menos um mês de vida para
um doente de cancro
Segundo o Público de ontem, o secretário de Estado da Saúde, Leal da Costa, numa recente entrevista à Renascença, no contexto de uma sua referência a que «não vamos , com certeza, estar em condições de continuar a pagar actos médicos ou cirúrgicos de eficácia duvidosa», terá dado como «exemplo extremo» as terapias que prolongam por pouco tempo a vida de alguns doentes de cancro. A notícia revela que o bastonário da Ordem dos Médicos qualificou a afirmação de Leal da Costa de «gravíssima», «estigmatizante da medicina praticada em Portugal , desprestigiante para os médicos portugueses e seguramente alarmante para os doentes».
Não andasse a selvajaria à solta e se fossemos um país decente, e este secretário de Estado já era, embora, em boa verdade, não se trate de um dislate pessoal mas do ensopamento na desumana filosofia geral deste governo.