A respeito do debate orçamental não faltam vozes estimáveis e respeitáveis a falarem de falta de rumo dos partidos em geral, de espectáculo deprimente, de leilão de propostas, de excessivas variantes de sentido de voto, tudo num contexto de apreciações epidérmicas e emocionais.
Mas só não dizem como é que, em concreto, as coisas se deviam ter passado (*) e, em concreto, quem é que, diferentemente do que aconteceu, devia ter votado o quê e como.
Pode-se compreender e respeitar este tipo de desabafos mas com eles também não se encontra nenhuma linha de rumo nem nenhuma definição das verdadeiras responsabilidades.
(*) É sempre útil lembrar que nos acordos escritos celebrados à esquerda na anterior legislatura, não havia nenhuma obrigação de votar favoravelmente os Orçamentos de Estado.