22 maio 2013

O Conselho de Estado e...

... as bocas no trombone


Assinalando que, talvez como nunca se tinha visto antes, a chamada reserva sobre o que se passa nos Conselhos de Estado foi chão que deu uvas e que isso alguma coisa quer dizer, permitam-me que lembre apenas esta passagem do  meu post no passado dia 13:

Edição de uma importante obra

Fazendo justiça ao injustamente
esquecido Vasco de Magalhães-Vilhena


Ler aqui o artigo de Fernando Blanqui
Teixeira
sobre a inauguração da
Biblioteca de
Vasco de Magalhães-Vilhena
na Academia das Ciências de Lisboa

Começando o dia com o brasileiro

Maurício Pessoa



Boca no Lodo

21 maio 2013

Miguel Sousa Tavares, eu e ...

... as traições da memória


A dado passo da reportagem de Judite de Sousa transmitida ontem pela TVI sobre «Álvaro, Eugénia e Ana- os 100 anos de Cunhal» aparece Miguel Sousa Tavares a  relatar uma entrevista feita por si a Álvaro Cunhal na RTP e  a contar que eu próprio, Vítor Dias, que acompanhava o Álvaro, no final da entrevista e na frente deste, fiz a Miguel Sousa Tavares um série de comentários de descontentamento sobre a forma como a entrevista tinha corrido, com perguntas manipuladoras, etc., etc. Mas que, já na sala de (des)maquilhagem, sem a minha presença naturalmente, Cunhal lhe teria tido que tinha achado as perguntas muito interessantes e corajosas.

Pelo meio, é de referir acessoriamente que Miguel Sousa Tavares me classificou com um «estalinista puro» mas isso é o menos porque há muitos anos já me chamou «o maior estalinista da informação portuguesa» ( na revista Visão) e também chegou mesmo a escrever que eu tinha «cara de guarda de Gulag» ( no Semanário em Agosto de 1991).

Ora, com a ressalva de que, passados tantos anos, ninguém está completamente a salvo das traições da memória, o que quero afirmar é que é absolutamente absurdo e impensável que, na frente de Álvaro Cunhal, eu desatasse a desancar um jornalista que o tinha entrevistado,  por simples razão de educação e de não me substituir ao secretário-geral do meu partido em matéria de reacções à sua entrevista.

Aliás, acompanhei Álvaro Cunhal em numerosas entrevistas televisivas e radiofónicas e faltaria saber se algum dos entrevistadores (Margarida Marante já cá não está infelizmente) é capaz de se queixar do mesmo que Miguel Sousa Tavares quanto a mim se queixou.

Entendamo-nos : não é que, em regra, eu gostasse da maneira como muitas entrevistas, sobretudo na televisão, eram feitas a Álvaro Cunhal, designadamente das quase sacramentais perguntas inocentemente finais sobre a União Soviética; a questão, insisto, está em  que eu, terminadas as entrevistas, rompesse com as regras de sobriedade e educação porque sempre me pautei nas relações com jornalistas e, por maioria de razão, quando acompanhava o meu camarada Álvaro Cunhal.

Mas já que estamos  no terreno de memórias, passados tantos anos, quero contar-vos uma história que tenho com Miguel Sousa Tavares e de que ele certamente não se lembra ou então dirá que estou a inventar: é que, na noite de  7 de Dezembro de 1980, dia da eleição para Presidente da República, disputada entre Ramalho Eanes e Soares Carneiro, Miguel Sousda Tavares e eu encontrámo-nos à entrada da Fundação Gulbenkian, onde então decorriam as noites eleitorais. E, quando nos cumprimentávamos, Miguel  Sousa Tavares disse para mim: «Ó Vítor Dias, lá ganhámos, hem ?». Ou seja, nessa noite e nessa altura em que o PCP contribuira decisivamente para a derrota de Soares Carneiro, Miguel Sousa Tavares esqueceu-se que o Vítor Dias  era «um estalinista», adivinhem os leitores porque terá sido..

P.S.: Nestas suas mesmas declarações à reportagem da TVI, M.S. Tavares contou a vez em que encontrou Álvaro Cunhal num supermercado no Algarve com um melão na mão. Mas quando a contou pela primeira vez, no Semanário há mais de 20 anos, tratava-se de uma melancia. Portanto, quem sabe se desta vez , tal como a melancia, também não fui  vitima das confusões da memória de Miguel Sousa Tavares.

A quem interessar

A minha intervenção nestas Jornadas



Os eventuais mas improváveis interessados podem encontrar aqui, em «os papéis de alexandria», a minha intervenção no último painel destas Jornadas que conclui assim  :« Pode ser pouco para as urgências que muitos sentimos nestes tempos ásperos, incertos e devastadores que amarguram o nosso viver colectivo mas, por mim, revejo-menesta espécie de compromisso constante de uma frase de Albert Camus: « A própria luta em direcção aos cumes chega para encher o coração de um homem. É preciso imaginar um Sísifo feliz».

20 maio 2013

Isto é que era uma boa ideia !

Ora tomem lá para a ordem
de trabalhos do Conselho de Estado




Eu não tenho nem vida nem paciência para isso mas talvez o Expresso que se deu ao  ciclópico de trabalho de ler tudo que Portas escreveu nos tempos do Independente pudesse prestar um serviço público muito menos cansativo que era fazer uma antologia do que uns e outros disseram quando a troika nacional assinou acordo com a troika estrangeira.

"Jorge Pinheiro - A Idade dos Homens"

Mais uma obra de arte do
sublime inventor de livros
José Cruz dos Santos

Na «Modo de Ler», da cultura,  bom gosto e espírito luminoso do editor José Cruz dos Santos acaba de sair mais uma obra de arte da edição portuguesa intitulada «Jorge Pinheiro - A Idade dos Homens». Sim, todos sabemos que, como alguém escreveu recentemente, Cruz dos Santos «foge do seu próprio prestigio». Mas nem por isso deixo de renovar aos democratas e homens e mulheres de cultura do Porto o apelo que aqui deixei há um ano.

"À organização deste volume presidiu a intenção de reproduzir um conjunto de textos, datados de 1968 a 2009, escritos em catálogos de exposições individuais de Jorge Pinheiro, por se tratar de materiais de circulação restrita; em jornais e revistas, publicações que, pela sua natureza, desaparecem rapidamente do nosso horizonte; e em volumes monográficos, estes com menor presença na antologia que resultou da opção referida.
Com textos  que se tornam essenciais para o entendimento do trabalho do artista e autores que acompanharam o seu trajecto ou que sobre ele se pronunciaram em momentos particulares: Rui Mário Gonçalves, Fernando Pernes, José Augusto França, Eduardo Paz Barroso, José Luis Porfírio, Bernardo Pinto de Almeida, Maria Augusta Babo, João Pinharanda, João Miguel Fernandes Jorge e Carlos Vidal."

Um tema complexo e decerto polémico

Conhecer mal não faz

 A ler aqui


19 maio 2013

Bolas, já foi há 47 anos, no Filmore Concert, os

Jefferson Airplane







Tobaco Road

I was born in a bunk
In the middle of Tobacco Road
Mother died and my daddy got drunk
Left me here to die or grow
Grew up in a dusty shack

And all I had was a'hangin' on my back
Only you know how I loathe
But it's home
This place called Tobacco Road
The only life I've ever known
Only you know how I loathe

Tobacco Road
I'm gonna leave and get a job

Save some money, get rich I know
With the help and the grace from above

Bring Dynamite and a crane
Bring it back to Tobacco Road
Blow you up, start all over again
Build a town be proud to show

The only life I've ever known
Give the name Tobacco Road
Cause it's home
Oh I despise and disapprove you
But I love ya, 'cause it's home

Para o seu domingo, os britânicos do

Palma Violets