09 dezembro 2012

Para o seu domingo, a country de

Jamey Johnson & Alison Krauss



Aquela irresistível tentação

Louçã e a palavra de Belmiro


Em entrevista hoje ao Público, Francisco Louçã, embora referindo que vários partidos têm uma capacidade de actuação  que não é vulnerável à captação pelos sistema financeiro, não resiste a afirmar logo de seguida  (sublinhado meu): «Tenho muito orgulho em lembrar que Belmiro de Azevedo em entrevistas que deu dizia que já tinha financiado todos os partidos, excepto o BE».

Face a isto, cumpre-me  registar a grande devoção de Louçã pela palavra de Belmiro de Azevedo que, neste caso, é obviamente caluniosa para o PCP, ainda por cima numa matéria em que está na cara que o conhecido empresário tinha todo o interesse em não se ficar pelo financiamento do PS, do PSD e do CDS.

Passado tanto tempo, confesso que já não me lembro se na altura o PCP desmentiu a afirmação de Belmiro ou se lhe pagou justamente em desprezo. Mas lembro-me de, na Soeiro Pereira Gomes, em conversa de corredor ou em mesa de reunião, ter desabafado: «lá vamos ficar com a fama e nem sequer vimos a côr do dinheiro».

Siria

Até para os EUA 
não há bela sem senão


mais aqui

Série de 10 episódios

Oliver Stone e The Untold
Story of the United States




08 dezembro 2012

Porque hoje é sábado (302)

Laila Biali


A sugestão musical deste sábado incide
 na pianista e cantora de jazz canadiana
Laila Biali.








Sem pingo de vergonha

Ele sabe do que fala

Esta chamada na primeira página do Público despertou-me a infinita curiosidade de saber se o ministro Pedro Mota Soares estaria  entre os autores deste lancinante grito de alma. E, na página 13, lá estava que o ministro português declarou que « a União Europeia não pode ter uma política de apoio aos bancos, uma política de "nenhum banco para trás", e não canalizar dinheiro para as pessoas». Mas não se enervem: pode sempre acontecer que o ministro venha dizer que as suas afirmações foram descontextualizadas.

07 dezembro 2012

Nenhuma dúvida

Humor com total respeito
pela presunção de inocência

Qual Monte Branco, qual carapuça !. Uma fonte do MP confidenciou a «o tempo das cerejas» que a busca, feita a pedido de numerosas famílias em aflição,  visou procurar mapas e gráficos demonstrativos da sustentabilidade do Estado Social que Medina Carreira tenha sonegado nos seus apocalípticos comentários televisivos.

06 dezembro 2012

Outra morte

Goodbye Dave

Pare, leie e pense

Um arrepio na  alma
e um nó na garganta



O que a seguir é citado desta notícia do Público não são diz que diz ou zunzuns, são afirmações feitas por profissionais perfeitamente identificados: «Mães sem dinheiro para comprar leite em pó estão a alimentar bebés de poucos meses com leite de vaca, ou juntam mais água às fórmulas artificiais, o que pode prejudicar a saúde das crianças. Estes casos são do conhecimento dos serviços sociais da Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa, que cada vez mais atendem mães com “grandes carências”, a maior parte devido ao desemprego, como disse à agência Lusa a assistente social Fátima Xarepe.“Todos os dias recebemos pedidos de ajuda”, disse, explicando que os mais frequentes são para a compra de leite em pó, de medicamentos, como vitaminas ou vacinas que não constam do Plano Nacional de Vacinação, e produtos de higiene. Estas mães “fazem o melhor que podem”, disse Fátima Xarepe, que lamenta nem sempre a maternidade poder ajudar, nomeadamente no fornecimento de leite em pó, apesar de contar com o apoio da Associação de Ajuda ao Recém-Nascido (Banco do Bebé) e outras instituições particulares de solidariedade social. A pediatra Cristina Matos conhece esta realidade e as consequências da ingestão de leite de vaca antes de um ano de idade, como gastroenterites. “Estamos a recuar 50 anos”, disse à Lusa, acrescentando que são cada vez mais as mães que, para o leite em pó render, juntam mais água do que o devido. Isso mesmo confirmou a enfermeira Esmeralda, que consegue identificar o acréscimo excessivo de água ao leite em pó, principalmente através do atraso no crescimento do bebé. Segundo Fátima Xarepe, são mais de mil os pedidos de ajuda que os serviços sociais já receberam este ano, e que não se limitam à alimentação dos recém-nascidos. “Há grávidas que não vêm às consultas de vigilância por não terem dinheiro para os transportes, o que as coloca em risco, assim como aos bebés”, disse esta assistente social, que não tem dúvidas de que estes casos, cada vez mais graves e frequentes, vão aumentar por causa da crise. Estas profissionais sentem-se impotentes, apesar de tentarem fazer “o melhor” que sabem, pois, apesar de o serviço público de saúde ser gratuito para as grávidas, estas muitas vezes não conseguem assumir outras despesas, como é o caso dos transportes. “Há grávidas que vêm a pé de Chelas [o que pode demorar cerca de uma hora], porque não têm dinheiro para pagar o transporte”, disse. (...)»

Foi a pensar em coisas como estas e em muitas outras que, em recente conferência da Seara Nova, me atrevi a formular a ideia de «se esta política não for urgentemenete detida,o que se perfila é muito pior do que a soma das piores previsões parciais porque estas não exprimem a complexa realidade e consequências do encadeamento dos factores económicos e sociais e da suas dramáticas repercussões na vida do conjunto e de cada uma das vítimas desta política, em termos de instabilidade emocional, desespero, raiva, amargura e sofrimento».