O meu suspeito é...
29 maio 2013
28 maio 2013
Rangel e «a fadiga do regime»
Já que ele não
escreveu, escrevo eu
escreveu, escrevo eu
Com o titulo e a entrada que acima se podem ler, o deputado do PSD no PE, Paulo Rangel, no ponto 5 e final do seu artigo de hoje no Público abre mais o jogo e, referindo-se às presidenciais de 2016, escreve o seguinte (atenção aos meus sublinhados): « Por entre a esquerda e direita, muitos são os que se perfilam e muito mais os que se organizam. Mas, até agora e tanto quanto posso antecipar, todos ou quase todos raciocinam no pressuposto de que o quinto Presidente da República eleito depois do 25 de Abril será mais um - apenas mais um - a somar aos outros quatro. Os efeitos prolongados e dolorosos da situação financeira e económica do país, o descrédito generalizado dos partidos, o enraizamento paulatino da ideia de que subsiste uma crise regime podem, porém, alterar os dados da equação com que tantos se atribulam por estes dias. Um candidato carismático, que ofereça uma solução referendária de mudança de regime, pode alterar por completo as contas que estão feitas e abrir a porta a uma transição constitucional em democracia. É uma das chaves do nosso enigma político, chave essa que tem tanto de perigoso como de atractivo».
Ora, como não ando distraído com o barulho das luzes e não gosto de brincar com coisas sérias, estas palavras do dr. Paulo Rangel suscitam-me desde já as seguintes observações:
1. Longe vá o agouro de que futuramente uma boa parte dos portugueses transformasse em «fadiga do regime» o que só podia e devia ser uma imensa fadiga das políticas sucessiva e alternadamente aplicadas pelo PSD, pelo CDS e pelo PS.
2. Também eu me preocupo, e muitíssimo, com as hipotéticas, eventuais ou prováveis repercussões sobre o regime democrático que hoje temos de uma indesejavelmente muito prolongada crise social e de um processo de devastação nacional, só que não escrevo sobre isso porque não quero assustar ninguém nem fazer de pitonisa.
3. Mas, se porventura decidisse imitar Paulo Rangel e viesse aludir a um cenário em que um «carismático candidato» presidencial viesse oferecer «uma solução referendária de mudança de regime» pode toda a gente estar certa que logo acrescentaria que essa «chave do nosso enigma» tinha tudo de «perigoso» e nada de «atractivo».
4. Mais e melhor: não deixaria de explicar pormenorizadamente, para vergonha do eminente jurista que Paulo Rangel é, que, mesmo que um candidato presidencial fizesse campanha oferecendo «uma solução referendária de mudança de regime», isso, ainda que eleito, de nada lhe valeria porque, segundo a Constituição, o Presidente da República não tem o poder de iniciativa em matéria de referendos (mas apenas o de convocar ou não referendos aprovados na AR) e sobretudo porque a Constituição proibe referendos sobre si própria ou sobre matérias constitucionais..
5. E dito isto, só falta dizer que, em função do exposto, o cenário tão «neutralmente» enunciado por Paulo Rangel não sõ não constituiria «uma transição constitucional em democracia» como constituiria sim uma afrontosa ruptura com a ordem constitucional e um verdadeiro golpe de Estado antidemocrático. Ou seja, assim escrevo tudo o que Paulo Rangel não quis ou não foi capaz de escrever. Por alguma razão.
27 maio 2013
Ante-estreia a 31 de Maio
"As coisas não são feitas por acaso" -
documentário sobre Eduardo Gageiro
De Tiago Cravidão, com ante-estreia na próxima sexta-feira, 31 de Maio, às 21h30, na Sala Manoel de Oliveira do Cinema São Jorge, em Lisboa. Entrada gratuita.
De Tiago Cravidão, com ante-estreia na próxima sexta-feira, 31 de Maio, às 21h30, na Sala Manoel de Oliveira do Cinema São Jorge, em Lisboa. Entrada gratuita.
Da Comissão de Auditoria Cidadã à Dívida
Uma oportuna iniciativa
O lançamento desta petição terá lugar numa conferência de imprensa, onde
serão recolhidas as primeiras assinaturas, no próximo dia 29 de Maio,
quarta-feira, pelas 18h no bar/foyer do cinema São Jorge, em Lisboa.
Bem me parecia pela factura cá de casa !
Nestas coisas, Portugal disputa
sempre os lugares da frente
sempre os lugares da frente
Notícia no i
E, se não fôr inconveniente, indelicado ou impróprio, só uma pergunta: e quanto subiram os salários e pensões ?
Cavaco no Jamor
Ele ir lá, foi mas não se cumpriu
um requisito que eu considerava essencial
um requisito que eu considerava essencial
Na verdade, para além de que, no momento da entrega da Taça de Portugal, a maior parte da assistência (os adeptos do Benfica) já tinha compreensivelmente abandonado o recinto, pelo que vi e ouvi na televisão, os altifalantes não anunciaram com sonoridade e clareza que «e agora Sua Excelência o Presidente da República, Prof. Anibal Cavaco Silva vai entregar a Taça de Portugal ao capitão do Vitória de Guimarães», o que me parece um inadmissível acto de desconsideração com o titular do cargo de Presidente da República. Portanto, não se cumpriu o requisito que neste inventado abaixo-assinado eu tinha considerado essencial:
A não perder aqui o fino olhar de Samuel.
26 maio 2013
O PS e a escandalosa privatização dos CTT
Nenhuma divergência de fundo,
apenas questões de método
apenas questões de método
O Público de ontem dava à estampa este título que deve ter feito ficar felizes aqueles bem intencionados democratas que, muitas vezes fugindo de desagradáveis evidências, aspiram a muita «convergência à esquerda». Mas vai-se a ver e, como era de calcular por quem tiver alguma memória, a convergência é muito pouca e entre os projectos de resolução do PCP e do BE e o do PS o que há é uma gravíssima divergência de fundo. Na verdade, enquanto PCP e BE se opõe nitida e frontalmente a qualquer privatização dos CTT e defendem justamente a sua manutenção na esfera pública, já o PS apenas pede a suspensão do processo com argumentos do tipo de que «nos processos de privatização e concessão já realizados, [o governo] não tem sido transparente e rigoroso, realizando os processos através de negócios particulares e ajustes directos, não existindo comissões de acompanhamento nomeadas com antecedência».
Mas seria de esperar que fosse de outra maneira ? Não e, para o saber, basta reler esta notícia de 8 de Março de 2010:
25 maio 2013
Melhor do que ter novidade, é ser verdade
Sim, a luta continua
Hoje, em Belém
«(...)BASTA! Portugal não aguenta mais esta política de austeridade que
causa miséria aos trabalhadores e ao povo e é um garrote para a economia
nacional. O país aproxima-se perigosamente da bancarrota, pelo que é
imperioso parar a espiral recessiva e evitar o colapso social. É preciso
travar a exploração dos trabalhadores, exigir que seja respeitado o
direito de contratação e negociação colectiva, defender os direitos
contratuais e melhorar as condições de trabalho, através do aumento dos
salários e da redução fiscal (IRS e IVA). É necessário continuar a luta
pela exigência do cumprimento do acordo sobre o salário mínimo nacional
para 515 €; pela revogação da resolução do Governo que congela as
portarias de extensão, bem como a revogação das normas gravosas do
código do trabalho; pôr termo à destruição de postos de trabalho e
combater a precariedade dos vínculos laborais.
Este Governo está profundamente desgastado, ruído de múltiplas
contradições internas, sem base social de apoio. É um Governo moribundo
que a cada dia que passa só faz mal ao país e ao povo. Por isso, tem de
ser rapidamente demitido. É um governo que está a mais no Portugal
democrático, no país de Abril.
Há soluções para o país: renegociar a dívida pública, nos seus juros, prazos e montantes; aumentar a produção nacional para criar emprego e diminuir as importações; melhorar os salários e as reformas para aumentar o consumo e por a crescer o mercado interno; libertar Portugal da ingerência estrangeira que condena o povo ao atraso e à miséria; investir na industrialização para criar riqueza; por fim às privatizações de empresas e sectores estratégicos.(...) (extracto da Resolução hoje aprovada na manifestação)
Há soluções para o país: renegociar a dívida pública, nos seus juros, prazos e montantes; aumentar a produção nacional para criar emprego e diminuir as importações; melhorar os salários e as reformas para aumentar o consumo e por a crescer o mercado interno; libertar Portugal da ingerência estrangeira que condena o povo ao atraso e à miséria; investir na industrialização para criar riqueza; por fim às privatizações de empresas e sectores estratégicos.(...) (extracto da Resolução hoje aprovada na manifestação)
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