Alexandra Lucas Coelho
sobre a tortura nas
prisões israelitas
«E rasgar o recto com um pau, é legítimo? Mais 118 páginas de Israel para o mundo»
(...)
E havia dois dias já que a B’Tselem (a mais famosa organização de direitos humanos em Israel) publicara um relatório de 118 páginas, com vídeos, intitulado: “Bem-vindos ao inferno — o sistema prisional israelita como uma rede de campos de tortura.”
Como? Onde foram buscar mais coragem, depois de lhes partirem os ossos, largarem mastins às dentadas, apagarem cigarros na boca, meterem paus (e ferros quentes, e aparelhos eléctricos) no recto, prenderem os testículos a um peso, darem choques, cuspirem na cara, sufocarem com gás de pimenta, atirarem granadas de atordoamento, pisarem feridas, privarem de sono por semanas, de sol por 191 dias, com sanitas sem água 23 horas por dia, um penso higiénico para uma menstruação inteira, obrigados a ficarem nus, muitos de fralda, aos 15e 20 em celas imundas, a dormirem no chão, com sarna, com bichos, com feridas, a mesma roupa meses, sem sabão, dois pratos para a cela inteira, só arroz cru em água quente, comida podre, fora de prazo, espancamentos com bastões, semanas de joelhos, mãos amarradas e olhos vendados, membros amputados de tão apertados. Obrigados a beijar a bandeira de Israel, dizer O Povo de Israel Vive, enquanto morrem. E constantemente filmados. “Em live streaming para Ben-Gvir!”, disse um dos soldados, numa das orgias diárias.
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