10 junho 2014

E agora fim do sobressalto com

Maud Hixson




A prova do debate político como diálogo de surdos

Ora viva a
«Constit
uição-sombra»!


Na entrevista de duas páginas que o Público resolveu oferecer a Teresa Leal Coelho (ver post anterior) - em que chega ao ponto de defender a aplicação de sanções jurídicas aos membros do TC !!! -  é manifesto que esta deputada e jurista do PSD é iluminada pelas teorias, perdão, efabulações que Paulo Rangel há muito tempo dá à estampa, com destaque para a ideia de que há uma «primazia» dos tratados europeus sobre a Constituição portuguesa (matéria recapitulada lá mais para a frente), em que desonestamente se confunde a recepção na ordem jurídica nacional do direito europeu com uma suposta primazia deste sobre a Constituição da República portuguesa.

Na verdade, em artigo no Público de hoje Rangel volta a insistir designadamente nisto:



Perante isto, embora sabendo que a maioria dos leitores não está para aturar tanta prosa sobre questões jurídicas, o ex- muito ex-, preguiçoso e fracassado estudante de Direito que eu sou, atreve-se apenas a recordar parte do que aqui já escreveu sobre este assunto. Assim:

em 15 de Janeiro de 2013

em 14 de Março de 2014

Nenhuma confusão

Votos sinceros de restabelecimento
do PR, é a política de direita que
queremos ver levada de charola



Chantagens e provocações passam a meras «críticas»

Parada e resposta

 na primeira página do Público de hoje

09 junho 2014

Pires de Lima não me lê ou ...

... novas investigações provam
que o TC é o responsável pelo
afundamento do Titanic


É impressionante como este governo despreza as contribuições e sugestões construtivas de isentos cidadãos como eu. Recorde-se então:


em 4 de Junho aqui

08 junho 2014

Confirmando uma ideia de Ana Drago ou...

[Ver Adenda ao post «Quando o bluff tem direito a manchete»]

... gracinha por gracinha





Em entrevista ao Público de hoje a estimável e estimada militante do BE Ana Drago afirma a dado passo:«Alguém me dizia, com uma certa ironia, que o PCP funciona como um cofre. Vota-se, e o partido guarda o voto, faz uma defesa do Estado social, da democracia. Mas não se espera uma alteração... Quem deixou de votar no Bloco e passou a votar PCP  fêlo por estar zangado com o Bloco mas sem grandes expectativas em relação ao PCP».

Por ser domingo e sobretudo por não querer parecer paternalista em relação à pessoa em causa, não vou recordar que o BE nos seus primeiros anos andava a leste das preocupações de participação governativa e até proclamava vir «correr por fora»; não vou explicar aqui que, sem qualquer conformismo ou resignação minha, o problema da alternativa não é de há 3, 5 ou 10 anos, antes tem tantos anos como o regime democrático-constitucional; também não vou explicar que há um minúsculo problema chamado correlação de forças no plano político e eleitoral que, grande chato, por vezes não se deixa resolver nem com a maior audácia e criatividade política nem com golpes de imaginação nem com ansiedades compreensíveis mas pouco lúcidas e algo desesperadas; e também não vou lembrar que, entre tantos outros exemplos, desde 1947 até à sua dissolução no princípio dos anos 9o, o Partido Comunista Italiano, que chegou a obter 34% dos votos, nunca conseguiu participar no governo e certamente não foi por falta de puxarem pela cabeça mas mais por uma coisa que foi chamada de «conventio ad excludendum» e que, de forma mais sorrateira, também tem existido em Portugal.

Prefiro antes, com toda a cordialidade, vir aqui testemunhar em sentido favorável à ideia do «cofre» expendida por Ana Drago, confiando que toda a gente perceba a autoridade em que nesta mátéria estou investido. Assim:

1. O PCP tem, de facto, um cofre com os votos que recebe e posso até informar que ele se encontra na sala 507 da Soeiro Pereira Gomes;

2. Os votos que estão nesse cofre são semanalmente arejados até porque todas as segundas-feiras, no termo das suas reuniões, a Comissão Política se desloca em peso àquela sala para um momento de recolhimento em sinal de fidelidade aos compromissos eleitorais do Partido;

3. Todos os anos, em data próxima do aniversário do Partido, há uma visita guiada de militantes ao referido e ainda assim volumoso cofre dos votos.

Para o seu domingo, o argentino

Daniel Melingo com duas
canções do seu novo disco Linyera




Espanha, ontem mais manifestações

Uma luta que abala a
monarquia e deixará sementes



El País
sondagem em El País



Intervalo recreativo

Uma canção de 1909 ou
malandrices do início do Século XX




A ler e ouvir aqui

Um documentário premiado em Tribeca

Alguma televisão vai comprar ?


entrevista com a realizadora
Johanna Hamilton aqui


sítio do documentário aqui



http://www.democracynow.org - One of the great mysteries of the Vietnam War era has been solved. On March 8, 1971, a group of activists -- including a cabdriver, a day care director and two professors -- broke into an FBI office in Media, Pennsylvania. They stole every document they found and then leaked many to the press, including details about FBI abuses and the then-secret counter-intelligence program to infiltrate, monitor and disrupt social, political movements, nicknamed COINTELPRO. Calling themselves, the Citizen's Commission to Investigate the FBI, no one was ever caught for the break-in. The burglars' identities remained a secret until this week when they finally came forward to take credit for the caper that changed history. Today we are joined by three of them -- John Raines, Bonnie Raines and Keith Forsyth; their attorney, David Kairys; and Betty Medsger, the former Washington Post reporter who first broke the story of the stolen FBI documents in 1971 and has now revealed the burglars' identities in her new book, "The Burglary: The Discovery of J. Edgar Hoover's Secret FBI."