Como já se esperava, o ultra-liberal Emanuel Macron ganha a 2ª volta das presidenciais francesas com uma percentagem em grande parte devida a votos de rejeição da fascista Marine Le Pen e esta quase duplica a votação da 1ª volta, o que consagra a sua «aceitabilidade» e o êxito da sua táctica de «desdiabolização» e pode reflectir-se na sua capacidade de mobilizar votos nas 2ªs voltas das legislativas. Nunca esquecendo que o que define a real influência dos partidos é os que obtém na 1ª volta das legislativas, o que fica por saber é se Macron forma um partido e que resultados terá, como reagirão internamente os Republicanos e o PSaos resultados da 1ª volta e se as tensas negociações entre Melechon e o PCF sobre candidaturas comuns àslegislativas.
Na sua coluna dominical do Público, Vicente Jorge Silva desfere hoje uma catilinária doentia e tresloucada sobre uma alegada posição de Mélenchon sobre a segunda volta das presidenciais francesas, procurando sobretudo atingir o PCP e o Bloco, como se vê por este dementado parágrafo: « Seguindo na esteira de Mélenchon que, obnubilado pelo seu notável resultado na primeira volta, recusou assumir pessoalmente uma orientação de voto para a segunda volta, os aliados de António Costa no governo insistiram em colocar mesmo plano [aonde, senhor Vicente ?] o europeista Macron e a xenófoba Le Pen como como se ambos fossem a mesma coisa»
Ora, para além de tudo mais que o desprezo me obriga a deixar de lado, Vicente Jorge Silva está desactualizado e não deu por esta declaração de Mélenchon em 28 de Abril:
(clicar para aumentar)
Ler também aqui Ricardo Paes Mamede no «ladrões de bicicletas»