24 junho 2022

Técnicas de banalização

Coisas do arquitecto

Esta afirmação do sempre-em-pé Arq. Saraiva só me merece um comentário: os que nunca mexeram um dedo contra o fascismo português acham sempre que ele foi suave. É uma forma de autojustificarem a sua passividade.

O PS no seu melhor

 Afinal não estão ralados
com o inverno demográfico

Dia triste e revoltante

 A vitória da barbárie


Pontos nos is

Não e não, o alargamento
 da UE não é consensual


Quem tenha visto as televisões ontem e hoje pensará que o alargamento da UE a novos países é francamente consensual. Acontece que um recente Eurobarómetro (sondagem da Comissão Europeia) revela que 36% dos europeus inquiridos discorda totalmente ou tende a discordar desse alargamento.

Blá, blá, blá

 Não há dúvida, o Presidente
 anda muito inspirado

21 junho 2022

Tinham votos e deputados

 Pluralismo made in Ucrânia


No Expresso» :«Onze partidos foram suspensos em março ao abrigo da lei marcial, e são agora proibidos pela justiça ucraniana por “atentarem contra a soberania do país”. Muitos estão à esquerda no espectro político, e nem todos têm uma agenda pró-russa.No entanto, os restantes partidos na lista dificilmente podem ser considerados como ideologicamente pró-russos. “A maioria dos partidos pró-russos na Ucrânia são em primeiro lugar ‘pró eles próprios’ e têm interesses autónomos e fontes de rendimento na Ucrânia”, escreveu Volodymyr Ishchenko, investigador no Instituto de Estudos Europeus da Universidade Livre de Berlim, num artigo publicado no site da Al Jazeera.Também por isso a suspensão anunciada em março foi bastante criticada a nível internacional. “O perigo da Ucrânia fazer isto ao abrigo da lei marcial é que, por muito que as decisões sejam suportadas no perigo para a segurança nacional, o país corre o risco de ficar parecido com o seu invasor - que também ataca a oposição e silencia vozes críticas [do governo]”, salientou o jornalista e historiador Nigel Jones num artigo publicado na revista “The Spectator” em que considerava este “o primeiro erro de Zelensky” desde o início da guerra.»

19 junho 2022

Mudança histórica na Colômbia

 Candidato de esquerda ganha presidenciais na Colômbia


2ª volta das legislativas francesas

 E Macron perde
 a maioria absoluta



Com a cumplicidade dos EUA

Lembrando a grande
 tragédia na Indonésia em 1965

«Magdalena Kastinah era uma rapariga como tantas outras. Filha de camponeses, era muçulmana como a maior parte dos habitantes da ilha de Java, na Indonésia; gostava de ouvir música como qualquer adolescente. Mas, quando tinha apenas 15 anos, a mãe morreu e teve de começar a trabalhar. Um ano mais tarde, incapaz de juntar dinheiro na aldeia onde vivia, mudou-se para a capital, Jacarta. Dizia-se que era mais fácil encontrar emprego lá. E era.

Passado pouco tempo, Kastinah começou a trabalhar numa fábrica de camisolas. As condições eram boas, graças em grande parte à SOBSI, a maior rede sindical do país, afiliada ao Partido Comunista Indonésio (PKI). Apesar de nunca se ter interessado por política, juntou-se ao sindicato. “Eles apoiavam-nos, protegiam-nos e a sua estratégia funcionava”, disse. “Funcionava mesmo. Era o que sabíamos.” Kastinah não imaginava que, anos mais tarde, em Outubro de 1965, o facto de pertencer a um sindicato a poria atrás das grades. Nem que os polícias, supostamente encarregados de protegê-la, a fossem violar apenas por ser sindicalizada e, na cabeça deles, uma bruxa comunista. Muito menos que ainda hoje, com mais de 70 anos, fosse uma pária, sem família, nem uma rede de apoio.» ( no «Público» sobre a repressão contra os comunistas na Indonésia em 1965)~

Extracto da entrevista a Vincent Bevins autor de «O método de Jacarta»