29 setembro 2013

Antes fosse só serradura na cabeça

«Bola preta» para o Público

Até pode ser que a parte cercada a vermelho deste subtítulo do Público de hoje não influencie nem um único voto nas eleições de hoje. Mas nem por isso deixa de merecer ficar, se não for coisa pior, como um acto de ligeireza, imponderação e falta de cultura democrática. Se, por extrema patetice ou descarada má-fé, tivesse sido a manchete, muito mais gente teria notado este perfeito despautério em dia de votação. Mas, para mim, do ponto de vista dos princípios democráticos e do bom senso, é a mesma coisa.

E neste domingo, lembrando o caminho de pedras da Humanidade

 Gilberto Gil em
Quilombo, o El Dorado Negro




Uma belíssima série de fotografias



mais fotos aqui

28 setembro 2013

27 setembro 2013

Perto de um mihão só existe no papel

Retrato de uma
prolongada aberração


O país tremeu e...

... eu já não vou
conseguir dormir esta noite



«P.S.: O Tribunal Constitucional  constitucionalizou ontem a velha máxima  de que «a antiguidade é um posto». A irracionalidade chegou a tal ponto que eu, que tenho defendido que o problema é mais a interpretação da Constituição do que a sua letra, começo a achar que a Constituição é mesmo um obstáculo   inamovível no caminho das mais ténues reformas».(José Manuel Fernandes, hoje no «Público»)

Onde está o Wally ?

Sempre colaborando
com as autoridades



Qualquer pilha-galinhas teria,
pelo menos, pulseira electrónica.

26 setembro 2013

Para a Grande História da Indecência

O Zorrinho abstencionista saúda o
resultado do trabalho dos outros


Acrescente-se só que o PS se absteve neste gravoso diploma e que não foram os seus deputados mas o do PCP, do BE e dos Verdes que pediram ao TC a apreciação da inconstitucionalidade destas normas. Ler mais aqui. Em suma, a três   dias das eleições, o líder parlamentar do PS resolver mudar o nome para Carlos Cuco Zorrinho.

O rigor é uma grandessíma chatice !

Uma distorção com
alguma dose de perversidade



Tal como noutras ocasiões de um passado recente mas agora talvez mais intensamente, todos nós já ouvimos e lemos nos jornais, rádios e televisões, a respeito das próximas eleições autárquicas, milhares e mihares de referências às «listas de independentes» ou às «candidaturas de independentes».

Embora possa passar por chato e  miudinho e me esteja a colocar em frente a um Alfa Pendular em movimento, entendo útil lembrar que estas formulações, podendo em parte compreender-se por  atavismo ou razões de facilidade ( a opção é entre três ou sete palavras), representam uma distorção semântica que induz em confusões perversas.

Na verdade, como se poderá ver em baixo, não há nem na Constituição nem na Lei Eleitoral para as Autarquias nesta matéria qualquer referência a «independentes» falando-se sim em candidaturas apresentadas por «grupos de cidadãos eleitores» (fala-se sim de «independentes» mas a respeito da sua inclusão nas listas propostas por partidos, o que no caso presente das listas da CDU representam cerca de 40% dos seus candidatos). E, juridica e politicamente, não podia ser de outro modo porque em caso algum poderia ser vedado a um cidadão filiado num partido um direito concedido a outros que o não sejam.

Se estou disposto a conceder que a generalização destas referências aos «independentes» nos media se deve ou a atavismo ou razões de facilidade de expressão, já considero entretanto gravíssimo que uma entidade como a Comissão Nacional das Eleições ostente dentro do seu sítio uma página assim:


ver aqui

P.S.:
Como há uma lista  que se chama
«Cidadãos por Coimbra» , aproveito
para, sustentado no conhecimento
pessoal de muitos, informar que
as listas dos partidos também são
constituídas por cidadãos
,
não vá alguém pensar que 
são integradas por extra-terrestres.

________________
Constituição:-



Lei Eleitoral para as Autarquias Locais

30-organismos-30 !!!

Confesso a minha inveja do homem
para quem o dia devia ter 48 horas



Público online

P.S.: a confissão que está no título é evidentemente irónica ou retórica porque, na verdade, na minha idade e estado de espírito era uma grande chatice o dia ter 48 horas e, quanto aos 30 organismos também a coisa não me conviria porque, qual cientista distraído, o mais certo era estar sempre a saltar do set de um filme de romanos para um de western ou a imitar aqueles Presidentes dos EUA que, quando desembarcam na América Latina, logo trocam os nomes dos países a que chegam.