31 janeiro 2025

Dar corda aos fundos de pensões privados

 Ficamos avisados !

Pôr a raposa no galinheiro das pensões
Pedro Adão e Silva no «Público» de 30/1

«Nesta semana, soube-se que o Governo tinha criado um grupo que inicia os seus trabalhos hoje para “aprofundar a sustentabilidade a longo prazo do sistema de Segurança Social e propor a definição de linhas de ação”. De acordo com o Jornal de Negócios, entre os trabalhos do grupo está a intenção de rever a Taxa Social Única e desenvolver mecanismos complementares de iniciativa coletiva e individual. Para bom entendedor, fica descrito o alcance da iniciativa.

Uma iniciativa tanto mais surpreendente quanto passaram meses desde que foi tornado público o Livro Verde sobre a Sustentabilidade da Segurança Social. Um relatório que, adotando um cenário conservador, concluiu que, mesmo num quadro de degradação do saldo do sistema, “há razões de otimismo relativamente ao impacto que esses saldos poderão ter sobre as contas públicas”, uma vez que o Fundo de Estabilização entretanto constituído está em condições de financiar défices futuros. Como também revela este relatório, persiste entre nós, sim, um problema de adequação do sistema de pensões (designadamente considerando a capacidade de proteger da pobreza) e, fundamental, um problema de confiança na preservação do contrato social e intergeracional que lhe subjaz.

O contraste com o que agora sucede é notório. Regressamos à retórica que quebra a confiança no sistema, e cria-se um grupo formado por vários membros de gabinetes ministeriais, com Carla Castro, ex-líder parlamentar da IL, e presidido por Jorge Bravo – alguém cuja participação no debate público sobre Segurança Social se tem caracterizado, ao longo dos tempos, por três propósitos: anunciar a falência do sistema; repetir uma falácia sobre as responsabilidades que decorrem do fim da Caixa Geral de Aposentações; e promover sistemas privados. (...) »
s.

30 janeiro 2025

Partiu hoje

                                                Marianne Faithfull

Viagem aos arquivos

Trump, filho
e neto de imigrantes

Em novembro de 1929, uma escocesa de dezessete anos, Mary Anne MacLeod, embarcou no S.S. Transilvânia em Glasgow, com destino à cidade de Nova York. Com uma sobrancelha arqueada e olhos profundos e redondos, MacLeod veio de Tong, uma remota comunidade de pescadores na paróquia de Stornoway, nas Hébridas Exteriores da Escócia. Embora o mercado de ações americano estivesse em queda livre, a Europa, à sombra da guerra, não estava em melhor forma. Os escoceses vinham emigrando há anos, tentando encontrar melhores oportunidades.
Em Nova York, MacLeod encontraria uma comunidade bem estabelecida de homens e mulheres do campo, incluindo duas de suas irmãs. Ela fez mais de uma viagem transatlântica antes de se estabelecer em Nova York, nos anos trinta. Em pelo menos dois manifestos de navios e no censo de 1930, sua ocupação é listada como "empregada" ou "doméstica".
Mary MacLeod acabaria se tornando Mary Trump, a mãe de Donald Trump, o provável candidato republicano em 2016.»

Morte de Odair Moniz

 Até que enfim .


«A moldura penal que pune o homicídio na forma simples pelo qual o agente da PSP foi acusado oscila entre um mínimo de oito e um máximo de 16 anos de cadeia. Já a proibição do exercício de função pode ser decretada por um período de dois a oito anos.

De acordo com a versão oficial da PSP, Odair Moniz pôs-se "em fuga" de carro depois de ver uma viatura policial, e despistou-se na Cova da Moura, onde, ao ser abordado pelos agentes, "terá resistido à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca". Testemunhas ouvidas pelo PÚBLICO viram a polícia a tentar prender Odair Moniz e ele a recusar, mas nunca violência. Negam também a existência de uma arma. (« Público»)

29 janeiro 2025

A nova «era de prosperidade»


Selvajaria

Administração Trump
abre processo de rescisão
em massa de funcionários
 públicos

«Governo norte-americano envia email a dois milhões de funcionários a solicitar resposta a proposta até 6 de Fevereiro. Elon Musk defende redução de 75% do número de trabalhadores.» («Público»)


27 janeiro 2025

Há oitenta anos

  1. Exército Vermelho
    liberta Auchwitz

Triste sinal dos tempos e da desfaçatez é  que as comemorações do 80º aniversário da libertação de Auschwitz se vão fazer sem a participação da Rússia que não foi convidada. Mas foi convidado V. Zelenski, presidente fora de prazo da Ucrânia, país onde desde 2004 floresceram dezenas de estátuas a Stepan Bandera, um destacado colaborador ucraniano dos nazis.

26 janeiro 2025

Incrível !

 Trump por uma limpeza
 étnica total em Gaza

Trump quer Egipto
 e Jordânia a receber os palestinianos de Gaza
(Público)

Um silêncio de chumbo

 Odair Moniz morreu há 

... e continua a não haver conclusões do inquérito que foi determinado às circunstàncias da sua morte. É um absoluto desrespeito pela opinião pública e pela dor dos familiares de Odair. Insisto em que no episódio em causa não participaram dezenas de intervenientes mas apenas três ou quatro. Nada pode explicar tanta demora.

Jazz para o seu domingo

 Teri Parker

23 janeiro 2025

Conversa de malas

Toma lá Ventura !


Copiado de Helena Pato no Facebook
 


Copiado do «Eixo do Mal» da SIC Noticias

21 janeiro 2025

A Presidênca ao serviço dos amigos

 Trump perdoa a 1.500
que invadiram o Capitólio
 e mataram 4 policias


«Estão incluídos nestes perdões presidenciais 14 líderes de dois grupos militantes de extrema-direita, como Stewart Rhodes, fundador da milícia paramilitar Oath Keepers, e Enrique Tarrio, antigo líder do grupo de extrema-direita Proud Boys, que tinham sido condenados a longas penas de prisão por actos violentos naquele dia.

Esta decisão de Trump irá, certamente, causar desconforto entre a polícia, legisladores e outras pessoas cujas vidas foram colocadas em risco durante um episódio sem precedentes na história moderna dos EUA. Cerca de 140 polícias foram agredidos durante o ataque, tendo alguns sido pulverizados com irritantes químicos e outros atingidos com canos, bastões e outras armas. Quatro pessoas morreram durante o ataque, incluindo um apoiante de Trump que foi morto a tiro pela polícia.» (Público)

UM GRANDE ACONTECIMENTO

Viva o centenário
 de Carlos Paredes


No «Público» de hoje um página inteira dedicada ao programa  nacional da celebração do centenário de Carlos Paredes, o extraordinário artista que tocou a música de fundo  que acompanhou a nossa resistência e um querido camarada.

20 janeiro 2025

Ora bem !

 Contra as percepções,
 marchar, marchar


«Em 15 anos, 2023 foi o segundo com o rácio mais baixo de estrangeiros detidos pela PJ – ano recorde com mais de um milhão de imigrantes residentes - só superado em 2020, ano da pandemia da Covid-19. Enquanto o número de imigrantes passou para mais do dobro neste período, os estrangeiros presos por crimes violentos caíram para menos de metade, proporcionalmente aos residentes.» (DN)

A CADA UM 0 SEU VEÍCULO

Trânsito em dia
de posse nos EUA






17 janeiro 2025

Segurança

 Ora bem

«Diretor da PJ defende que 

sentimento de insegurança
é gerado pela desinformação

 e não se confirma»

«O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, afirmou esta sexta-feira que o sentimento de insegurança é gerado pelo aumento da desinformação e ameaças híbridas, salientando que os números de criminalidade violenta desmentem essa ideia.

Falando em Lisboa na conferência sobre os 160 anos do Diário de Notícias, subordinado ao tema "O Portugal que temos e o que queremos ter", Luís Neves criticou a imagem de que o país está numa situação "sem rei e sem roque" no que à segurança diz respeito, contestando a "polarização da discussão" em torno do tema, arrancando aplausos da plateia."Estamos a assistir a um momento de desinformação, 'fake news' e ameaças hibridas e é isso tudo que leva a fundamentar a perceção de insegurança", afirmou o dirigente, colocando também a responsabilidade nos media por esse sentimento.
"Temos hoje vários canais de televisão que passam uma e outra vez aquilo que é notícia de um crime", explicou, reconhecendo que isso vem "criar uma ideia de insegurança que não tem a ver com a insegurança plena do crime" existente do ponto de vista estatístico. (CM)

Amanhã


16 janeiro 2025

A comunicação social que não atende aos factos

 Para muitos media
 é tudo igual ao litro

Bárbara Reis no «Público»

 "Rixa no Martim Moniz" não foi no Martim Moniz

Para quem está a olhar para Lisboa a partir de Montalegre ou da Mongólia, mais metro, menos metro não fará diferença.
Mas para quem escreve – e para quem lê – uma notícia sobre Lisboa, é bom saber que uma coisa é a Praça Martim Moniz, outra é o Largo do Intendente.
Entre uma e outra, são só dez minutos a pé, menos de um quilómetro de distância, mas são duas praças distintas.
(...)Por isso fiquei perplexa ao ver como uma rixa que aconteceu no Intendente, este domingo, foi descrita em dezenas de títulos dos media como "rixa no Martim Moniz".
Escreveu o Jornal de Notícias em título: Rixa no Martim Moniz faz sete vítimas~
Escreveu a SIC: Rixa no Martim Moniz: razões políticas terão estado na origem dos desacatos.
Escreveu o ExpressoRixa no Martim Moniz: um "ajuste de contas" entre grupos de Lisboa e de Vila Nova de Milfontes em "lutas pelo poder".

No dia seguinte, escreveu o ObservadorVentura considera que rixa no Martim Moniz mostra o "ridículo a que a esquerda se prestou".

E o Correio da ManhãNão foram chamadas as minorias, chamaram a polícia: Ventura reage à rixa entre imigrantes no Martim Moniz.
E a SIC, de novo: "Rixa no Martim Moniz: ‘empolamento político’ e a necessidade de políticas públicas".^
Martim Moniz: ‘É um incidente como outro qualquer’".
Quando se lêem os textos, percebe-se que os jornalistas sabem que a rixa foi no Intendente e não no Martim Moniz. 

(...)

orque não dizer o nome certo? Há algumas hipóteses para explicar o erro.

1. É tudo muito perto, não tem importância, é um pormenor ridículo.

2. O leitor sabe o que é o Martim Moniz, que está nas notícias por causa da controversa operação policial dos homens encostados à parede, e a Rua do Benformoso acaba no Martim Moniz, a rixa foi "a caminho" do Martim Moniz.

3. Tanto faz, isto é o território dos imigrantes bengalis, pôr Martim Moniz no título facilita a vida do leitor, é só um localizador.

4. Com Martim Moniz, tem mais cliques. 

Etc.

14 janeiro 2025

Ficamos avisados !

 Não escondem nem disfarçam


"El secretario general de la
 OTAN pide una "pequeña
fracción" para defensa de lo
que se invierte en pensiones
 o salud"

12 janeiro 2025

Centenas ?

Um título que
 é uma vergonha
 para o «Jornal de Notícias»

Outras guerras

Ucrânia e gasodutos

Miguel Sousa Tavares no «Expresso» de 10.1.2025


(...) «4. Guerra é guerra, e logo no primeiro ano de guerra a Ucrânia sabotou os gasodutos Nordstream I e II, que bombeavam o gás russo a preços acessíveis para a Alemanha e centro da Europa. Os Nordstreams eram uma joint-venture entre empresas estatais e privadas da Alemanha e da Rússia e a sua sabotagem em águas da Dinamarca — com a cumplicidade da NATO e Estados Unidos — foi, para efeitos jurídicos, um acto de pirataria internacional e não apenas uma operação contra interesses do inimigo bélico. Por isso, deu origem a uma comissão de investigação, de que a Rússia foi excluída, e que, dois anos decorridos, obviamente nada concluiu ainda. A Rússia ficou privada de fontes de receita — que, em parte, diversificaria —, mas a Alemanha ficou privada de energia barata, entrando em crise económica que persiste até hoje, e a Europa entrou num processo de inflação que só agora dá mostras de estar controlado. Em contrapartida, os Estados Unidos substituíram a Rússia no fornecimento de GNL (gás liquefeito) à Europa a um preço três vezes superior aos dos russos. Tudo bem, guerra é guerra, dirão. Só que, entretanto, nestes quase três anos decorridos desde o início da guerra, a mesma Ucrânia que havia liquidado os Nordstreams continuou silenciosamente a deixar passar gás russo para a Moldávia, Áustria e Eslováquia através de um terceiro oleoduto que atravessa o seu território. E, pelo direito de passagem, cobrava mil milhões de dólares por ano, afinal ganhando dinheiro com o gás russo que cortara aos seus ‘aliados’ na Europa. Agora, expirado o prazo contratual, a Ucrânia não renovou o acordo, de caminho deixando a Transnístria, a região pró-russa da Moldávia, a seco. A guerra é uma caixinha de surpresas. (...)»


JAZZ PARA O SEU DOMINGO

 Andrew Wilcox

11 janeiro 2025

Hoje da Alameda ao Martim Moniz

Mais de três horas
 e meia de desfile


Indecentes as coberturas jornalísticas que, em termos noticiosos, equiparam a vigiliazinha do Chega à imensa manifestação que foi da Alameda ao Martim Moniz.

Porque hoje é sábado ( )

 Chuck Ragan


10 janeiro 2025

Mau começo

 Seguro e a sua 1ª
 bola para o charco

«A sugestão feita por António José Seguro de que os orçamentos do Estado deixem de ser votados e passem somente a ser apresentados na Assembleia da República, à semelhança do que acontece com o Programa do Governo, para assegurar estabilidade política e governativa, foi mal recebida pelos socialistas ouvidos pelo PÚBLICO.»

É  realmente espantoso que o proto-candidato presidencial não se lembre ou não saiba que historicamente o nascimento dos parlamentos está ligado à aprovação de impostos (e depois naturalmente à aprovação de orçamentos).

Amanhã a partir da Alameda

Marcamos encontro


09 janeiro 2025

Mudança de nomes à Trump

 Já agora
porque não assim ?

cartoon de  Bob Englehart

Um torturador na guerra da Argélia

 O justo epitáfio
para Jean-Marie Le Pen


«O ódio era o seu ofício»
 "O fundador da Frente Nacional
 morreu. Racista, anti-semita,
anticomunista, consagrou a sua
vida à reabilitação de uma
 extrema-direita desqualificada
 pelo seu passado colaboracionista.
 As suas ideias pestilentas
sobreviveram».

na capa de


07 janeiro 2025

Business first

 Pudera ! Os EUA são
o maior vendedor de 
armas do mundo !


Trump defende subida
do contributo para a
 NATO de 2% para 5% do PIB
(DN)
«Nas declarações aos jornalistas, não excluiu o uso de força militar para assumir o controlo do Canal do Panamá e da Gronelândia, ao afirmar que ambos os territórios são essenciais para a segurança dos EUA.»

06 janeiro 2025

Uma velha história americana

Um novo
George Floyd ?

As imagens da agressão a Robert Brooks, difundidas pelo Estado de Nova Iorque,  chocaram os Estados Unidos.

«Um afro-americano agredido até à morte na prisão. 14 agentes penitenciários acusados e videos chocantes. A morte por asfixia de Robert Brooks, detido de 43 anos,lança  a América no que se assemelha a um novo escândalo ligado a um crime racista.» 
Mais em francês aqui.

Um discurso ele sim criminoso

 Moedas
 desmentido pela Polícia

Carlos Moedas deu uma nova entrevista – ao Diário de Notícias – e voltou a falar do papão da segurança: “Há mais violência e mais crimes violentos na cidade e as pessoas estão preocupadas e querem mais segurança”.
Não importa nada, claro, que os números da Polícia não confirmem o presidente da Câmara. Há pouco mais de um mês, o comando metropolitano de Lisboa afirmava que a criminalidade geral tinha diminuído 9,4% e a violenta e grave tinha estagnado – menos 0,2%. Disse o comandante há um mês: “Os dados estatísticos sobre a criminalidade registada não são assim correspondentes ao sentimento de insegurança difundido nas redes sociais e em certos sectores da opinião pública”.
Ora, o “sector” que mais se tem esforçado para difundir o sentimento de insegurança é o próprio Presidente da Câmara de Lisboa, de mãos dadas com o primeiro-ministro.(...) »

03 janeiro 2025

Um gesto desastrado !

Marcelo a dar corda a Ventura

"Ventura quer Conselho
de Estado sobre segurança, 
Marcelo pergunta a
 conselheiros se concordam"

«O Presidente da República pediu aos conselheiros de Estado “para transmitirem o que tiverem por conveniente” sobre o pedido de Ventura de que haja um Conselho de Estado dedicado ao tema da segurança. » («Públic0»)

Em vez de criar um precedente gravíssimo (este de, a cada reclamação de uma reunião de Conselho de Estado sobre determinado tema, se pôr a perguntar aos conselheiros se a querem) o que o PR devia ter feito era, pura e simplesmente, mandar Ventura ir dar uma volta ao bilhar grande. E nunca dar corda e ar de seriedade às demagógicas e repelentes manobras securitárias  e xenófobas do patrão do Chega.

02 janeiro 2025

Relações com sindicatos

Governo só quer negociar
com sindicatos amigos !


"Fenprof apresenta queixa à PGR sobre negociações com o Ministério da Educação"

"Federação Nacional dos Professores acusa Governo de a ter impedido de negociar protocolo e de não ter apresentado o documento a todos os sindicatos."
(Público)


O mesmo já tinha acontecido com a FNAM (Federação Nacional dos Médicos)

75 dias depois

Não vejo nenhum
media a interessar-se
pelo assunto mas eu insisto

Odair Moniz morreu faz hoje 75 dias e continua a não haver conclusões do respectivo inquérito. Coisa bastante de estranhar num  caso que, por junto, deve envolver  quatro testemunhas ou intervenientes e do qual, ao que foi noticiado, há imagens. Caso para perguntar: estão à espera que nos esqueçamos deste dramático episódio ?