18 maio 2013

Um livro estrangeiro por semana (...)

The Body Economic
WHY AUSTERITY KILLS

 (sugestão colhida de Eduardo Paz Ferreira
na SIC Notícias)
Edição da Basic Books, $ 17,89.

Apresentação do editor: «Politicians have talked endlessly about the seismic economic and social impacts of the recent financial crisis, but many continue to ignore its disastrous effects on human health—and have even exacerbated them, by adopting harsh austerity measures and cutting key social programs at a time when constituents need them most. The result, as pioneering public health experts David Stuckler and Sanjay Basu reveal in this provocative book, is that many countries have turned their recessions into veritable epidemics, ruining or extinguishing thousands of lives in a misguided attempt to balance budgets and shore up financial markets. Yet sound alternative policies could instead help improve economies and protect public health at the same time. In The Body Economic, Stuckler and Basu mine data from around the globe and throughout history to show how government policy becomes a matter of life and death during financial crises. In a series of historical case studies stretching from 1930s America, to Russia and Indonesia in the 1990s, to present-day Greece, Britain, Spain, and the U.S., Stuckler and Basu reveal that governmental mismanagement of financial strife has resulted in a grim array of human tragedies, from suicides to HIV infections. Yet people can and do stay healthy, and even get healthier, during downturns. During the Great Depression, U.S. deaths actually plummeted, and today Iceland, Norway, and Japan are happier and healthier than ever, proof that public wellbeing need not be sacrificed for fiscal health.Full of shocking and counterintuitive revelations and bold policy recommendations, The Body Economic offers an alternative to austerity—one that will prevent widespread suffering, both now and in the future.»

17 maio 2013

Pequenas maravilhas do nosso tempo

Como eu gosto deste título

Que fique pois para a memória futura dos tempos bárbaros que vivemos esta sensacional associação (feita por Passos Coelho e citada no Público online) da aplicação de medidas de austeridade ao «talento» de alguém. Cá para mim, é como se alguém viesse elogiar o «talento» de Jack, o Estripador. E remato recuperando uma antiga mas injusta piada anti-alemã que terminava com o desabafo «só é pena é não lhes dar para o bem».

Falta de senso

Mais valia estarem 
quietos e calados



Depois disto ontem...


... o Público sai-se hoje com isto:

certamente muito inchado porque ele e El País, com uma notícia baseada no cobarde anonimato,  obrigaram a chamcelaria alemã a fazer um comunicado.

16 maio 2013

Mais glórias do jornalismo português

Eu até podia ficar calado...

... em relação a esta chamada na primeira página no Público de hoje e à pagina inteira que no interior a desenvolve porque me dá jeito tudo o que venha à rede que seja contra a política de austeridade. Mas não devo porque não pode valer tudo. Porque escrevo assim ? Porque, muito simplesmente, encontro nesta peça um sem número de referências aos «alemães», aos «responsáveis alemães», à «fúria de Berlim» e à «irritação de Berlim» mas não encontro nem uma identificação e nem um nome dos autores destas «demarcações» e «críticas». Pelo que, não duvidando de que alguém tenha soprado estas opiniões à jornalista do Público e não discutindo agora o duvidoso acerto deontológico de uma peça assim, só posso sublinhar que pedir o anonimato quando se fazem críticas tão duras em matérias tão importantes como estas só pode ter o nome de uma infinita cobardia.

Cordão sanitário ou...

... e não se pode
remetê-la para a clandestinidade ?


Nenhuma dúvida de que se Fernando Negrão (ex-director da Judiciária que dava fugas de informação para o DN) estivesse no lugar de Francisco George, director-geral de Saúde, a Constituição seria considerada como uma doença altamente perigosa, contagiosa e potenciadora de atitudes de grande hostilidade à actual política governamental.

Começando o dia com

The Lumineers







15 maio 2013

Benfica-Chelsea

Lição também para a política: não ser apanhado em contra-pé e não julgar
que a bola vai para fora



mas parabéns, Benfica

Abaixo-assinado

"Queremos Cavaco Silva e
Passos Coelho no Jamor !"



Mão amiga fez-me chegar este abaixo-assinado que estará em processo de recolha de assinaturas e que me parece inteiramente justo e oportuno:

Era fatal como o destino !

Lá volta uma conhecida instituição
de benemerência internacional


Entre outras recomendações do estudo feito pela OCDE a pedido do governo português, há coisas destas:


Para quem porventura pensar que a OCDE é uma espécie de instituição de benemerência internacional, aqui fica este post com quatro meses:



14 maio 2013

Acreditem, há uma doença qualquer no ar !

Post dirigido sobretudo
aos católicos
portugueses
O meu lado de ateu confesso (não confundir com «anticlerical») podia levar-me a desabafar azedamente que, depois de uma «conversão da Rússia» pedida ainda antes de ter eclodido a revolução bolchevique de Novembro de 1917 só faltava agora que «a inspiração de Nossa Senhora de Fátima» também pesasse na aprovação da sétima avaliação da troika.

Mas não , não pensem que vou por aí. Preocupa-me e indigna-me muito mais que tenhamos um Presidente da República Portuguesa, que é um Estado laico, que no exercício das suas funções (desabafos e dislates pode ter os que quiser nas refeições com Maria, os filhos e os netos) tem uma desprestigiante e incrível saída deste género.

E, acima de tudo, preocupa-me e indigna-me que tenhamos um Presidente da República que não hesita em instrumentalizar a respeitável devoção de muitos católicos portugueses (nem sequer todos) por Nossa Senhora de Fátima para fins e objectivos de politica corrente (uma política por sinal, bem pouco «católica», como se costuma dizer).

E, pronto, é claro que durante os minutos em que escrevi este post me veio à cabeça a palavra «senilidade» nas não a usei porque desejava chegar à idade de Cavaco e nunca se sabe o que pode acontecer a cada um de nós.