Há leitores do Público
com mais sorte do que outros
A «vida» é assim: deve haver centenas de leitores do Público que intimamente se queixam de nunca terem visto publicadas as cartas que enviaram ao director(a) do jornal com conteúdos que os próprios consideravam interessantes ou relevantes. Mas, sem dúvida que há os que têm mais sorte e se encaixam melhore nos critérios de selecção (que tem de haver) do jornal. No outro dia, foi o caso de um sujeito que conseguiu publicar uma carta onde acusava o PCP de, nas eleições para a Constituinte de 1975, ter feito uma fortíssima campanha pela abstenção, apesar de logo a seguir referir tranquilamente que o PCP tinha obtido 12,5%, o que é obra para quem, de acordo com o escrevente, tinha apelado vigorosamente à abstenção !. Hoje é a vez de um qualquer Jorge Morais que, além de acusar o PCP do «frete na entrega do ultramar [sic!] aos movimentos afectos à URSS/RDA», responsabiliza bafientamente o PCP pelo «envio dos ficheiros da PIDE para lá da Cortina de Ferro».
Sobre esta última rançosa calúnia, apenas porque o tempo passa e a memória é curta, remeto os leitores de hoje para este meu post de 5 de Setembro de 2013 que, por sua vez, reproduziu na íntegra um texto meu publicado no Avanté há quase 15 anos.