11 março 2014

Bernard-Henry Levy ou...

... o falso Malraux
dos nossos tempos



«Quel est le rêve caché de Bernard-Henri Lévy ? D’être un deuxième André Malraux, c’est-à-dire à la fois écrivain/penseur et combattant (notamment pendant la guerre civile espagnole, comme l’ont immortalisé pour la postérité d’innombrables photos

On peut sans doute déceler une fascination identique pour le même modèle chez bien d’autres, notamment Régis Debray. 

Seulement, voilà le hic : pour être à la fois écrivain/penseur et combattant, il faut écrire et penser, ce que BHL ne manque pas de faire, mais aussi combattre (comme Régis Debray dans la guérilla bolivienne)...mais, ça, BHL, ce n’est pas tellement son truc. 

Alors, faute de combattre, BHL est devenu spécialiste des photos truquées censées prouver ses valeureux combats...ce qui l’installera, pour la postérité, dans le ridicule achevé ; BHL, c’ est le type qui va sur tous les lieux de combat, se fait photographier, puis s’en retourne aussitôt : il ne faudrait pas risquer d’ être victime d’une balle perdue...

Lire la suite sur le blog Quand Elie Arié pense...


 BHL em Sarajevo : «Mais la plus belle restera sans doute celle de la mise en scène attestant de son héroïsme à Sarajevo :  sous les balles des snipers qu'on croit presque entendre siffler de tous les côtés, BHL, derrière l’abri dérisoire d’un simple mur, ne cesse de penser et de livrer ses analyses au journaliste qui lui tend le micro : encore plus fort que Malraux, qui combattait d’abord et écrivait ensuite !
Hélas ! « Le Canard Enchaîné » a révélé le montage, en découvrant la même photo sous un autre angle : derrière ce mur, abri si précaire, on voit deux bonshommes qui vaquent tranquillement à leurs occupations ( ou qui cherchent un bistrot pour boire un coup, allez savoir) ; c’est la deuxième photo que l’on voit en cliquant ICI , et cela mérite vraiment le clic  (d'autant que la première n'est pas mal non plus)!»

Palavras de um «think tank» americano


«Foreign Policy in Focus (FPIF) is a “Think Tank Without Walls” at the Institute for Policy Studies that connects the research and action of more than 800 scholars, advocates, and activists seeking to make the United States a more responsible global partner. FPIF provides timely analysis of US foreign policy and international affairs and recommends policy alternatives that emphasize diplomatic solutions, global cooperation, and grassroots participation. We are on the web at fpif.org

artigo aqui

10 março 2014

Coligação "Aliança [contra] Portugal"

Um Rangel furioso federalista
e um CDS que engole tudo



Segundo noticia o Público de hoje, Paulo Rangel, o cabeça de lista da coligação PSD-CDS para as europeias, resolveu explicitar melhor o que já foi exposto (e criticado)  aqui, sustentando que  «já existe uma Constituição Europeia não escrita e que os tribunais constitucionais dos Estados-membros, nomeadamente o português e o alemão, a deviam reconhecer.» Diz porém o Público que «Sobre o conteúdo do que será essa Constituição Europeia não-escrita, Paulo Rangel é mais vago, referindo-se apenas às quatro liberdades fundamentais do Espaço Económico Europeu: a liberdade de movimentos de pessoas, de capitais, de produtos e de serviços.» O Público atribui também ainda a Paulo Rangel a valentia de não se importar por assim escandalizar «os juristas mais positivistas, mais conservadores, mais normativistas».
Ora, eu não sou jurista e assim sendo nem caibo nas categorias enunciadas por Paulo Rangel e, por isso, só posso a este repeito brandir o bom senso de registar que se se trata de uma Constituição não escrita" ( a escrita foi derrotada e metida na gaveta, como é sabido) então mais certo é cada um atribuir-lhe o conteúdo que lhe apetecer e conforme as conveniências do momento, ficando ainda o mistério de como é que algo não escrito se pode sobrepor ao respeito pelas constituições dos países membros que está escrito nos primeiros artigos dos Tratados europeus.
Aqui chegados, o que apetecia era reproduzir aqui em contraste  uma antologia de passagens de artigos de Paulo Portas no «Independente» sobre as questões europeias, tarefa a que não posso meter mãos à obra porque as hemerotecas ficam longe e os pombos estão a pedir-me milho.
Diga-se entretanto que, sendo grave esta declaração ou tese de Paulo Rangel, ela infinitamente menos grave do que o projecto descaradamente subversivo que já uma vez estampou num seu artigo no Público e que passou impune no comentário político nacional, excepção feita a este post aqui nesta chafarica.                                                                   

Não por acaso

Viagem no El País
ao aborto na Polónia e a muito mais





mapa interactivo aqui


Hello Birmingham, de Ani DiFranco (1999) Aquí no hay ninguna ambigüedad. Ani DiFranco es una defensora férrea del aborto. Es su discografía hay canciones que hablan claramente del tema. Quizá la más estremecedora sea Hello Birmingham, en la que la combativa cantante denuncia dos acontecimientos: las bombas que recibió una clínica abortista de Birmingham, Alabama, y el asesinato de un médico abortista (Barnett Slepian) en Nueva York, cerca de la casa de la cantante, en Buffalo. Los dos sucesos ocurrieron en 1998. La letra dice así: “Fue solo un disparo que pasó a través de la ventana de la cocina. / Fue a solo dos millas de aquí… / Una bala vino a visitar al médico”. Y más adelante conecta los dos sangrientos sucesos en esta estrofa: “Hola Birmingham, soy Buffalo. / He oído que tuviste problemas. / Solo estoy llamando para conocer lo que pasó y si hay alguien que lo entienda”.


Operation Rescue, do Bad Religion (1990) Em apenas dois minutos e nove segundos, o Bad Religion, banda veterana do punk californiano, acerta contas com a ultraconservadora organização antiaborto Operation Rescue. Eis uma parte da letra: “Operation Rescue, você se pergunta de onde eles vieram. / Eu me pergunto por que estão aqui… / O negócio deles é a vida eterna. / Olhem só eles brandindo as chaves da porta do seu reino”.



O Aborto Ilegal Assassina minha Liberdade, do Fun People e She Devils (1997) O aborto inseguro é uma das principais causas de mortalidade entre as mulheres argentinas. Assim era nos anos 1990, quando se lançou este disco, e continua sendo agora, segundo os especialistas em saúde. O diário Clarín informa que na Argentina se realiza mais de meio milhão de abortos por ano, na maioria, inseguros. As mais prejudicadas são as mulheres com menos recursos econômicos. Em 1997 as bandas de rock argentinas Fun People e She Devils se uniram e lançaram um álbum com seis canções com o título de O Aborto Ilegal Assassina minha Liberdade. São seis canções, três para cada. Em Lady, o Fun People canta: “Honey, eu sei, não é tão fácil. / Senhorita, você não está preparada. / Não tem dinheiro, não está saudável para ter um bebê. / Honey, você não quer abortar, mas não tem opção… / Mulherzinha, você não é uma mulher má por ter ficado grávida e ter pensado em abortar”.

08 março 2014

A não esquecer nas eleições de 25 de Maio

(o Dia Internacional da Mulher aqui)



Afirmar isto é dizer que a vontade do povo não conta, que as eleições são um faz-de-conta e que a democracia é uma palavra oca, vazia e inútil.
.

Porque hoje é sábado ( 384 )

Jane Ira Bloom



A sugestão musical deste sábado
vai para a soprano saxofonista
norte-americana Jane Ira Bloom.


(No final deste vídeo, nos vídeos anexos, pode aproveitar
para voltar a Astrud Gilberto)



Dia Internacional da Mulher

Muito caminho andado
e tanto ainda por andar








Why ?
aqui



07 março 2014

Voltando à minha vaca fria

O que as notícias sobre sondagens
sempre se esquecem de dizer


Possivelmente, haverá leitores que estranhem que eu venha aqui dar divulgação ao que parece ser um má notícia porque, aparentemente como veremos, é animadora para os partidos do governo. Mas a verdade é que o faço precisamente para voltar a combater as confusões que por sí andam a respeito de critérios de  avaliação de futuros resultados eleitorais (desde logo, a tese errónea de que ganha as eleições quem fica à frente, a suposição de que o PS teria obrigação de ficar necessariamente à frente do PSD e CDS coligados em europeias, o vício de fundo que é inculcar a ideia de que as eleições se decidem a três - PSD, CDS e PS).

Sublinhando que esta sondagem tem uma margem de erro de 4,4% e sublinhando que o dado verdadeiramente relevante e decisivo é o que está sublinhado a vermelho na imagem acima, importa contar que nela se atribuem 28,4% ao PSD, 8,7% ao CDS e, portanto, 37,1% à soma PSD+CDS.

Ora, sem prejuízo das insatisfações que legitimamente cada um possa ter, o que alguns alarmismos ou sustos à esquerda e prováveis festejos à direita não deviam ignorar ou esquecer é que: