08 abril 2013

Porra para esta vitalidade

Com socialistas destes
até podemos dispensar a direita !

Reparem bem : todas as palavras e ideias expostas levam a água ao moinho da manobra de chantagem e intimidação que o governo e os  seus papagaios na comunicação social têm em marcha. E nenhuma destas palavras ou ideias rebate ou dá combate às mistificações, falsas inevitabilidades  e sofismas do governo. Palpita-me que ele ainda há-de chegar politicamente mais longe.

Quando o verniz estala

O passo seguinte: suspender
indefinidamente a democracia
e as eleições ?


Porque ao longo de mais de duas décadas já tive a minha dose e gastei as suficientes linhas com o individuo, só hoje volto a generosamente prestar atenção às sempre inesquecíveis prosas do Arq. Saraiva, desde há uns anos no Sol. Creio aliás que os futuros autores de uma «História do Mérito em Portugal» muito se vão dter de desunhar para conseguir explicar como é que uma inteligência tão cintilante e um pensamento tão consistente e profundo chegaram para que José António Saraiva somasse tantos anos como director de dois semanários.

Hoje ele volta aqui a esta pobre chafarica por causa do título da sua rubrica «Política à séria» (arq, não me faça rir que estou com cieiro), que já diz tudo,  devendo bastar que se diga que a foto acima tem como legenda o seguinte:« TC, um órgão que, um tanto arbitrariamente, diz o que o governo pode e não pode fazer ».

E, contado isto, só acrescento que já deve faltar pouco para que o Arq. Saraiva e muitos outros venham defender que a situação de emergência nacional, a tutela estrangeira a que estamos sujeitos mais a «credibilidade externa» do país e os humores dos «mercados» justificam plenamente que se suspendam por tempo indefenido a democracia e as eleições.


07 abril 2013

Conclusão depois da comunicação de hoje

É mais que tempo de
travar a espiral da loucura
e mandar para casa os pirómanos !



Descobrindo o brasileiro

Sérgio Tannus










Ai, o poder das palavras

Se a legenda passasse
a título daria isto


Legenda no Público: «Cavaco Silva, ontem à saída do Palácio de Belém, depois do encontro com Passos Coelho».

Para o seu domingo

Extracto de
Don Giovanni
de Mozart


Confirmado

Eles são deste calibre,
têm mau perder e são vingativos




Não haja qualquer dúvida que, através desta fórmula, o que o Governo quis, pela voz de Marques Guedes , foi dizer que o Tribunal Constitucional fica responsável por pôr em causa a «credibilidade externa» de Portugal.

Registada a deselegância, o azedume, a má-criação e o ressentimento governamental em direcção a um órgão com a dignidade do TC, resta-me fazer de parvo e confessar que não entendo.

De facto, pensava eu  (ah, ah)  que «os nossos parceiros e principais credores»- a UE, o BCE e o FMI -  eram instituições que se reclamavam de um património de valores democráticos e que, em coerência, só podiam ficar contentes por em Portugal a Constituição prevalecer sobre as teimosias, malfeitorias  e erros do governo, o mesmo acontecendo com a  maioria dos cidadãos europeus.

Dizem-me aqui ao ouvido que Marques Guedes devia estar a pensar nos famosos «mercados» mas isso só discuto quando Marques Guedes me mandar a morada e os números dos cartões de cidadãos eleitores deles.

06 abril 2013

Porque hoje é sábado (320)

Pharis & Jason Romero


A sugestão musical de hoje traz até vós
o duo canadiano de folk
Pharis & Jason Romero, cujo
último álbum se intitula
Long Gone Out West Bues.
  

05 abril 2013

Decisão do Tribunal Constitucional

Em curto e no essencial



Enquanto jornalistas e comentadores nos bombardeiam com conversões das decisões para milhões de euros, é só isto que agora eu quero dizer.

 e só mais isto para ver se eles aprendem :

Sobre a decisão do TC ou...

... a falta de vergonha
e de seriedade são mais que muitas




À beira da alegadamente próxima decisão do TC sobre aspectos do OE para 2013 prossegue, de Pedro Lomba ontem a José Manuel Fernandes hoje no Público, o maremoto de sofismas, com mais ou menos lustro jurídico, de amálgamas e equiparações fraudulentas conducentes sobretudo a estabelecer que «pressões todos fazem» e sobretudo que o Tribunal Constitucional não pode deixar de considerar o contexto de protectorado em que o país se encontra nem que isso signifique secundarizar a sua missão sagrada que devia ser a de ajuizar sobre a conformidade do Orçamento com a Constituição.

Para além do que já escrevi aqui, aqui, aqui, aqui e aqui, só quero lembrar qie ao contrário do governo que invoca o contexto de crise, os impactos da decisão do TC e até quase a supremacia do Tratado Orçamental sobre a Constituição, os partidos que pediram a fiscalização sucessiva da constitucionalidade de normas do Orçamento tem distinguido a sua legítima critica política às gravosas medidas em causa da sua argumentação no plano constitucional. Ou seja, não andam por exemplo a dizer que o Tribunal deve declarar inconstitucionais as normas em causa por causa do contexto de sofrimento e carência aplicados a milhões de portugueses e que isso deve passar à frente de um juízo jurídico sobre a conformidade das medidas com a letra e o espírito da Constituição.

Posto isto, não sei bem porquê, só acho que vale a pena repetir o recado que já há tempos aqui deixei no sentido de que « até peço para que, à esquerda, não se alimente o simplismo de confundir automaticamente constitucionalidade (ou, coisa por vezes diferente, a sua declaração por uma maioria de juízes)  com justeza, bondade ou «santidade» políticas».