fartei-me de conhecer não comunistas
que estavam sempre dispostos a bater-se
até ao último comunista
Eu não queria mexer a sério no assunto mas perante esta afirmação de Raquel Varela, inserta pelo meio de um arrazoado verbalista, esquemático e voluntarista que ofende o marxismo, de que «[o 25 de Novembro]É ainda uma memória que pesa porque o Partido que teve um papel heróico contra a ditadura – o PCP – aceitou não resistir ao 25 de Novembro assumindo publicamente, pela mão do seu líder de então, Álvaro Cunhal, que a esquerda militar se tinha tornado um fardo para o PCP porque a sua actuação punha em causa o equilíbrio de forças com os 9 e os acordos de coexistência pacífica entre os EUA e a URSS» [o Milhazes faz escola, pelos vistos], só quero recomendar à blogger e historiadora em questão que leia, calculo que pela segunda vez, o discurso de Álvaro Cunhal no Campo Pequeno em 7 de Dezembro de 1975 e, se voltar a não entender, então leia mais oito vezes para igualar o Sócrates na leitura de uma obra de Kant.