05 fevereiro 2012

Apuramento de responsabilidades, já !


 


Título e notícia no i aqui

A este respeito, é bom recordar que esta história da exibição da ecografia às mulheres que pretendiam fazer uma interrupção voluntária da gravidez foi um dos derrotados cavalos de batalha da direita durante a discussão na especialidade da lei de despenalização do aborto. Impõe-se um sério e célere apuramento de responsabilidades por esta agressão e violência psicológicas cometidas sobre Alice (e sabemos lá sobre quantas mais). Não  tenham dúvidas: até lá, aqui perguntarei periodicamente ao Ministério da Saúde como está este caso.

Para o seu domingo, voltando 20 anos atrás

Os escoceses Simple Minds
reeditam canções da primeira fase


04 fevereiro 2012

Porque hoje é sábado (321)

Cathy Jordan
 

A sugestão musical deste sábado distingue
 Cathy Jordan, uma das mais
prestigiadas intérpretes

da música tradicional irlandesa.
 
 

 



In Curraghroe

História de exemplo e proveito


Abramóvich e os primeiros
mil  milhões de dólares



Excerto de um artigo em El País que nada diz de novo para gente da minha idade mas que, 20 anos depois, talvez ensine alguma história aos mais novos : «Nunca le preguntes a un nuevo rico cómo ganó el primer millón de dólares. Esta es una norma de cortesía impuesta en los clubes financieros y en las reuniones de alta sociedad para evitar que el salón se llene de ratas y comiencen a salir cadáveres de los armarios al servir las copas. No un millón, sino 1.000 millones le cayeron encima en la primera palada al ruso Román Abramóvich de la noche a la mañana, un enigma no descifrado todavía. Pasar directamente de ser un pelanas a convertirse de repente en un magnate es un fenómeno social que se ha dado en Rusia recientemente. No había que ser un genio de las finanzas: solo se requería estar en el sitio exacto mientras las instituciones corrompidas de ese país se desmoronaban y una inmensa riqueza en manos de nadie caía en forma de piñata. Todo el arte se reducía a parar el saco. Eso hizo Román Abramóvich, un personaje sin ideología de ninguna clase, salvo la ambición. Bastaba con ser el más rápido en alargar la mano para apoderarse de una mina de oro, de unos pozos de petróleo, de una siderurgia, de una fábrica de aluminios, del monopolio eléctrico, de todo el servicio del trigo, de varias líneas del ferrocarril, de la compañía Aeroflot. Pero todo dependía de la gracia del zar [Ieltsin], como antaño.(...)»

Pois é, só falta acrescentar que, há 20 anos, eu e muitos outros, falávamos, em relação à Rússia, de uma «acumulação primitiva de capital» e eu costumava dizer que nunca tinha visto tantos multimilionários que jamais tinham produzido sequer um botão de camisa. Mas ninguém nos ligou.

03 fevereiro 2012

Jerónimo de Sousa hoje na AR

Palavras sobre a vida das pessoas



Parece-me a mim que...

... não havia necessidade


Toda a gente sabia que desde há dias decorria uma séria polémica entre o PCP e o governo a respeito da decisão do PCP de exercer o seu direito potestativo (ou seja, que ninguém pode apreciar ou inviabilizar) de chamar o primeiro-ministro a uma comissão parlamentar para prestar esclarecimentos sobre o caso das «secretas». Miguel Relvas respondeu que o primeiro-ministro comparecia quinzenalmente  no plenário da AR e que aí podia ser inquirido sobre o assunto já ontem. Pelo PCP, o deputado António Filipe retorquiu que, além de mostrar desconhecimento do Regimento da AR, o ministro Relvas manifestava irresponsabilidade pois, como se metia pelos olhos adentro, a natureza dos esclarecimentos a obter, a delicadeza da matéria e o seu correspondente sigilo de Estado eram totalmente inadequados à inquirição de Passos Coelho sobre a matéria em plenário. E, coerentemente, ontem ninguém viu no plenário da AR o PCP levantar a questão. Quem o fez, como as televisões e a imprensa documentam, foi Francisco Louçã, obtendo a resposta redonda que imaginar se podia. Miguel Relvas deve ter achado que, para já, a coisa não correu mal.

02 fevereiro 2012

Oferta de «El País»

Serrat e Sabina em
La orquesta del Titanic




 






Pode ser que...

... quatro dos sete
juízes ganhem juízo




aqui, em El País

Nunca fiando mas hoje reparando apenas nas...


... imagens sobre a
despenalização do aborto





Não, tirando aquele «nunca fiando» do antetítulo, não venho fazer conjecturas sobre se o PSD e o CDS chegarão ao ponto de imitar o governo do seu amigo Rajoy. Venho só lembrar que, desde sempre, a maioria dos profissionais da imprensa escrita e da televisão com alguma interferência editorial no tratamento da questão da despenalização do aborto sempre teve uma irresponsável ou não inocente parcialidade e mau gosto na escolha de imagens para ilustrar o tema. Graças à ampliação que se segue de um pormenor da foto em cima do i, repare-se bem no tamanho da barriga da mulher. Estou farto deste truque.