Bem lida, a notícia
dispensa comentários
[esta foto - do tempo da Grande Depressão nos EUA - ilustra o que parece ser o pesadelo nocturno mais recorrente de Cavaco Silva nos tempos que correm]
No Público online: “Neste momento já sei quanto é que irei receber da Caixa Geral de Aposentações. Descontei quase 40 anos uma parte do meu salários para a CGA como professor universitário e também descontei durante alguns 30 anos como investigador da Fundação Calouste Gulbenkian e devo receber 1300 por mês, não sei se ouviu bem 1300 euros por mês”, disse Cavaco, olhando o jornalista. “Tudo somado, o que irei receber do Fundo de Pensões do Banco de Portugal e da Caixa Geral de Aposentações quase de certeza que não vai chegar para pagar as minhas despesas porque como sabe eu também não recebo vencimento como Presidente da República”, disse Cavaco.
Porém, o Presidente da República não esclareceu o valor da pensão relativa ao Banco de Portugal (BdeP).
Mas uma fonte não oficial do Banco de Portugal assegurou ao PÚBLICO que Cavaco Silva nunca deixou de descontar para o fundo de pensões do BdeP. Está acima do nível 18, o que equivale a uma pensão entre os 4.000 e os 6.000 euros por mês.
Refira-se que a pensão máxima do Banco de Portugal ronda os 8.000 mil euros.
Há precisamente um ano, o chefe de Estado decidiu prescindir do seu vencimentos como Presidente da República, no valor de 6.523 euros, e hoje, em declarações aos jornalistas, no final de uma visita ao gabinete do munícipe da Câmara do Porto, Cavaco fez questão de referir que não recebia qualquer vencimento pelas suas funções.»
Apenas um P.S. com três notas: a primeira é que não dá para acreditar que quem, para além do mais, foi primeiro-ministro durante 10 anos e se reformou ainda pelo sistema antigo receba da C.G. de Aposentações uma reforma de 1.300 Euros; a segunda, é que, como se sabe, Cavaco Silva pertence ao grupo de portugueses que consegue ter duas reformas (há quem tenha 3), coisa a que 99,8% dos reformados portugueses nunca conseguiram aceder e que a mim me dava também muito jeito; a terceira é que fui dos raros bloggers que teve a coragem de se demarcar e criticar a lei que impôs que o Presidente da República Aníbal Cavaco Silva tivesse de exercer as suas funções pro bono.