08 maio 2014
Vejam como sou um espírito aberto e ...
... como até para o
"inimigo" gosto de trabalhar
"inimigo" gosto de trabalhar
Adaptação de cartoon de Alfons Lopez em Publico.es
Totalmente à borla, três sugestóes de outdors para a campanha PSD+CDS nas europeias.
07 maio 2014
E esta noite
Uma canção de Mendelssohn
perdida durante 140 anos
perdida durante 140 anos
Aqui na NPR Music : Twenty-nine gentle measures by are creating quite a stir — after being lost for more than a century. The
song, called "The Heart of Man Is Like a Mine," was a private
commission Mendelssohn wrote for an acquaintance in Berlin — and which
the composer apparently never wanted to circulate publicly. Mendelssohn
wrote it in 1842 at age 33, five years before his death.
Mendelssohn
scholars, however, have already known about the existence of this
formerly lost song: It was sold at auction twice, first in 1862 and then
again in 1872. The manuscript includes Mendelssohn's signature, proving
its authenticity and making it a valuable piece of paper even without
this little lied.
BBC Today Program asked two performers from London's Royal College of Music,
alto Amy Williamson and pianist Christopher Glynn, to perform the newly
rediscovered piece, whose text is drawn from a poem by Friedrich Rückert
called Das Unveränderliche and which is not even a minute and a half long.
Where
has this song been all this time? That remains a bit of a mystery.
According to the BBC, the manuscript "emerged in a private collection in
the U.S." and will be sold at Christie's auction house later this
month, where it is anticipated to sell for roughly $25,000-$42,000.»
Gente de maus instintos
Repreensão registada para
todos os que ao verem isto...
... sonharam com isto
todos os que ao verem isto...
... sonharam com isto
Vídeo aqui do filme Niagara (1953)
de Henry Hathaway , ver cenas finais
a partir da 1 h e 2o m.
de Henry Hathaway , ver cenas finais
a partir da 1 h e 2o m.
Eleições a quanto obrigam
O coligado com a
Merkel em selfie de família
Merkel em selfie de família
foto do Público
Como se pode ver, os dentes de toda
a gente estão impecáveis, a política do
grupinho é que nem tanto.
a gente estão impecáveis, a política do
grupinho é que nem tanto.
06 maio 2014
E viva a "saída" da troika !
A implacável guerra
aos nababos de 600 Euros
aos nababos de 600 Euros
Se não viu bem na primeira imagem,
veja melhor na segunda :
veja melhor na segunda :
Sinceras perplexidades
«Credíveis» - um adjectivo
recorrente mas muito enganoso
recorrente mas muito enganoso
No Diário Económico online, encontro estas afirmações de Francisco Louçã:
«A esquerda tem défices. Tem tido pouca preocupação em apresentar soluções credíveis e suportadas por aquilo em que a esquerda é mais forte que são as respostas de mobilização. Por exemplo, o sucesso do António Chora como presidente da comissão de trabalhadores da Autoeuropa, na capacidade de negociar e defender os trabalhadores precários, é um exemplo para a esquerda inteira e uma grande conquista do Bloco de Esquerda. Além disso, é necessário passar da grandeza dessa luta para dizer que governar é tomar decisões. A esquerda ainda não foi protagonista disso. O Bloco de Esquerda, tal como outras forças de esquerda, deve fazer muito mais trabalho nesse sentido. Por isso, o movimento pela reestruturação da dívida é tão importante. Ele indica primeiro que é possível, segundo que tem alianças e terceiro que é uma solução. Um governo que hoje se apresente com esta resposta, se puder conjugar todos aqueles que com ele concordam, pode mudar o mapa político português. A disputa que importa passa por procurarmos lideranças e isso significa ter uma solução para Portugal. O Governo diz-nos que Portugal é inviável. A grande tarefa cultural da esquerda é destruir a ideia da inviabilidade. Portugal é viável como democracia, com responsabilidade social.»
Para não obnubilar o essencial, deixo de parte a pergunta sobre o que se diria se o PCP proclamasse como sua «conquista» a actuação de qualquer Comissão de Trabalhadores e, num estrito plano de leal debate de ideias, quero ater-me a dois pontos que me parecem mais relevantes:
Tal como tem vindo a ser feito repetidamente por outras personalidades de esquerda, também nestas declarações Francisco Louçã vem escolher o adjectivo «credíveis» para o apor a «soluções». Tivesse Louçã usado o adjectivo «aprofundadas», «consistentes» ou «coerentes» e a minha divergência seria de outra natureza. Mas como escolheu o «credíveis», embora eu saiba que certamente Louçã não se situa nesse território, eu sinto a necessidade de lembrar que, no debate político nacional, este adjectivo de recurso fácil está profundamente envenenado, não se podendo ignorar que tem todo um lastro do género «credíveis são as minhas, as tuas nunca o são» e, em concreto, está radicalmente contaminado pelo uso que PSD, CDS e PS dele têm feito para desqualificar as propostas do PCP e do BE. E também cabe lembrar que, em muitos, a mais frequente tradução de «credíveis» tem sido a de «moderadas» ou «muito moderadas» ou, mais especificamente, aceitáveis pelo PS. Porque há uma pergunta incómoda que se impõe: «credíveis» para quem ? É que uma coisa ser redonda ou quadrada não é da mesma natureza que certas soluções serem «credíveis» ou «não credíveis» na exacta medida em que todos os juízos sobre «credibilidade» relevam da subjectividade ( e dos interesses, valores e opiniões individuais que lhe subjazem) de quem é chamado fazer tais juízos. E, depois, sem obviamente negar que as forças mais à esquerda têm sobre os seus ombros a responsabilidade de aprofundarem as suas propostas sobre problemas cuja complexidade cresce constantemente (mas aqui não se deve esquecer que os partidos do governo se podem aproveitar partidariamente e nas calmas do trabalho de milhares de quadros da administração pública e da máquina do Estado), talvez convenha enfrentar a dolorosa realidade de que os partidos mais à esquerda do que mais sofrem não é da falta de credibilidade das suas propostas mas do facto de grande parte do eleitorado, esquecido do seu próprio papel e poder, interiorizar que não terão os votos necessários para governar o país e concretizar as suas propostas.
Mas talvez a minha maior surpresa nestas declarações de Francisco Louçã esteja no que diz sobre «o movimento pela reestruturação da dívida». É que julgava eu que aquela iniciativa, que a meu ver tem méritos, traduzia a convergência de personalidades de diversas sensibilidades políticas (embora, ao que parece, o PS não lhe tenha dado grande aval de «credibilidade») em torno de uma questão concreta embora de enorme importância. Não, o que Louçã explicitamente vem dizer, no contexto indiscutível de referência ao «movimento pela reestruração da dívida», é que «Um governo que hoje se apresente com esta resposta, se puder
conjugar todos aqueles que com ele [movimento] concordam, pode mudar o mapa político
português». Ora, mesmo deixando de lado a bicuda questão do PS a que já aludi ao de leve, é este projecto político que a mim não me parece apenas inviável e pouco sensato como sobretudo me parece a milhas da alternativa de esquerda porque é preciso lutar e que terá de enfrentar, para além da dívida, muitos outros problemas cruciais da sociedade portuguesa.
«A esquerda tem défices. Tem tido pouca preocupação em apresentar soluções credíveis e suportadas por aquilo em que a esquerda é mais forte que são as respostas de mobilização. Por exemplo, o sucesso do António Chora como presidente da comissão de trabalhadores da Autoeuropa, na capacidade de negociar e defender os trabalhadores precários, é um exemplo para a esquerda inteira e uma grande conquista do Bloco de Esquerda. Além disso, é necessário passar da grandeza dessa luta para dizer que governar é tomar decisões. A esquerda ainda não foi protagonista disso. O Bloco de Esquerda, tal como outras forças de esquerda, deve fazer muito mais trabalho nesse sentido. Por isso, o movimento pela reestruturação da dívida é tão importante. Ele indica primeiro que é possível, segundo que tem alianças e terceiro que é uma solução. Um governo que hoje se apresente com esta resposta, se puder conjugar todos aqueles que com ele concordam, pode mudar o mapa político português. A disputa que importa passa por procurarmos lideranças e isso significa ter uma solução para Portugal. O Governo diz-nos que Portugal é inviável. A grande tarefa cultural da esquerda é destruir a ideia da inviabilidade. Portugal é viável como democracia, com responsabilidade social.»
Para não obnubilar o essencial, deixo de parte a pergunta sobre o que se diria se o PCP proclamasse como sua «conquista» a actuação de qualquer Comissão de Trabalhadores e, num estrito plano de leal debate de ideias, quero ater-me a dois pontos que me parecem mais relevantes:
Tal como tem vindo a ser feito repetidamente por outras personalidades de esquerda, também nestas declarações Francisco Louçã vem escolher o adjectivo «credíveis» para o apor a «soluções». Tivesse Louçã usado o adjectivo «aprofundadas», «consistentes» ou «coerentes» e a minha divergência seria de outra natureza. Mas como escolheu o «credíveis», embora eu saiba que certamente Louçã não se situa nesse território, eu sinto a necessidade de lembrar que, no debate político nacional, este adjectivo de recurso fácil está profundamente envenenado, não se podendo ignorar que tem todo um lastro do género «credíveis são as minhas, as tuas nunca o são» e, em concreto, está radicalmente contaminado pelo uso que PSD, CDS e PS dele têm feito para desqualificar as propostas do PCP e do BE. E também cabe lembrar que, em muitos, a mais frequente tradução de «credíveis» tem sido a de «moderadas» ou «muito moderadas» ou, mais especificamente, aceitáveis pelo PS. Porque há uma pergunta incómoda que se impõe: «credíveis» para quem ? É que uma coisa ser redonda ou quadrada não é da mesma natureza que certas soluções serem «credíveis» ou «não credíveis» na exacta medida em que todos os juízos sobre «credibilidade» relevam da subjectividade ( e dos interesses, valores e opiniões individuais que lhe subjazem) de quem é chamado fazer tais juízos. E, depois, sem obviamente negar que as forças mais à esquerda têm sobre os seus ombros a responsabilidade de aprofundarem as suas propostas sobre problemas cuja complexidade cresce constantemente (mas aqui não se deve esquecer que os partidos do governo se podem aproveitar partidariamente e nas calmas do trabalho de milhares de quadros da administração pública e da máquina do Estado), talvez convenha enfrentar a dolorosa realidade de que os partidos mais à esquerda do que mais sofrem não é da falta de credibilidade das suas propostas mas do facto de grande parte do eleitorado, esquecido do seu próprio papel e poder, interiorizar que não terão os votos necessários para governar o país e concretizar as suas propostas.
05 maio 2014
Ao que isto chegou !
Uma golpada porca e
uma miserável provocação
uma miserável provocação
O título deste post exprime a única maneira delicada de classificar a peregrina ideia da troika de realizar um Fórul em Lisboa no dia da votação das eleições para o Parlamento Europeu coma presença de Barroso, Lagarde e Draghi. Com efeito, só querubins poderão pensar que as declarações que serão feitas neste Fórum não representarão nesta ou naquela medida uma abordagem de matérias que estiveram em debate e controvérsia na campanha eleitoral e não redundarão numa claríssima interferência a favor dos partidos do governo.
Nesse sentido, não posso deixar de salientar que:
- se a própria troika não for capaz de um elementar respeito e isenção face a um acto eleitoral num país membro da UE;
- se o governo não for capaz de resistir à sua gulosice eleitoral e de fazer ver à Comissão Europeia, ao FMI e ao Banco Central Europeu a profunda indecência desta iniciativa naquele dia;
- então só nos resta esperar que a comunicação social portuguesa, finalmente lembrada de que as regras que vigoram para o dia de reflexão também vigoram e por maioria de razão para o dia da votação, num assomo de dignidade nacional e numa afirmação de vinculação aos príncipios democráticos não dê nenhuma cobertura a esse Fórum.
P.S.: Permito-me recomendar vivamente ao governo e à troika que tenham presente que a imaginação está mais bem distribuida do que eles imaginam e que, nesse sentido, pode alguém querer que este Fórum se converta num tiro pela culatra. E mais não digo.
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