10 maio 2012

No "El País"

54 minutos com Janis Joplis





1. JANIS JOPLIN Mercedes Benz
2. JANIS JOPLIN/FULL TILT BOOGIE BAND Move over
3. JANIS JOPLIN/FULL TILT BOOGIE BAND Cry baby
4. BIG BROTHER AND THE HOLDING COMPANY Call on me
5. BIG BROTHER AND THE HOLDING COMPANY Ball and chain
6. JANIS JOPLIN/FULL TILT BOOGIE BAND A woman left lonely
7. JANIS JOPLIN/FULL TILT BOOGIE BAND Tell mama
 8. JANIS JOPLIN/FULL TILT BOOGIE BAND Half moon


(ver texto aqui)

e ainda por minha conta


Janis Joplin e Jimmy Hendrix - Summertime

Talvez falta de espaço

O risível truque
de Francisco Assis




É este o título do artigo de Francisco Assis hoje no Público num texto com pelo menos sete mil caracteres (uma página inteira), onde, entre deambulações várias, também consta  a afirmação de que «perante tudo isto, Mário Soares volta a ter razão».

Acontece porém que, ao longo de todo o longo artigo, jamais Francisco Assis se lembra de recordar aos leitores o que Mário Soares efectivamente afirmou recentemente. E que foi o seguinte :

Ora, pura e simplesmente e para rematar, eu não acredito que Francisco Assis considere óbvio que «é tempo de o PS romper o acordo com a troika» até porque bastante tem escrito no sentido contrário. E assim concluo que, em tempos de contorcionismos, já vale tudo.

09 maio 2012

Espanha ou...

... mais boas «nacionalizações»


mais aqui no El País

Mensagem da UE aos eleitores gregos

"Tenham juízo quando votam !"


(no Libération)

E viva o respeito pela democracia !

Varrendo a testada !





(estas duas últimas imagens - títulos do Público de hoje- foram
 aqui 
colocadas já depois da publicação deste post)



Eu e outros já escrevemos ene vezes sobre o assunto mas, como era de esperar, isso não passa de uma gota de água contra um oceano de má-fé, mentira e hipocrisia. Agora as coisas estão bastantes piores porque  se desenha toda uma onda europeia no sentido de, sem pôr em causa as políticas de austeridade e de ajuste de contas com os direitos dos trabalhadores, reclamar ao mesmo tempo orientações favoráveis ao crescimento económico e ao emprego que são  sobretudo do terreno das «words, words, words».
Não é preciso ser economista para escrever que se trata de um clamoroso sofisma e de uma ostensiva habilidade semântica ou discursiva e de uma gritante fraude intelectual e política. E não é preciso ser economista porque basta lembrar o que há tempos diziam, alto e bom som ou em baixo registo, economistas de praticamente todos os quadrantes.



Por isso, aqui volto a recordar que, aquando da celebração do acordo com a troika, não vi um único economista, nem mesmo de direita, a contestar os efeitos recessivos e criadores de  maior desemprego daquele memorando austeritário nem me lembro que, então, algum se lembrasse de fazer a impossível conjugação simultânea de austeridade e crescimento económico e emprego. Também não vi nenhum economista, mesmo de direita,  a ter a coragem de negar que as orientações e disposições do novo Tratado orçamental vinham na linha directa das políticas consagradas no memorando. E, por fim, ainda sou tempo em que praticamente todos os economistas reconheciam que abaixo de um crescimento de 3% era praticamente impossível reduzir o desemprego.
Acresce que, no caso português,esta fraude em curso é ainda mais mentirosa e escandalosa. Com efeito, sabe-se que só um número relativamente pequeno de grandes empresas detêm a cota de 50% das exportações e que  dezenas e dezenas de milhar de pequenas e médias empresas produzem para o mercado interno, garantindo aliás cerca de 90% do emprego privado. Assim até  um quase leigo percebe que a quebra do poder de compra da população, o aumentos dos factores de produção (aumento do IVA, energia, etc), o aumento dos impostos, o ataque aos salários e o corte dos subsídios de férias e de Natal só podiam trazer, como estão trazendo, quebras das receitas fiscais e da segurança social (enquanto esta vê as suas despesas subirem exponencialmente com o nível do desemprego), aumento do desemprego, contracção do mercado interno e recessão económica.

E, sendo esta uma realidade que se mete pelos olhos adentro,  para compôr o ramalhete, que decidiram fazer em Portugal e na Europa, os defensores, apoiantes e cúmplices desta política ? Exactamente o que agora estão fazendo em coro : muito palavreado sobre a necessidade de prestar atenção ao crescimento económico e ao emprego, como se não soubessem que tudo o que antes aprovaram era precisamente contra tudo aquilo que agora reclamam ou imploram.


O chamado «acto adicional» ao Tratado Orçamental defendido pelo PS português e por outros Partidos Socialista da Europa é  mais claro exemplo de um exercício de puro recorte teatral onde falta um pingo de seriedade, de coerência e de verdade. Desde logo, porque o Tratado Orçamental já foi aprovado em Portugal com o voto do PS  e está em tramitação em muitos outros países da UE enquanto o tal «acto adicional» ainda precisaria  de obter a concordância de numerosos Estados europeus. Depois porque os dois documentos são de diferente natureza e eficácia pois enquanto o tratado orçamental, além da vergonhosa expropriação de soberanias nacionais, está cheio de medidas imperativas e de rápida e rígida aplicação enquanto o «acto adicional» dificilmente poderá passar de um catálogo de bonitas palavras e belas intenções.


É que, servindo-nos do exemplo do memorando com a troika ou do acordo governo-UGT- patronato, parece haver legiões de jornalistas, comentadores e políticos que não percebm uma coisa muito simples: é que a anulação de subsídios, o aumento de impostos, gravosas alterações laborais etc, são coisas que se decretam, entram em vigor sem mais condicionantes, «ses» ou «talvez; mas já vistosas promessas de crescimento e de emprego podem até constar de documentos oficiais mas não se decretam nem entram em vigor imediatamente, estando sempre suspensas por uma enorme variedade de «ses».

Tudo visto, à esquerda do PS todos não somos demais para varrer a testada a todos os fizeram, fazem e querem continuar a fazer o mal e querem que nos esqueçamos disto com a caramunha desenvolvimentista que agora todos os dias debitam.

Hoje no Porto e amanhã em Lisboa, a grande

Susana Baca


08 maio 2012

Prémio atrasado de «carreira» ?

Desculpem lá, agora preciso
de três dias para desinchar o ego


A rubrica «Gente» do último Expresso (se soubesse que era o último tinha comprado) apanhou-me, fotograficamente falando,  ao pé de Arménio Carlos e Carvalho da Silva no 1º de Maio  e resolveu identificar-me como «o poderoso Vítor Dias,  do PCP, a dar a benção a Arménio.»

Ao longo de cerca de três décadas, o Expresso foi-me chamando algumas coisas (lembro-me de «duro», «ortodoxo»  e «estalinista») mas «poderoso» e dador de bençãos creio que nunca me chamou.

E é assim, de repente e sem aviso, que este semanário me põe na lista dos poderosos, a mim que já estou reformado e que sou um normal militante de base do PCP (que deixou de pertencer à Comissão Política há quase 8 anos e ao Comité Central há quase 4 anos).

Uma coisa assim não se faz porque um homem não é de ferro e um «prémio» destes  insufla desproporcionadamente o ego a qualquer um. Daí o título deste  «post».

E agora enquanto eles prometem muito crescimento

... ouçamos antes Stefano di Battista




07 maio 2012

Mais uma vez

O milagre segundo Rui Tavares




Prosseguindo, tão convicta quanto infatigavelmente, a sua cruzada («de esquerda» pois então)  pelo federalismo, Rui Tavares escreve hoje no Público o seguinte (sublinhado meu): « Ganhar eleições na França , na Grécia ou até na Alemanha em 2013, poderá ajudar a enterrar o que é velho, certamente. Mas não fará nascer o que é novo: para isso precisaremos de um Governo europeu democraticamente eleito que possa pilotar  um longa mas sustentável recuperação económica».

É certo que estou farto de espadeirar com Rui Tavares e outros sobre este assunto mas não consigo resistir a deixar mais uma vez aqui expresso o meu deslumbramento com este tipo de pensamento que imagina que a forma - eleição directa pelos eleitores europeu de um governo europeu - bastaria para superar o fundo, isto é, os mesmos partidos, a mesma política dominante, os mesmos interesses de  classe e, para falar verdade, o tipo de aspirações porventura bem pouco progressistas que grande parte dos europeus partilha.

Creio por isso que ideias destas são mesmo a Fátima europeia destes primeiros anos do século XXI.

Hoje ficam tão bem aqui

Mikis Theodorakis 
e Maria Farantouri