18 novembro 2017

16 novembro 2017

A vez da dívida privada

Outro aviso



«Les crises font partie du métabolisme du système capitaliste mais elles ne se ressemblent pas toutes. Dans le présent article, il ne s’agit pas de revenir sur les causes générales des crises capitalistes. Il s’agit ici de diagnostiquer des facteurs qui conduisent certainement à une nouvelle crise de grande ampleur.
Quand elle éclatera, les gouvernements, les dirigeants des banques centrales et la presse dominante feindront l’étonnement comme à chaque fois.
Pour les opposants au système, il est fondamental de pointer du doigt les responsabilités et de montrer comment fonctionne le capitalisme afin d’être en mesure d’imposer enfin une autre logique et de rompre radicalement avec ce système.
Depuis 2010, profitant de la politique de bas taux d’intérêt adoptée par les banques centrales des pays les plus industrialisés (Réserve fédérale des États-Unis, Banque centrale européenne, Banque d’Angleterre, Banque du Japon, Banque de Suisse…), les grandes entreprises privées ont augmenté massivement leur endettement. Aux États-Unis, par exemple, la dette des entreprises privées non financières a augmenté de 7 800 milliards de dollars entre 2010 et mi-2017.
Qu’ont-elles fait de l’argent emprunté ? L’ont-elles investi dans la recherche-développement, dans des investissements productifs, dans la transition écologique, dans la création d’emplois décents, dans la lutte contre le changement climatique ? Pas du tout.
L’argent emprunté a servi notamment à réaliser les activités suivantes :
I. Les entreprises empruntent pour racheter leurs actions en bourse. Cela produit deux avantages pour les capitalistes : 1) cela fait monter le prix des actions ; 2) cela permet de “rémunérer” les actionnaires sans que cela entraîne pour eux le paiement d’impôts sur les bénéfices. De plus, dans de nombreux pays, les plus-values sur les actions ne sont pas taxées ou le sont à taux très bas (en comparaison avec l’impôt sur le revenu ou avec la TVA). Déjà en 2014, les rachats d’actions aux États-Unis avaient atteint un montant mensuel de 40 à 50 milliards de dollars |1|. Le phénomène s’est poursuivi ensuite. Soulignons qu’on avait assisté, avant la précédente crise, à une augmentation très forte des rachats d’actions à partir de 2003, qui avait atteint un sommet en septembre 2007 en pleine crise dite “des subprimes”. Entre 2010 et 2016, les entreprises nord-américaines ont racheté leurs propres actions en Bourse pour un montant approximatif de 3 000 milliards de dollars |2|. Comme le titrait le quotidien financier Les Échos, “Les rachats d’actions record sont le moteur de Wall Street ». Une grande partie de la bonne santé des bourses, pas seulement celle des États-Unis, est due aux rachats massifs d’actions. C’est donc tout à fait artificiel. (...)»

Ler artigo de Eric Toussaint aqui

14 novembro 2017

E se a imprensa se tornasse mandante ?

Tudo bons rapazes !


Acrescente-se que, não por acaso, só na última linha do artigo é que se explicita que se trata de Lula «sucumbir politicamente».

11 novembro 2017

Traficâncias ideológicas

Quando uma «fonte
de inspiração»
passa,
por artes mágicas, a «modelo»

Em crónica no Público de hoje, referindo-se ao discurso de Jerónimo de Sousa no Coliseu de Lisboa, por duas vezes a jornalista São José Almeida atribui ao secretário-geral do PCP a ideia de  que «a Revolução de Outubro» e o «regime soviético» são «um modelo a seguir » e «um modelo para a humanidade».

Bem pode o leitor ficar à espera que a jornalista apresente ao menos um única citação de Jerónimo de Sousa que confirme essa ideia de modelo desejável. Debalde porque o mais que ela arranja é uma afirmação de JS de que a Revolução de Outubro constitui uma «fonte de inspiração» e até que, quanto ao regime soviético, aludiu ao fracasso de «um modelo historicamente configurado de construção do socialismo».

Esta absurda e martelada identificação de «fonte de inspiração» com «modelo a seguir» na caso da autora em causa não pode ser vista como uma ligeireza ou lapso mas apenas por má-fé e truque malévolo. Com efeito, a autora não pode deixar de saber que :

1. A rejeição do seguimento de modelos de socialismo em textos do PCP e de Álvaro Cunhal é já até bastante anterior ao 25 de Abril de 1974;

2. O próprio Jerónimo de Sousa, na linha do Programa do PCP, enunciou no seu discurso no Coliseu um vasto conjunto de características do socialismo defendido pelo PCP para Portugal que ostensivamente o distinguem e distanciam do que historicamente se configurou no regime soiético. Não apenas isso e muito mais do que isso:  foi dito da tribuna do Coliseu e estava no papel entregue a SJA esta afirmação : «Sim, o mundo precisa do socialismo! Ele é uma necessidade que emerge com redobrada actualidade na solução dos problemas da humanidade. Uma necessidade que exige ter em conta uma grande diversidade de soluções, etapas e fases da luta revolucionária, certos de que não há “modelos” de revoluções, nem “modelos” de socialismo, como sempre o PCP defendeu (...)».

Conclusão : quando não se quer ouvir ou não se quer saber ler, não há nada a fazer a certas almas.

Porque hoje é sábado ( )

The Strokes

A sugestão musical deste sábado vai para a banda nova-iorquina The Strokes.






Para não esquecer !!!