17 dezembro 2013

Palavra de honra, são só perplexidades de um leitor vulgar

Apesar das aspas, deve
ser a comunicação social
que está a baralhar tudo...

i online
notícias ao minuto
... mas descansemos porque daqui a nada já deve estar tudo claro.


Adenda 1.
Peço desculpa  pela insinuação que lancei
 sobre a comunicação social; na verdade o
 manifesto hoje divulgado diz expressamente :

«
A nossa proposta é clara: desenvolver um
 movimento político amplo que no
imediato sustente uma candidatura
 convergente a submeter a sufrágio
nas próximas eleições para o
Parlamento Europeu.» 


Adenda 2.
exclusivamente técnica

 ( e que não comporta nenhum juízo sobre
iniciativas ou personalidades nelas envolvidas)

Desconfio que, para que o assunto dure, a comunicação social só daqui por dois ou três meses vai descobrir o que expliquei aqui:a saber, que "movimentos" não podem concorrer a eleições para o P.E. ou para a A.R. ; que só podem concorrer ou partidos em separado (que podem integrar membros de outros partidos ou reais independentes como «independentes») ou coligações de partidos; ora, no caso falado, para isso seria preciso que o LIVRE chegasse  a ser partido e que fizesse uma coligação eleitoral com o BE; e, num tal caso, seria preciso que personalidades como algumas que se são faladas aceitassem candidatar-se por uma lista que, no boletim de voto, aparece identificada aos olhos dos eleitores pelas siglas e símbolos dos partidos coligados.

Adenda em 19/12 à Adenda 2:

Esclareço que no que se diz na Adenda 2. falta uma hipótese legal - este movimento converter-se em partido - que não considerei porque os seus promotores negaram essa possibilidade. Mas, quanto ao mais, as coisas são mesmo assim, não há nenhuma volta a dar-lhe nem há nenhuma futura criatividade que possa abrir outras vias. Apesar de ser assim como qualquer pessoa que pense nisto dois minutos terá honestamente de concluir, o que Daniel Oliveira tem a dizer a este respeito, hoje no «arrastão» e no Expresso online,  é o seguinte (sublinhado meu): «Como não são possíveis listas de cidadãos ao Parlamento Europeu (com apoio, por exemplo, de cidadãos, partidos e organizações), a solução jurídica para isto será a última barreira a vencer. O que se quer saber é se há vontade para tanto. A julgar pela rapidez com que este manifesto está a recolher assinaturas, muitos cidadãos já estão a dar a resposta.»  Como se calcula, não tenho nada a ver com este projecto político mas,  se por hipótese por ele me sentisse atraído, acharia este «depois se vê» uma coisa indecente e não gostaria de ser tratado assim.

Nem um ínfimo pingo de patriotismo

E a Sociedade Cobardes
& Vendidos continua calada !


quem sabe, amanhã nas principais estátuas




Paulo Portas e Maria Luís Albuquerque

Ainda os havemos de ver a
fazer comparações semana a semana




E acho que disto eles hoje não trataram

Público online hoje

16 dezembro 2013

Fim de dia com a «country» de

Sheryl Crow  em
Callin' Me When I'm Lonely


Passe a publicidade, convém não esquecer

Há uma linha que separa
o «provável» do inevitável



«(...) Eis por que é tão difícil e desagradável debater o que seja hoje a esquerda socialista ou social-democrata, depois de exemplos frustrados. Tanto mais que parte dela está liquefeita na Grécia, reduzida ao osso na Espanha, inepta na França, diluída em disputas pessoais na Itália. Mas é imperioso o debate sobre o caminho a seguir, quando ela hoje partilha o poder em coligações com a direita, como na Holanda, Bélgica, Irlanda, Dinamarca, Áustria, Finlândia e agora na Alemanha. E, muito provavelmente, em breve em Portugal.(...)»

- António Correia de Campos, hoje no Público

2ª volta no Chile

Bachelet ganha com 62%...



... mas agora há muitas outras batalhas - honrar os compromissos eleitorais - para ganhar.

15 dezembro 2013

Para o seu domingo

Robert Aldridge





New Tango No 2 Mystery

Conversa entre gente antiga ou 40 anos depois

Pacheco Pereira e o
3º Congresso da Oposição Democrática





Em artigo no Público de passado sábado, intitulado «Nos 40 anos do 3º Congresso da Oposição Democrática», José Pacheco Pereira retoma naturalmente  algumas das ideias principais que expôs numa iniciativa (*) evocativa realizada em Aveiro no dia 4  deste mês e que, por falta de tempo, então não pude comentar devidamente.

1.
A parte mais importante do artigo de Pacheco Pereira, e a que mais me interessa comentar e clarificar,  evidencia-se nestas duas seguintes citações a que procedo, sem qualquer embaraço ou temor :

 (...)
2. Ora, a meu ver, todas estas considerações de Pacheco Pereira laboram num enorme sofisma e num monumental equívoco. Na verdade, e sem me ocupar agora da hipervalorização que Pacheco Pereira sempre faz do papel e peso dos grupos esquerdistas, creio que ele se esquece nomeadamente:

- de que eu próprio na minha intervenção naquela iniciativa salientei que, por comparação com os dois Congressos Republicanos anteriores, o 3º Congresso da Oposição Democrática era o que tinha sido uma emanação mais directa das estruturas da oposição democrática, então agregadas nas CDEs distritais e dispondo de uma coordenação através de periódicos Encontros Nacionais;

- de que nem na época nem depois jamais ouvi alguém dizer que o 3º Congresso da Oposição Democrática, em termos de objectivos, preparação e organização, embora sendo democraticamente aberto a quem nele quisesse participar e debater, tinha a pretensão de representar todos os sectores, grupos ou correntes antifascistas e, por maioria de razão, os grupos esquerdistas que caluniavam e combatiam politicamente a oposição democrática;

- que, neste sentido, e como Pacheco Pereira devia saber, «Oposição Democrática»(também muitas vezes genericamente referida como «o movimento democrático»), naquele contexto, não era tanto uma designação destinada a definir uma atitude de cidadãos face ao regime fascista mas mas sim uma designação explicitamente associada a a determinadas formas orgânicas de acção legal ou semilegal, à época, como já disse, protagonizadas pelas CDEs (e em que, naturalmente, a composição da Comissão Nacional do 3º C.O.D. e a composição das comissões coordenadoras das diversas secções do Congresso disso derivavam);

3. Em síntese, José Pacheco Pereira  vem criticar o 3º C.O.D. por não ter sido o que ele e os grupos esquerdistas desejariam que tivesse sido: ou seja, uma espécie de RGA - Reunião Geral (ad hoc) de Antifascistas - ou AGAF - Assembleia Geral  dos Antifascistas Portugueses . Mas o que Pacheco Pereira não conta, e sabe-o tão bem como eu - é que mesmo que o 3º Congresso tivesse funcionado nesses moldes, os grupos esquerdistas teriam tido talvez mais margem para perturbar ou mesmo provocar (para isso agindo organizadamente, como Pacheco Pereira confessa no artigo) mas nem uma das suas teses ou orientações fundamentais obteria um apoio maioritário nos participantes no Congresso.

4. O artigo de Pacheco Pereira termina com uma referência a que « O outro pólo de conflito no congresso traduziu a mesma vontade de controlo político do PCP e ocorreu com a tese de Medeiros Ferreira sobre o papel das forças armadas, apontando quer os riscos de um golpe de direita, quer as possibilidades de um derrube do regime pelos militares, assente na trilogia do “descolonizar, democratizar e desenvolver”. Num certo sentido, essa foi a tese mais premonitória do congresso, violentamente atacada pelos sectores do PCP. Assisti a essa sessão e recordo-me de ver uma jovem mulher, claramente comunista, a vociferar contra os militares que ela, que vivia na Amadora, dizia conhecer muito bem na sua violência pró-regime.»
Mas sobre este tema ou questão, depois de anotar a facilidade com que Pacheco Pereira transforma o que terá dito «uma jovem mulher, claramente comunista» num violento ataque dos «sectores do PCP», basta-me remeter os leitores interessados para o longo post que escrevi aqui sobre a comunicação de Medeiros Ferreira e que, até hoje, não teve a honra de receber qualquer comentário crítico.


(*) Promovida pelo Movimento Não Apaguem a Memória (NAM) ; Centro de Documentação 25 de Abril; Centro de Estudos de História Contemporânea do ISCTE;Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra;Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra;Departamen to de Ciências Sociais, Políticas e do Território da Universidade de Aveiro:Instituto de História Contemporânea da FCSH da Universidade Nova de Lisboa; Seara Nova.

14 dezembro 2013

Porque hoje é sábado (353)

Marquis  Hill


A sugestão musical de hoje vai para
o trompetista norte-americano Marquis Hill.



Pormenores insignificantes

A pergunta que
ficou para depois




Uma muito experiente e conhecedora jornalista terá obtido a informação, e divulga-a na edição de hoje do Público, de que (atenção aos meu sublinhados) «um movimento unitário que agregue o Bloco de Esquerda, o partido em constituição LIVRE e ex-dirigentes do PCP, poderá vir a constituir-se para a eleições do Parlamento Europeu  e protagonizar uma lista eleitoral (...)».

Por mim, para já, apenas registo que a jornalista não terá feito a pergunta que deveria decorrer do conhecimento da legislação em vigor designadamente das partes sublinhadas aí em baixo.

Adenda:

Recordando aos leitores porventura mais apressados que este meu post é exclusivamente sobre a notícia do Público e nada diz nem sobre a suposta iniciativa ou os seus promotores, 

depois disto



tem a palavra o «Público»