05 abril 2013

Sobre a decisão do TC ou...

... a falta de vergonha
e de seriedade são mais que muitas




À beira da alegadamente próxima decisão do TC sobre aspectos do OE para 2013 prossegue, de Pedro Lomba ontem a José Manuel Fernandes hoje no Público, o maremoto de sofismas, com mais ou menos lustro jurídico, de amálgamas e equiparações fraudulentas conducentes sobretudo a estabelecer que «pressões todos fazem» e sobretudo que o Tribunal Constitucional não pode deixar de considerar o contexto de protectorado em que o país se encontra nem que isso signifique secundarizar a sua missão sagrada que devia ser a de ajuizar sobre a conformidade do Orçamento com a Constituição.

Para além do que já escrevi aqui, aqui, aqui, aqui e aqui, só quero lembrar qie ao contrário do governo que invoca o contexto de crise, os impactos da decisão do TC e até quase a supremacia do Tratado Orçamental sobre a Constituição, os partidos que pediram a fiscalização sucessiva da constitucionalidade de normas do Orçamento tem distinguido a sua legítima critica política às gravosas medidas em causa da sua argumentação no plano constitucional. Ou seja, não andam por exemplo a dizer que o Tribunal deve declarar inconstitucionais as normas em causa por causa do contexto de sofrimento e carência aplicados a milhões de portugueses e que isso deve passar à frente de um juízo jurídico sobre a conformidade das medidas com a letra e o espírito da Constituição.

Posto isto, não sei bem porquê, só acho que vale a pena repetir o recado que já há tempos aqui deixei no sentido de que « até peço para que, à esquerda, não se alimente o simplismo de confundir automaticamente constitucionalidade (ou, coisa por vezes diferente, a sua declaração por uma maioria de juízes)  com justeza, bondade ou «santidade» políticas».

04 abril 2013

Ainda Relvas

Última hora


Demissão de Relvas

Comentário
em forma de telegrama






Há precisamente 40 anos

Começava em Aveiro o
3º Congresso da Oposição Democrática

(logotipo de Teresa Dias Coelho)
Aqui no sítio do PCP , um amplo dossiê sobre o 3º Congresso da Oposição Democrática abrangendo designadamente os objectivos e órgãos; o programa geral  ; a composição da Comissão Nacional e da Comissão Executiva ; as Comissões Coordenadoras das secções; as Teses apresentadas; as Conclusões (Situação e perspectivas políticas, nos planos nacional e internacional e a Declaração final;Textos publicados no «Avante!»  de Abril de 1973 e Maio de 1973; Comunicados e outros elementos informativos sobre a repressão contra o Congresso; Comentários ao Congresso na imprensa afecta ao fascismo; uma Mesa-redonda de balanço publicada na «Seara Nova»; os comunicados da Comissão Executiva do PCP de Março de 1973 e do Comité Central do PCP de Julho de 1973 e fotos.



A 6 de Abril em Aveiro





Adriano em "Canção do Soldado"

Há 45 anos

Ele tinha um sonho
e por isso o mataram


e, como é sensacional tradição nos EUA,
disseram que foi um acto isolado de um tipo


03 abril 2013

Uma grande e significativa diferença !



Em 4 de Outubro de 2012:

 Jerónimo de Sousa, hoje na AR,
indiciando o voto favorável do PCP
à moção de censura do PS


Imodéstia à parte

«o tempo das cerejas»
como serviço público





Na sua crónica de hoje no Público, Rui Tavares escreve a dado passo :«(...) Também a oposição, de uma outra forma, terciarizou as suas obrigações para o Tribunal Constitucional. Ao serem incapazes de se  coordenar para oferecerem uma alternativa de governação, ou declararem ao Presidente que já não se verificam as condições para que a legislatura se cumpra, os partidos da oposição esperam de fôlego suspenso, que sejam os juízes do Tribunal Constitucional a fazer cair o Governo».

Porque não seria de estranhar que muitíssimos portugueses não dominem completamente os mecanismos institucionais e constitucionais da democracia portuguesa, julgo ser de prestar o serviço público que consiste em informar:

1.  Deixando agora na penumbra o que em outras ocasiões tenho escrito sobre o assunto, esclareço que mesmo que PS, PCP, BE e Verdes se tivessem coordenado para oferecer uma alternativa de governo nem por isso a sua minoria na AR passaria milagrosamente a maioria;

2. De acordo com a Constituição, o governo só pode cair ou ser derrubado por uma destas quatro vias: apresentar a demissão por motu proprio, ver aprovada uma moção de censura por uma maioria de votos (que ele é que tem neste momento), ser atingido por uma decisão presidencial de demissão do governo ou de dissolução da AR, o que, tudo visto, dá como resultado que os partidos sa oposição não dispõem de meios próprios para fazer cair o governo e provocar eleições.

3. Sem necessidade de postais mails ou audiências em Belém, o Presidente da República sabe perfeitamente que o PCP, o BE e  os Verdes reclamam a realização de eleições antecipadas.

Desculpem a arrogância mas...

... já não argumento, só pergunto:
em que mundo vive esta gente ?


É sobre a França mas...

Vale a pena ler



 ler continuação aqui 


E agora os escoceses

Scott Hutchison e
os Frightened Rabbit