Resposta rápida a Raquel Varela
Não conseguindo aceder à respectiva caixa de comentários e prejudicando durante 15 minutos as minhas tarefas nada intelectuais na Festa do Avante!, aqui deixo a minha imediata resposta àquele post de Raquel Varela no «cinco dias»
O comentário sobre o meu post de Raquel Varela é uma descarada torcidela de tudo o que escrevi. Assim:
1. A minha referência às origens sociais e ao curso que tirou na URSS são a mera repetição do que o próprio Milhazes tem referido com naturalidade, incluindo em recentes entrevistas em torno do seu livro.
2. Não se encontra no meu post nenhuma técnica de projectar a origem social e a questão do curso sobre o mérito ou demérito das opiniões de Milhazes.
3. Toda a minha vida demonstra que sempre estive livre de um espírito de classe que me levasse a menorizar socialmente a circunstância de alguém ser filho de pescadores, antes pelo contrário.
4. Se há duvidas, aqui declaro solenemente que essa circunstância de vida pessoal ( e os apoios recebidos do PCP e da URSS) não podem ser usados para questionar o direito de Milhazes de ter mudado de opiniões ou de ter as opiniões que quiser.
5. Por mim, teria preferido que Raquel Varela, enquanto historiadora, tivesse dito alguma coisa sobre a credibilidade de um ex-espião que se gabou de ter recebido do PCP a lista completa dos agentes da PIDE quando a mesma afinal foi publicada em 1975 pela Imprensa Nacional; ou que tivesse reflectido sobre as declarações do insuspeito general Pedro Cardoso quanto ao destino dos documentos respeitantes às relações da PIDE com serviços secretos ocidentais que cito no meu texto no Avante! de 1999.
P.S: Como se calculará, eu tenho muito orgulho em ser militante do PCP e, em regra, nada me incomoda que seja como tal identificado publicamente. Mas, ao mesmo tempo, não posso deixar de achar esquisito, que tendo quase 68 anos de idade e perto de 50 de intervenção cívica e política, alguns ainda precisem tanto de escrever quase sempre «Vítor Dias, do PCP» ou «o comunista Vítor Dias». Suspeito que é para tornar o meu partido responsável por aquilo que eu, dia a dia, escrevo segundo a minha livre consciência e convicção. Ou então a tentação de, colocando logo a identificação partidária bem à vista ( que não se faz em regra com outras pessoas), condicionar o juízo sobre as opiniões e ideias expressas. Acaso seria bonito que, daqui para a frente, eu passasse a referir-me a Raquel Varela como «a Raquel Varela, da Rubra» ?
O comentário sobre o meu post de Raquel Varela é uma descarada torcidela de tudo o que escrevi. Assim:
1. A minha referência às origens sociais e ao curso que tirou na URSS são a mera repetição do que o próprio Milhazes tem referido com naturalidade, incluindo em recentes entrevistas em torno do seu livro.
2. Não se encontra no meu post nenhuma técnica de projectar a origem social e a questão do curso sobre o mérito ou demérito das opiniões de Milhazes.
3. Toda a minha vida demonstra que sempre estive livre de um espírito de classe que me levasse a menorizar socialmente a circunstância de alguém ser filho de pescadores, antes pelo contrário.
4. Se há duvidas, aqui declaro solenemente que essa circunstância de vida pessoal ( e os apoios recebidos do PCP e da URSS) não podem ser usados para questionar o direito de Milhazes de ter mudado de opiniões ou de ter as opiniões que quiser.
5. Por mim, teria preferido que Raquel Varela, enquanto historiadora, tivesse dito alguma coisa sobre a credibilidade de um ex-espião que se gabou de ter recebido do PCP a lista completa dos agentes da PIDE quando a mesma afinal foi publicada em 1975 pela Imprensa Nacional; ou que tivesse reflectido sobre as declarações do insuspeito general Pedro Cardoso quanto ao destino dos documentos respeitantes às relações da PIDE com serviços secretos ocidentais que cito no meu texto no Avante! de 1999.
P.S: Como se calculará, eu tenho muito orgulho em ser militante do PCP e, em regra, nada me incomoda que seja como tal identificado publicamente. Mas, ao mesmo tempo, não posso deixar de achar esquisito, que tendo quase 68 anos de idade e perto de 50 de intervenção cívica e política, alguns ainda precisem tanto de escrever quase sempre «Vítor Dias, do PCP» ou «o comunista Vítor Dias». Suspeito que é para tornar o meu partido responsável por aquilo que eu, dia a dia, escrevo segundo a minha livre consciência e convicção. Ou então a tentação de, colocando logo a identificação partidária bem à vista ( que não se faz em regra com outras pessoas), condicionar o juízo sobre as opiniões e ideias expressas. Acaso seria bonito que, daqui para a frente, eu passasse a referir-me a Raquel Varela como «a Raquel Varela, da Rubra» ?