15 outubro 2012

OE apresentado

Um governo  
e de salteadores e de coveiros
(sem ofensa para esta sacrificada profissão)




 Escrevo-o agora
 sem qualquer hesitação :

 é tempo de redobrar a luta,
todas as lutas

dia 31 de Outubro:
Concentração na
Assembleia da República

e


O meu sonho falhado às 15 hs.

Que houvesse um apagão
de 3 horas na Baixa 
ou que a
cópia do OE para as pens empancasse !




Toda a solidariedade para com

... mais um barbaramente
agredido e espoliado pela austeridade




13 outubro 2012

Esta não passa em branco

Um triste alinhamento
do Cardeal-Patriarca

Por razões tácticas mas também por considerar que, comparado com outros, me aparecia como uma pessoa sensata e equilibrada, não me lembro de alguma vez ter criticado afirmações de D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa. E até me consegui conter quando, há poucos anos, em entrevista à revista dominical do Público, teve a desfaçatez de dizer que acharia a coisa mais natural deste mundo se houvesse crucifixos nas salas de aula do ensino público.

Ouvindo-o ontem e hoje na televisão e lendo a notícia do Público sobre as suas recentes declarações, chega porém o tempo de não as deixar passar em claro.

Com efeito, refere aquele jornal que D. José Policarpo se declarou "incompetente" para «se pronunciar sobre medidas concretas don actual ou de anteriores governos». Entretanto já se considerou competente para postular, aliás a desproposito,  que «a democracia que se define constitucionalmene como democracia representativa, na qual as soluções alternativas têm um lugar próprio para ser apresentadas, neste momento está na rua». Também se mostrou competente para declarar  que os problemas não se resolvem "contestando, indo para grandes manifestações». E, por fim, também se mostrou competente para considerar  "que há sinais de que os sacrifícios levarão a resultados positivos", sendo que na televisão o ouvi mesmo dizer que "não há outro caminho".

Com um tão patente e chocante alinhamento com a política governamental, o Cardeal-Patriarca destoa não só das afirmações de outros bispos como da opinião e estado de espírito de milhões de católicos portugueses.

Por mim, embora as situações sejam incomparáveis na gravidade e duração, só quero lembrar a D. José Policarpo que, no século passado, já tivemos décadas de mais de colagem e cumplicidade da Igreja Católica com o poder.

Marcha do Desemprego

Um belo final junto à A.R.




Agora fico à espera que os do costume repitam, pela enésima vez, que os sindicatos só defendem os que têm emprego.

Se bem nos lembrarmos

Aníbal e Maria - duas
grandes vítimas do governo



Lembram-se de Cavaco Silva se ter chorado sobre o valor das suas pensões (que aliás não mencionou por completo) e até, em acto de repelente desrespeito conjugal, ter dado a entender que era ele que sustentava a mulher por causa da sua baixa reforma ?. Então, se assim foi e se assim era, calcule-se o desespero que vai por aquele presidencial lar com as novas medidas anunciadas pelo governo.