27 setembro 2013

O país tremeu e...

... eu já não vou
conseguir dormir esta noite



«P.S.: O Tribunal Constitucional  constitucionalizou ontem a velha máxima  de que «a antiguidade é um posto». A irracionalidade chegou a tal ponto que eu, que tenho defendido que o problema é mais a interpretação da Constituição do que a sua letra, começo a achar que a Constituição é mesmo um obstáculo   inamovível no caminho das mais ténues reformas».(José Manuel Fernandes, hoje no «Público»)

Onde está o Wally ?

Sempre colaborando
com as autoridades



Qualquer pilha-galinhas teria,
pelo menos, pulseira electrónica.

26 setembro 2013

Para a Grande História da Indecência

O Zorrinho abstencionista saúda o
resultado do trabalho dos outros


Acrescente-se só que o PS se absteve neste gravoso diploma e que não foram os seus deputados mas o do PCP, do BE e dos Verdes que pediram ao TC a apreciação da inconstitucionalidade destas normas. Ler mais aqui. Em suma, a três   dias das eleições, o líder parlamentar do PS resolver mudar o nome para Carlos Cuco Zorrinho.

O rigor é uma grandessíma chatice !

Uma distorção com
alguma dose de perversidade



Tal como noutras ocasiões de um passado recente mas agora talvez mais intensamente, todos nós já ouvimos e lemos nos jornais, rádios e televisões, a respeito das próximas eleições autárquicas, milhares e mihares de referências às «listas de independentes» ou às «candidaturas de independentes».

Embora possa passar por chato e  miudinho e me esteja a colocar em frente a um Alfa Pendular em movimento, entendo útil lembrar que estas formulações, podendo em parte compreender-se por  atavismo ou razões de facilidade ( a opção é entre três ou sete palavras), representam uma distorção semântica que induz em confusões perversas.

Na verdade, como se poderá ver em baixo, não há nem na Constituição nem na Lei Eleitoral para as Autarquias nesta matéria qualquer referência a «independentes» falando-se sim em candidaturas apresentadas por «grupos de cidadãos eleitores» (fala-se sim de «independentes» mas a respeito da sua inclusão nas listas propostas por partidos, o que no caso presente das listas da CDU representam cerca de 40% dos seus candidatos). E, juridica e politicamente, não podia ser de outro modo porque em caso algum poderia ser vedado a um cidadão filiado num partido um direito concedido a outros que o não sejam.

Se estou disposto a conceder que a generalização destas referências aos «independentes» nos media se deve ou a atavismo ou razões de facilidade de expressão, já considero entretanto gravíssimo que uma entidade como a Comissão Nacional das Eleições ostente dentro do seu sítio uma página assim:


ver aqui

P.S.:
Como há uma lista  que se chama
«Cidadãos por Coimbra» , aproveito
para, sustentado no conhecimento
pessoal de muitos, informar que
as listas dos partidos também são
constituídas por cidadãos
,
não vá alguém pensar que 
são integradas por extra-terrestres.

________________
Constituição:-



Lei Eleitoral para as Autarquias Locais

30-organismos-30 !!!

Confesso a minha inveja do homem
para quem o dia devia ter 48 horas



Público online

P.S.: a confissão que está no título é evidentemente irónica ou retórica porque, na verdade, na minha idade e estado de espírito era uma grande chatice o dia ter 48 horas e, quanto aos 30 organismos também a coisa não me conviria porque, qual cientista distraído, o mais certo era estar sempre a saltar do set de um filme de romanos para um de western ou a imitar aqueles Presidentes dos EUA que, quando desembarcam na América Latina, logo trocam os nomes dos países a que chegam.

25 setembro 2013

Salvo melhor opinião

Um equívoco de André Freire


Em artigo hoje publicado no Público, com o título acima, o  estimado Prof. André Freire introduz um critério de apreciação de resultados dessas eleições que lá original me parece ser (pelo menos, não me lembro de, desde 1976, alguma vez o ter visto formulado) mas que me parece ser completamente artificial e até um pouco absurdo.

Com efeito, escreve ele : « Um primeiro critério [para a definição do que é uma vitória nas autárquicas] pode ser o PS ter mais votosdo que o PSD, oun as esquerdas terem mais votos que as direitas. Porém, a questão que se coloca é, tal como em 2009, como contar ? Nessas  autárquicas , o PSD teve cera de 1 milhão e 300 mil votos , 22,9%, e o PS mais de  2 milhões, 37,7%. Mas quando contamos o PSD com os seus aliados à direita, o caso muda de figura: com cerca de 214 mil votos [?] (38,6%) [estes últimos números de A. Freire parecem-me todos gatados pois, pelas minhas contas, PSD, CDS e os seus diversos tipos de coligações somaram então cerca de  2.300.000. votos e 43%], as direitas ganharam ao PS. É sempre o grande trunfo das direitas e o calcanhar de Aquiles das esquerdas: as primeiras conseguem somar, as segundas não.»

Com toda delicadeza, o que me parece haver nestas palavras é uma coisa nunca feita em Portugal, a saber, passar da constatação de que à direita há mais facilidade de  conseguirem  entendimentos governativos do que à «esquerda» para a proibição de, em ainda por cima eleições locais, somar os votos do PS, da CDU e do BE e concluir que eles foram mais ou menos dos que os recebidos pelos partidos de direita, agora partidos de governo. Nem em legislativas isso jamais se fez, porque conjecturas ou previsões sobre dificuldades de entendimento governativo entre PS, PCP e BE nunca impediram de dizer que a oposição, em conjunto, tinha alcançado mais ou menos votos que os partidos do governo em conjunto e dái extrair os correspondentes significados e sinais políticos.

É este o ponto essencial mas ainda posso terminar perguntando ao Prof. André Freire : porque é que em autárquicas os  votos do conjunto PSD e CDS seriam os únicos a ser sempre somáveis se, parte deles, até foi obtida em concorrência e disputa de um com o outro ?.

Olhem que é preciso coragem

Quando uma revista faz,
ela sim, a honra da América


 a ler o resto do artigo aqui

e ainda a este propósito :

Edição (2011) da Oxford University Press (EUA),
416 ps., $22,16.

apresentação:

Americans are greatly concerned about the number of our troops killed in battle--100,000 dead in World War I; 300,000 in World War II; 33,000 in the Korean War; 58,000 in Vietnam; 4,500 in Iraq; over 1,000 in Afghanistan--and rightly so. But why are we so indifferent, often oblivious, to the far greater number of casualties suffered by those we fight and those we fight for?

This is the compelling, largely unasked question John Tirman answers in The Deaths of Others. Between six and seven million people died in Korea, Vietnam, and Iraq alone, the majority of them civilians. And yet Americans devote little attention to these deaths. Other countries, however, do pay attention, and Tirman argues that if we want to understand why there is so much anti-Americanism around the world, the first place to look is how we conduct war. We understandably strive to protect our own troops, but our rules of engagement with the enemy are another matter. From atomic weapons and carpet bombing in World War II to napalm and daisy cutters in Vietnam and beyond, we have used our weapons intentionally to kill large numbers of civilians and terrorize our adversaries into surrender. Americans, however, are mostly ignorant of these facts, believing that American wars are essentially just, necessary, and "good." Tirman investigates the history of casualties caused by American forces in order to explain why America remains so unpopular and why US armed forces operate the way they do.

Trenchant and passionate, The Deaths of Others forces readers to consider the tragic consequences of American military action not just for Americans, but especially for those we fight.»


Como cada de um de nós bem sente

Grandes génios do assalto !  


CM
      Público


24 setembro 2013

Muito a propósito destes tempos

Ai, Sttau, a falta que fazes !

(clicar para aumentar e depois fazer zoom)
A redacção da «Guidinha» (Luís de Sttau Monteiro) no suplemento «A Mosca» do «Diário de Lisboa» de 8 de Outubro de 1973. (Imagem colhida no blogue portadaloja.blogspot.com)

Neste dia

Há 40 anos, a proclamação
da independência da Guiné-Bissau

Aristides Pereira, intervindo na Assembleia Nacional Popular

Amílcar Cabral, assassinado oito meses antes