20 abril 2012

Ouçam com atenção a portuguesa

Sofia Ribeiro






 "Os Teus Olhos" - canção a integrar
 no seu novo álbum "Ar" 
com produção, arranjos e piano
 de Juan Andrés Ospina

Apelo de intelectuais

Se não conhece,
é tempo de conhecer este


(texto integral aqui)

signatários 

A dois dias da 1ª volta

Se o Libération pergunta assim...

... e responde assim...
affolées= enlouquecidos, transtornados, desnorteados
  
... então conviria mais
a resposta de  
L' Humanité




Desculpem lá mas...

... se uma revista séria 
pode perguntar assim...




... então eu posso responder assim:




18 abril 2012

Quando a vida chega à Assembleia

Ontem no Jornal
da Noite
da SIC ...



Aqui, a partir dos 5 minutos.

... e hoje, na AR, em debate
promovido pelo PCP



A precisarem de um trapo encharchado

Um vendaval ou
furacão de agressões



Esta manchete de hoje do Público suscita-me em curto três observações principais:


- a primeira é que não tenho a menor dúvida de que nunca, a partir do 25 de Abril de 1974, se assistiu a um tão frenético e quase diário vendaval de medidas ou planos de agressão aos direitos e condições de vida dos portugueses, a tal ponto intenso e avassalador que ainda não se teve tempo para articular politicamente uma resposta ou linhas de defesa sobre uma e já outra está em cima da mesa, o que constitui na acção política de oposição uma dificuldade assinalável;

- a segunda é para descer ao concreto e traduzir por miúdos a intenção ou plano anunciados na manchete do Público, explicando que, por exemplo, um trabalhador de 50 anos, despedido com 30 anos de antiguidade receberia, na melhor das hipóteses, 300 dias de indemnização, ou seja 10 meses de salário em vez dos 900 dias (30  meses) até há pouco em vigor, ou seja ficaria com um plafond de rendimentos para enfrentar a sua mais que provável dificuldade em encontrar emprego rapidamente esgotável.

- a terceira é que, tendo toda a obrigação de o saber, porque trabalhei de Novembro de 1971 a Junho de 1974 no Sindicato dos Caixeiros de Lisboa onde todos os dias fazia essas contas, não consigo garantir se, nas vésperas do 25 de Abril, a indemnização por despedimento era de 15 dias ou de um mês por ano.  Seja como for, uma coisa é absolutamente certa e indiscutivel: o que o governo agora anuncia ou planeia é um recuo em relação à própria legislação laboral dos últimos anos do fascismo. E assim fica quase tudo dito.

17 abril 2012

Juan Carlos, o elefante e a cadeira

Diz-me o calibre da bala,
dir-te-ei o calibre do Rei


Os interessados podem ler aqui uma saborosa revista de imprensa sobre este momentoso assunto assinada por José Maria Izquierdo no El País. Eu, por mim, não conseguindo imaginar que no Botswana, o encontro de Juan Carlos com a caça grossa decorresse num cenário de coragem  tipo «duelo ao pôr do Sol», só me resta expressar sentidas condolências às famílias  enlutadas dos animais abatidos.
E, entretanto, apreciem esta crónica no mesmo jornal da escritora Rosa Montero:



No este Rey

La crisis arrecia y tal vez no sea el momento de cambiar el sistema. Pero sí podemos cambiar a este Borbón: que se vaya

En las críticas contra el Rey de estos días suele haber una frase agradeciéndole “sus grandes servicios al país”. Se refieren a que en el 23-F apoyó la democracia. Yo creo que al defender la legalidad simplemente hizo su deber, así que eso de los “grandes servicios” me parece una hipérbole cortesana. Pero vale, vamos a agradecérselo, porque desde luego lo podría haber hecho mucho peor, como tantos monarcas que la pifiaron a lo largo de la Historia.
Siempre pensé que tanto la monarquía constitucional como el sistema presidencial tienen sus pros y sus contras. Pero desde que he visto las fotos del Rey convertido en un vetusto Gran Soberano Matarife en África (más parecido a Idi Amin que a la Reina Margarita de Dinamarca, por poner un ejemplo), me ha entrado un frenesí republicano. Ya se sabía que era cazador; ya se habló en 2006 del supuesto oso domesticado, que, según un funcionario ruso, le habrían echado al Rey en Rusia para que lo matara. Pero que ahora, justo ahora, salgan a la luz las opulentas carnicerías, los búfalos a pares y los elefantes convertidos en un muro rugoso de carne ensangrentada, es algo indecente e indignante. Por la burda ostentación económica en tiempos tan amargos; por la falta total de sentido de la realidad; por la irresponsabilidad. ¿Qué patológica inseguridad puede llevar a alguien a tener que matar un maravilloso elefante para reafirmarse? Por todos los santos, ¡pero si ya es Rey! ¿Qué más necesita para sentirse importante? ¿Montarnos una guerra? Me gusta el animalismo de la Reina y el Príncipe Felipe me cae bien. La crisis arrecia y tal vez no sea el momento de cambiar el sistema. Pero sí podemos cambiar a este Borbón: que se vaya. Mientras tanto, y para hacer dedos, echémosle de la presidencia ecologista de WWF: http://actuable.es/peticiones/que-rey-juan-carlos-i-deje-ser-presidente-honor-de.