03 junho 2017
02 junho 2017
Governo Macron
Primeira cavadela, minhoca !
«Eclairage
«Eclairage
«Depuis le 24 mai, les soupçons de
conflit d’intérêts s’accumulent sur Richard Ferrand. Pourtant le
ministre de la cohésion des territoires assure n’avoir rien fait
d’illégal. Opération immobilière lucrative, obtention de contrats pour
des proches, assistants parlementaires non déclarés, conflit d’intérêts
avec son activité de député… Résumé en trois minutes des soupçons qui
pèsent aujourd’hui sur l’ex-secrétaire général d’En marche ! alors que
le parquet de Brest vient d’ouvrir une enquête préliminaire.
LE MONDE
LE MONDE
01 junho 2017
1938-2017
Armando da Silva Carvalho :
cala-se a voz, ficam
belíssimos poemas
cala-se a voz, ficam
belíssimos poemas
POEMA QUE FOI CURTO
Num poema curto a corrente do sangue corria
como um planeta levando no dorsal
a filosofia pública da hora,
e a luz nua e directa incidia sobre o corpo,
real, absoluta.
Hoje o poema teima sempre em ser maior,
e a história, o tempo, a memória e o verso porque é velho,
ocultam-lhe a idade nas curvas irreconhecíveis
dum vulto.
É sempre cada vez mais longa a maratona,
e as insistentes palavras
parecem desistir enquanto avançam.
in «A Sombra do Mar»
(Assírio & Alvim)
Varanda de Pilatos
Não há tempo. Há o espaço. O sol e as nossas voltas.
Os bocejos da lua, o clã dos astros.
Os buracos negros.
Ó mãe! Para onde foram os seres vivos de ainda
Há pouco em todo o seu esplendor?
Mortos como tu, a natureza recebe-os.
A Terra, essa criança atroz, destrói os seus brinquedos
Numa rotina mecânica.
Quantas noites me faltam? Quantos beijos no escuro?
Quanta luz me cabe ainda nas pupilas?
Os anos não me matam, não me ferem os meses,
As horas não me guilhotinam.
As células vão ardendo nos seus mapas
De nervos, o sangue demora sempre mais um pouco
A chegar ao seu destino orgânico.
Devagar, devagar, a cabeça amolece.
Devagar no colo do sono.
Ó mãe. Um ninho. Uma cama macia no teu ventre.
Uma exposição de sinais. Uma geometria
Que me liga ao saber acumulado.
Os bocejos da lua, o clã dos astros.
Os buracos negros.
Ó mãe! Para onde foram os seres vivos de ainda
Há pouco em todo o seu esplendor?
Mortos como tu, a natureza recebe-os.
A Terra, essa criança atroz, destrói os seus brinquedos
Numa rotina mecânica.
Quantas noites me faltam? Quantos beijos no escuro?
Quanta luz me cabe ainda nas pupilas?
Os anos não me matam, não me ferem os meses,
As horas não me guilhotinam.
As células vão ardendo nos seus mapas
De nervos, o sangue demora sempre mais um pouco
A chegar ao seu destino orgânico.
Devagar, devagar, a cabeça amolece.
Devagar no colo do sono.
Ó mãe. Um ninho. Uma cama macia no teu ventre.
Uma exposição de sinais. Uma geometria
Que me liga ao saber acumulado.
in 'Sol a Sol'
31 maio 2017
30 maio 2017
Sobre as mudanças nas leis eleitorais mas...
... guardando
a artilharia pesada
a artilharia pesada
Parece que, por falta de melhor assunto, o PSD nas suas Jornadas Parlamentares decidiu repescar as ideias da redução do número de deputados e do voto preferencial. Como, por agora, não falaram nos famigerados círculos uninominais (sejam eles de candidatura ou de eleição), não vou hoje buscar aqui a uma estante a artilharia pesada que, desde há mais de 20 anos, tenho guardada para quando, e se, a batalha for a sério.
Mas como estas duas propostas do PSD deram logo origem a fórum da TSF onde se ouviram muitas das inanidades, superficialidades e sofismas do costume, não quero deixar de observar o seguinte:
Quanto à redução do número de deputados é bom que se saiba (é só ver o que aconteceu quando o seu número desceu de 250 para 230) que esta nunca afecta por igual todos os partidos mas sim, de forma mais acentuada e gravosa, os mais pequenos por causa dos efeitos do método de Hondt quando aplicado, como é o nosso caso, à escala de 18 distritos, 2 círculos de emigração e 2 Regiões Autónomas.
Já quanto ao chamado «voto preferencial» permito-me apenas reproduzir na íntegra o post que publiquei aqui em 20 de Outubro de 2014. Rezava assim:
27 maio 2017
26 maio 2017
As célebres «ordonnances»
Saiba como Macron
pretende governar
pretende governar
[
não, as «ordonances» não são ao mesma coisa que o recurso ao famigerado
49-3 da Constituição francesa. Enquanto o recurso à alínea deste
artigo, permite ao governo passar completamente por cima da Assembleia
Nacional, com a única consequência de poder ter de suportar uma moção de
censura, já o governar por «ordonnances» consiste em obter da Assembleia uma autorização legislativa para poder governar por decreto até em matérias da competência da Assembleia.]
A revista «Politis» explica a coisa:
(clicar para aumentar)
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