, Sonny Boy Williamson II, Elmore James et surtout Robert Johnson et Charley Patton qui sont aujourd'hui devenus des musiciens mythiques si on peut employer cette expression pour des bluesmen. Certain de ces pionniers ont fini par trouver une reconnaissance nationale et internationale avec le blues revival dans les années 60.

Le delta blues est une musique rurale profonde et authentique avec des textes souvent remplis de métaphores. C'est une forme de musique intense et poignante qui révèle de fortes personnalités. Contrairement à ce que peuvent penser certains, le delta blues est généralement électrique parfois même sur-amplifié et métallique. C'est une musique très rythmique, généralement peu sophistiquée et utilisant un minimum d'accords (le meilleur exemple est sans doute Junior Kimbrough) avec un son très "brut de fonderie" (T-Model Ford, Elmo Williams). Le bottleneck y était très copieusement utilisé (le delta a fourni quelque grands maîtres de la slide guitare comme Elmore James et Fred Mac Dowell), c'est moins vrai aujourd'hui. La guitare reste l'instrument de base dans ce style de blues rural souvent marqué par un manque de moyens. L'harmonica y trouve sa place mais pas le piano et encore moins les cuivres. Des instruments comme le fifre ou la diddley bow (sorte de guitare à une seule corde) sont de moins en moins joués.


Malheureusement, la plupart des musiciens de delta blues sont aujourd'hui très âgés (Honeyboy Edwards, Robert Lockwood), quelques uns nous ont quitté récemment (Roosevelt "Booba" Barnes, "Junior" Kimbrough, Lonnie Pitchford, Jack Owens, Frank Frost, Willie Foster) et les têtes d'affiche ont la bonne soixantaine (Big Jack Johnson, Sam Carr, Robert "Bilbo" Walker, Robert Belfour). John Weston est l'un des rares à jouer acoustique. Même s'il demeure une grande tradition familiale (par exemple, R.L. Burnside joue avec son petit fils Cédric à la batterie) et malgré les efforts de formation de Johnny Billington, il y a aujourd'hui malheureusement peu de jeunes pour perpétuer la tradition. Ils sont généralement plus attirés par des formes de musiques plus urbaines et plus contemporaines comme le rap.

Quand on voit en 1999, que R.L. Burnside arrive à remplir le New Morning, on se met à espérer que le delta blues a peut être encore de beaux jours devant lui…»

Em editorial de hoje

A falta de vergonha de El País



«(...) Ahora bien, engarzar complicidades con los conciudadanos griegos no implica achantarse ante los insultos de sus representantes, a quienes conviene una elegante lección de modos.(...)»
(...)Para que impere esa óptica —empeño hercúleo tras cinco meses de agudas tensiones—, Atenas tiene que dejar de ofender a quienes pueden salvar a su gente del abismo económico y comprometerse seriamente en reformas arduas.»

Por falta de tempo para trazer aqui uma antologia devastadora, lembro apenas, para ficar pelo mais recente, que não foi Tsipras que insinuou que os mais altos responsáveis da UE eram rapazes pequenos.

Entretanto, ontem em Atenas 

 

Morre aos 74 anos

Laura Antonelli, 
quem se lembra dela ?






Antonelli no último filme de Visconti

21 junho 2015

E agora

Willie Nelson
com Merle Haggard




Nunca aprendem

Não põem cláusula de
rescisão e depois dá nisto



ler o resto aqui

Talvez...

... caso raro na Europa


Notícia no Libération (ver aqui) que explica que o Secretariado do P.S. francês é o órgão executivo do Partido !. Sobre o passado político de Cambadélis, anotar :

1. Jeunesse étudiante
Jean-Christophe Cambadélis adhère vers 1971 à l'Alliance des jeunes pour le socialisme (AJS), la structure jeune de l'Organisation communiste internationaliste (OCI) (puis Parti communiste internationaliste (PCi), organisation trotskiste lambertiste) sous le pseudonyme de « Kostas », en référence au philosophe marxiste grec Kostas Axelos. Il est rapidement apparu comme le principal animateur du travail de cette organisation en direction de la jeunesse étudiante. Il participe au congrès de scission de l'UNEF en 1971 et il est un des principaux animateurs du mouvement étudiant contre la réforme Saunier-Seïté de 1976 avec d'autres futurs dirigeants socialistes comme Julien Dray (qui milite alors à la LCR), Jean-Marie Le Guen (qui anime la Tendance reconstruction syndicale, autogestionnaire, à l'UNEF-US) ou encore Benjamin Stora.
2.affaire de la MNEF.
Quand éclate l'affaire de la MNEF21, les médias pointent du doigt les liens connus entre l'imprimerie Efic et le député socialiste. Les enquêtes concluront, en effet, sur un système de fausses factures mis en place notamment par l'intermédiaire de cette imprimerie22. Jean-Christophe Cambadélis sera condamné dans le cadre d'un autre volet de ce scandale.
Jean-Christophe Cambadélis est mis en examen le pour abus de confiance dans l'affaire de la MNEF. Il est soupçonné d'avoir bénéficié d'un emploi fictif au sein de la mutuelle étudiante MNEF entre 1991 et 1995, pour lequel il aurait touché 620 500 francs (94 580 euros) d'une filiale de la MNEF, au titre d'une activité permanente de conseil23, comme l'explique Libération : « De 1991 à 1993, c'est en qualité de « sociologue » que Jean-Christophe Cambadelis a été rétribué à hauteur de 420 499 francs par la Mutuelle interprofessionnelle de France (MIF), une filiale de la Mnef. Cambadelis était alors député, avec revenus afférents. Non réélu en 1993, il reçoit jusqu'en 1995 quelque 200 000 francs supplémentaires de la MIF, en tant qu'administrateur « chargé des contacts auprès des ambassades ou des universités ». » Seuls « trois documents manuscrits » auraient attesté du « travail » du député24.
Le , reconnu « coupable de recel d'abus de confiance », il est condamné à six mois de prison avec sursis et 20 000 euros d'amende par la 11e chambre correctionnelle du tribunal de grande instance de Paris. Cette peine n'est pas assortie de période d'inégibilité25.