A hostilidade de
Cavaco em 2015 reabilitada
por Ana Gomes
Ana Gomes e outros que tenho visto a defender a mesma ideia esquecem-se que em Novembro de 2015 quando Cavaco Silva exigiu os papéis escritos foi em nítida ultrapassagem das suas competências, por ressabiamento pelo chumbo do novo governo de Passos Coelho no Parlamento e por ter a esperança que não fossem possíveis as «posições conjuntas*» entre PS, PCP, BE e PEV.
Acresce que toda a gente sabia (incluindo o BE) que, a seguir às últimas legislativas, uma vez quase esgotadas as reversões do pesadelo Passos Coelho/Portas, dificilmente seria possível encontrar uma base de entendimento estável à esquerda. E, mesmo que isso por milagre dos deuses tivesse sido possível, o mais certo é que esses acordos viessem a ser postos em causa pelas gravíssimas consequências sociais e económicas da posterior pandemia. E estariamos então no mesmo ponto em que estamos hoje.
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*E, por falar em «posições conjuntas» lembre-se algo que está muito esquecido: é que elas não obrigavam nenhum partido a votar favoravelmente os Orçamentos.
Obrigar o PS a assinar os acordos em papel , tem toda a logica, estranho o PCP estar contra...
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