21 março 2012

Mais sobre o Portugal "laranja"

Ouçam com atenção !



A isto, o ministro da Saúde respondeu que não tinha conhecimento embora reconheça estar a estudar a introdução de materiais que possa ser reutilizáveis. Diz quem percebe alguma coisa disto, que isto da reutilização seria regressar aos anos 70 do século passado. E nunca nos esqueçamos que, no caso passado do sangue contaminado (no tempo e não necessariamente por culpa directa de Leonor Beleza) as empresas também davam todas as garantias sobre o «factor» que era importado.

Interpelação do PCP ao Governo

As palavras que têm de ser ditas




Miguel Tiago , deputado do PCP, na AR :(...) Essa modernidade, de mais exploração, menos salários e mais horário, é a modernidade dos patrões, a modernidade dos que não sabem o que é viver com os rendimentos do trabalho próprio, a modernidade dos senhores do dinheiro e do Governo.

É a modernidade dos que nunca saberão o que é viver sem estabilidade laboral, dos que nunca precisarão de esperar nas filas do centro de saúde ou do hospital, nas filas de um centro de emprego, dos que não precisam de acção social escolar, dos que engordam os lucros à custa do empobrecimento dos outros. Essa modernidade é o passado que os portugueses já venceram e certamente tornarão a vencer agora.

É contra esse regresso ao passado, essa modernidade bafienta, que os trabalhadores portugueses erguerão já hoje os piquetes para a greve geral de amanhã e contra essas políticas negarão um dia de trabalho, um dia de salário, mas também um dia de exploração.

Dizem-nos que acatar as medidas de austeridade, que acatar os roubos, que aceitar passivamente a destruição do nosso país, que emigrar, que desistir são as únicas soluções.
Que se aceitarmos o sacrifício agora, um dia melhor virá. Mas engana-nos e mente quem tal nos diz. A situação nacional demonstra precisamente o inverso: quanto maior for a aceitação destas medidas, mais ávidos e ferozes serão os que delas beneficiam.

Quanto mais submissos forem os Governos, quanto mais conformados estiverem os idosos, os jovens, os homens e mulheres que trabalham, mas longe irão os grandes grupos económicos na sua marcha de supressão de direitos, de exploração e de afundamento do país. É tão simples quanto olhar à nossa volta.
Tanto assim é que apenas o caminho contrário se mostra como solução: o caminho da luta, da valorização do trabalho e da produção nacional, do respeito pelos trabalhadores portugueses, de mais e melhor preparação dos jovens para a vida ativa, de mais cultura e de aprofundamento da democracia.
São esses os eixos de uma política necessária, de uma política patriótica ao serviço do povo que assuma o fim da ocupação nacional, que resgate a soberania nacional e devolva o poder ao povo. São esses os eixos absolutamente fundamentais para romper com o caminho de destruição, de afundamento, para reganhar das garras dos que enriquecem na sombra, na corrupção, na exploração, no roubo, o futuro e o presente do nosso país.
São esses os eixos que já amanhã, já hoje, todos os trabalhadores portugueses começam a construir ao assumir a luta como arma. São esses os pilares sobre os quais se edifica um país: trabalho, democracia e direitos e não roubo, corrupção e submissão. São esses os pilares que, com as suas armas, com a sua greve geral e tantas outras lutas, os trabalhadores portugueses erguerão.
Daqui deixamos um apelo, nas palavras do poeta “nada deve parecer impossível de mudar».
Nada é impossível de mudar.»

Juntos, firmes e determinados


 
Vídeo via «cinco dias»/Bruno de Carvalho

E hoje também o


Lendo poemas em Occupy Wall Street

LENA RETAMOSO URBANO
(n. 1971, Perú)

BRANCO É O SONHO DA NOITE 
Tradução de Antonio Miranda 

branco é sonho da noite que ruge quando fechas os olhos
oculto 
gesto de flor antes de nascer


a noite repousa no colmilho de uma luz prodigiosa
aspira o coração de sua viagem interminável 
sonha o alento que o ar desconhece
branca a pele que o horizonte abandonando-se em seus contornos
branco o grito de Narciso diante do espelho branco
o dia em que teu corpo 
fez de minhas espinhas dorsais um ramo de flores
branco o desejo que no amar-te lacera sua vontade
branca sua impaciência de onda após onda 
branca a distância entre a terra 
branca a sede que em seus lábios 
o mar infatigavelmente desposa
branca a lembrança ondulante de um peixe dormido 
apaixonado pela areia que espreita sua morte
branco o silêncio que o homem confunde com sua voz
branca a tarde em que caminho para esquecer que te encontro 
e que no ar os beijos são sepulcros alegres
branca a noite em que recordo 
tuas mãos virem como sedas vertiginosas 


o lago avança até a luz 
seu corpo escurece
minha voz é crepúsculo na irmandade de suas águas
árvores desnudas estampam 
a fuga de teu corpo

Hoje é o

Dia Internacional pela
Eliminação da Discriminação Racial

poster de 2009 de um sindicato canadiano

20 março 2012

Portugal "laranja" no seu melhor


Na sua maioria são velhos e ainda por cima alentejanos, portanto, que se lixem, vamos lá a discutir a arbitragem do Bruno Paixão no Gil Vicente-Sporting.

Por uma vez, de acordo

Pois estamos !




19 março 2012

Piam agora que é tarde !

Extraordinário !


Durante o dia de ontem, os noticiáros da TSF fartaram-se de dar esta notícia que fala por si e quase dispensaria comentários. Entretanto, podem ficar no ar apenas três perguntas: estes senhores nunca no devido tempo foram avisados por imensas e autorizadas vozes daquilo sobre que agora vêm chorar lágrimas de crocodilo ? Estes senhores têm ao menos por dez segundos ao deitar a percepção de quanto sofrimento, miséria e desespero social estes seus erros causaram ? Como esperam estes senhores que, daqui para a frente, ouçamos e julguemos as suas, em cada momento infalíveis, sentenças ?

um sítio a conhecer e visitar