na Normandia
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É certo que naquela data sete milhões de soldados soviéticos já tinham morrido e que só na decisiva batalha de Kursk ( que, com a de Stalinegrado, é que mudou o curso da guerra)
o Exército Vermelho perdeu 178 mil homens enquanto o desembarque na
Normandia custou 30 mil vidas às forças aliadas ocidentais. Mas isso não
pode apagar a homenagem devida à coragem e heroismo dos que
desembarcaram nas praias na Normandia em 6 de Junho de 1944 numa
operação militar de extraordinária complexidade. E, por um momento,
guardemos um particular respeito por aqueles que embarcaram para o
combate depois de ouvirem um seu comandante lhes dizer na parada, em
«táctica de choque» como relata Anthony Beevor na página 49 de «El Día D - La Batalla de Normandía»: «Olhem à vossa direita e à vossa esquerda. Só um de vós continuará vivo depois da primeira semana na Normandia». Ocasião
também para lembrar os 2o mil civis franceses vítimas dos
bombardeamentos aliados (é o lado feio de todas as epopeias) e para não
deixar que fique na sombra a útil e sacrificada contribuição (que não
pode ser medida em termos estritamente operacionais) que a Resistência
francesa deu para o êxito desta operação, com destaque naquela região
para os FTP (Franc-Tireurs Partisans).
Aqui em L'Humanité de hoje
P.S.: O papel dos EUA e do desembarque na Normandia na libertação da Europa continuam naturalmente a ser objecto de acesa discussão nos meios políticos e académicos: a este propósito, e exclusivamente a título de informação, é útil conhecer o artigo de Annie Lacroix-Riz «Le débarquement du 6 juin 1944 du mythe d’aujourd’hui à la réalité historique»
Paul Anka canta «The Longest Day»