... a Nova Democracia ter conseguido ser o partido mais votado (por 3,5 pontos de vantagem) e de, graças ao bónus de 50 deputados, até poder formar uma coligação maioritária com o PASOK (ao fim e ao cabo, os dois partidos grandes responsáveis pela situação a que a Grécia chegou), a verdade indesmentível é que, globalmente embora com matizes diferenciados para as diversas forças de esquerda (novo êxito do Syrisa, desaire do KKE), os resultados de hoje, tendo em conta as chantagens e ameaças internacionais que foram feitas sobre os cidadãos gregos, representam uma forte rejeição das políticas antipopulares há muito em curso e uma poderosa afirmação de dignidade nacional. É certo que a proporção do seu sofrimento e desespero não tem comparação com outro país europeu mas bem se pode registar que ali houve um sobressalto e uma condenação que não se verificaram nem nas últimas eleições portuguesas nem nas espanholas. A luta continua, na Grécia, cá e em toda a parte onde faz falta.
17 junho 2012
Portugal apurado
Cristiano Ronaldo não deve ter lido
mas resolveu pôr as coisas em pratos limpos
mas resolveu pôr as coisas em pratos limpos
Título de artigo no El País de hoje
16 junho 2012
No «El País» de hoje
por Andrea Rizzi
Existen desde la noche de los tiempos y, en épocas oscuras como esta, vuelven
a brotar como flores en primavera. Los estereotipos son muy resistentes. El
reciente estudio del Pew Center European unity on the rocks dedica un apartado a
comprobar cómo anda la cosa. El resultado, obviamente, no es ninguna
sorpresa.
Los europeos consideran que los más trabajadores del continente son los
alemanes; que los más corruptos son los italianos; que los menos trabajadores
son los griegos; y los menos corruptos... los alemanes, naturalmente.
Pero las estadísticas cuentan otra historia. Según un estudio publicado el
pasado mes de diciembre por el Office for National Statistics británico, el
pueblo que trabaja más horas por semana es... ¡el griego!
Según esa estadística, los griegos trabajan más de 42 horas por semana,
frente a las 35 de los alemanes. La productividad alemana es superior, pero
tampoco son los primeros en este apartado, sino tan solo los sextos.
Por supuesto, estos datos deben ser sometidos a muchas matizaciones. Se puede
observar que la oficina de estadística griega quizá no sea tan fiable como la
alemana (¿otro estereotipo?). U, objetivamente, que la masiva destrucción de
empleo de los últimos años fuerza a aquellos griegos que mantienen su puesto a
trabajar a destajo. Aun así, hay materia para poner en discusión certidumbres
sin cimientos.
Y, para desmentir otro mito, los datos del número de horas trabajadas
muestran que varios países católicos superan a otros protestantes, por muy
celebrada que sea su tradicional ética del trabajo.
no Babelia
É sempre assim...
Estranhas maneiras de dizer,
perversas formas de pensar
Julgava eu que o PS andava sempre pelo seu pé mas, segundo este título do Público, coitadinho, é a moção de censura do PCP que o «empurra» para «o lado da maioria». Fosse eu do PS e defenderia com unhas e dentes que «empurrado» jamais e que o PS votasse favoravelmente a moção de censura. Enquanto isto, de forma tão prevísivel como a noite cair todos os dias, lá vem o editorial do mesmo jornal proclamar que «a moção será como um tiro de pólvora seca: fará barulho sem ferir ninguém». Por detrás deste juízo, está obviamente a noção de que, havendo uma maioria parlamentar que sustenta o governo, a moção não produzirá os efeitos constitucionalmente previstos (e o Público atreve-se mesmo a afirmar que, se pudessem produzir, o PCP não a apresentaria, no que, creio, estão muitos enganados). Estamos portanto a este nível de grau zero de pensamento político que nos devia conduzir directamente a esta conclusão: havendo uma maioria parlamentar, não vale a pena, por exemplo, o PCP, o BE e os Verdes esfalfarem-se a apresentar dezenas de projectos de lei porque as probabilidades de os mais importantes serem chumbados pela maioria PSD-CDS são para aí da ordem dos 99,9%.
P.S.: não tem nada que ver com este assunto, mas aproveito para recuperar um atraso: é que há dias li nos jornais que este ano as vagas em Medicina não aumentarão. Será que ,tendo-se andado para aí 10 ou 15 anos a falar da falta de médicos, o problema está mesmo resolvido ?
perversas formas de pensar
Julgava eu que o PS andava sempre pelo seu pé mas, segundo este título do Público, coitadinho, é a moção de censura do PCP que o «empurra» para «o lado da maioria». Fosse eu do PS e defenderia com unhas e dentes que «empurrado» jamais e que o PS votasse favoravelmente a moção de censura. Enquanto isto, de forma tão prevísivel como a noite cair todos os dias, lá vem o editorial do mesmo jornal proclamar que «a moção será como um tiro de pólvora seca: fará barulho sem ferir ninguém». Por detrás deste juízo, está obviamente a noção de que, havendo uma maioria parlamentar que sustenta o governo, a moção não produzirá os efeitos constitucionalmente previstos (e o Público atreve-se mesmo a afirmar que, se pudessem produzir, o PCP não a apresentaria, no que, creio, estão muitos enganados). Estamos portanto a este nível de grau zero de pensamento político que nos devia conduzir directamente a esta conclusão: havendo uma maioria parlamentar, não vale a pena, por exemplo, o PCP, o BE e os Verdes esfalfarem-se a apresentar dezenas de projectos de lei porque as probabilidades de os mais importantes serem chumbados pela maioria PSD-CDS são para aí da ordem dos 99,9%.
P.S.: não tem nada que ver com este assunto, mas aproveito para recuperar um atraso: é que há dias li nos jornais que este ano as vagas em Medicina não aumentarão. Será que ,tendo-se andado para aí 10 ou 15 anos a falar da falta de médicos, o problema está mesmo resolvido ?
Porque hoje é sábado ( 277)
The Claire Lynch Band
A sugestão musical deste sábado
convida-vos a ouvir o grupo
norte-americano de folk
The Claire Lynch Band.
convida-vos a ouvir o grupo
norte-americano de folk
The Claire Lynch Band.
15 junho 2012
A pensar em amanhã, Glen MacNeil em
Stand Up For What You Believe
This country was built on a foundation strong
We celebrate victory and learn from our rights and our wrongs
We look confrontation and defiance right in the eye
Together we'll stand and fight for our piece of the pie
We celebrate victory and learn from our rights and our wrongs
We look confrontation and defiance right in the eye
Together we'll stand and fight for our piece of the pie
Chorus:
Stand up for what you believe and never back down
From the big city lights to the streets of every small town
Take pride in the past and have faith in all you've achieved
Stand up for what you believe
From the big city lights to the streets of every small town
Take pride in the past and have faith in all you've achieved
Look to the future with hope and
dignity
Stand up for what you believe
We're miners of mineral wealth of iron and ore
We'll send sailors to sea and return them to shore
We'll take to the skies or ship it on rails of steel
We're proud automakers building dreams on wheels
We're sisters and brothers we're workers of colour and creed
We're fathers and mothers of children with big hopes and dreams
We are strength in numbers when they put our backs to the wall
We're all of one heart and we'll fight for freedom for all
Bridge:
We've stood our ground for a quarter century
A union strong through solidarity
Sistema eleitoral francês
Sem esperar por domingo
Se, no domingo, se confirmarem estas previsões baseadas na última sondagem da IPSOS sobre a repartição final de lugares no Parlamento francês após a segunda volta, então, contra a corrente e contra a indiferença, fica desde já aqui dita alguma coisa sobre a iniquidade congénita de um sistema eleitoral que faz com que uma força como o Front de Gauche, que cresceu 2,6 pontos em relação a 2007, se arrisca a ter menos dois ou três deputados do que já tinha, como é que um partido como o PS, com 30% dos votos na 1ª volta, pode vir a ter sózinho entre 50 e 54% dos deputados e como é que os Verdes (aliados do PS), com menos votos na 1ª volta do que o Front de Gauche, pode ter mais deputados, e isto para já não falar se esta exclusão quase sistemática da Frente Nacional (que teve 13% dos votos na 1ª volta) do Parlamento francês resolve alguma coisa, em termos de futuro ou, se pelo contrário, lhe permite manter uma rendosa aura de «pureza» e de partido anti-sistema.
Fragmentos
Jornal do incrível
Notícia «piquenina» hoje no Público
Notícia «piquenina» hoje no Público
Vasco Pulido Valente hoje no Público:
«O que, por exemplo, o PCP e o Bloco
oferecem aos portugueses, tirando uma retórica
sem sentido, não interessa ninguém e não
levará ninguém à mais ténue
forma de militância»
sem sentido, não interessa ninguém e não
levará ninguém à mais ténue
forma de militância»
Passou impune e entre os intervalos da chuva a afirmação feita por Vítor Gaspar na AR de que ele e o governo português não conheciam nada de mais detalhado sobre o resgate a Espanha, apesar de naquele dia estar numa reunião dos ministros do Eurogrupo. Ou seja, a UE toma uma decisão que tem vastas repercussões à escala europeia mas nem um telefonemazinho para os ministros das finanças nacionais a dar um cheirinho sobre a natureza e os detalhes essenciais da coisa. É caso para dizer: que rica União !.
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