31 outubro 2012

Votação na generalidade do OE-2013

Hoje à tarde, frente à A.R.






Para escapar às manifestações

Desculpem lá mas raios 
partam estes abstencionistas !

Debate OE2013

Maioria antecipa sessão de encerramento do Orçamento para "ganhar tempo"

31.10.2012 - 14:17 Por PÚBLICO

    Ainda a treta da «refundação»

    Quando a falta de escrúpulos
    beneficia da morte do espírito crítico





    Prezados leitores, este post só pode ser lido como a continuação do anterior. Desde logo porque o título acima do Público confirma os meus piores temores sobre a reacção do PS à manobra lançada pelo PSD sobre a famosa «refundação» do memorando.


    É claro que, em vez de fazer um silêncio de chumbo,  também eu escrevi sobre a tal nebulosa «refundação» mas quero crer que a diferença está no que se escreve. Uma coisa é certa: não tenho a menor dúvida de que para 97% dos portugueses a questão da chamada «refundação» é autêntico mandarim a anos-luz do brutal assalto fiscal que se desenha e prepara, das sombrias e amargas dificuldades de vida que se perfilam, dos dramas e sofrimentos que que, a cada mês que passa e passará alastram convulsivamente na sociedade portuguesa.

    E, no entanto, foi possível a um primeiro-ministro lançar um termo e um tema, nunca até hoje  ter explicado o que significava e pôr meio mundo e o outro a girar à volta dele quando a principal coisa que tal invenção mereceria era quando muito, uma exigência nacional e sobretudo dos media de que se explicasse em linguagem de gente, quanto mais não seja porque o tempo e a situação não estão para filigranas semânticas.

    Dito isto, talvez se justifique um pequeno acrescento ao diálogo antes publicado entre Passos Coelho e Miguel Relvas:



    30 outubro 2012

    Estão a gozar connosco ou...

    ... uma coreografia manhosa,
    insolente e de mau gosto


    No passado dia 23 de Outubro, Octávio Teixeira escreveu luminosamente no Diário Económico, referindo-se ao governo:

    «(...) O objectivo será o de dar alguns meses para, mostrando o desastre que eles próprios provocaram, ludibriarem que a resolução do problema do défice passa pela substancial redução das funções do Estado. O que "justificaria" a privatização de mais empresas e maiores reduções salariais e despedimentos, mas também o desmantelamento dos serviços públicos de saúde, educação e Segurança Social, a espinha dorsal de um Estado social. Desde sempre o propósito nuclear deste Governo. (...)».

    É a isto e só a isto que vem esta coreografia manhosa, insolente e de mau gosto sobre a «refundação» não sei de quê que Passos Coelho, pairando olimpicamente sobre  os reais problemas e ameaças que infernizam a vida dos portugueses, tirou da cartola.

    Temo que seja grande a tentação do PS de, por via do famoso «sentido de responsabilidade», aceder a este «diálogo» na esperança de que assim conquistará um pé de microfone  onde, por uma vez, talvez debite que não há nada para ninguém.

    Creio porém que, na dramática situação que os portugueses e o país vivem, a única atitude digna e honrosa seria deixar o governo a falar sózinho e mandá-lo dar uma volta ao bilhar grande.


    29 outubro 2012

    Novo álbum

    Hands of Glory
    de Andrew Bird


    Andrew Bird a 10/11 na Aula Magna)

    Correia de Campos sem pingo de vergonha ou...

    ... mais arsénico e rendas velhas



    Eu sou o primeiro a saber que esta discussão já cansa, daí o título do post, mas o que é que querem ? Eles voltam sempre ao mesmo e eu não tenciona deixar-me vencer pelo cansaço. Acontece que, pela sétima ou oitava vez, em artigo no Público de hoje, António Correia de Campos dedica um ponto ao «masoquismo» que arranca assim: «Como se sentem os dois partidos da extrema-esquerda com o o Governo de direitas que ajudaram a entronizar ?. Se calhar já não se lembram de que foram eles que se disponibilizaram perante a direita para derrubar Sócrates. Sem pingo de vergonha, pensarão o quê ? Quanto pior, melhor ? (...)».

    Sem novidade de argumentos, dirijo a Correia de Campos (e aos do costume)






     Sobre este assunto e sobre Correia de Campos

     mais aqui, aqui, aqui e aqui.

    O mau perder ou ...

    ... quando vale 
    tudo até  tirar olhos


    Pois, é esta a manchete deste jornal de S. Paulo desonestamente concebida para desvalorizar a vitória do candidato do PT Fernando Haddad (Nadia Campeão, do P.C. do B., será vice-prefeita). Aqui a esta distância, quase que juro que jamais este jornal fez semelhantes manchete e contas a propósito de qualquer das várias vezes em que José Serra ganhou eleições em S. Paulo.

    Graças a Pacheco Pereira

    LaughJohnLaugh
    e o seu The Unemployed Blues



    (ideia inteiramente  copiada do programa Ponto Contraponto de Pacheco Pereira, ontem na SIC Notícias, infelizmente sem as legendas em português).

    The Unemployment Blues 

    Thought I could do it better I could do it all
    Little did I know I was headed for a fall
    I put in the trouble, I put in the sweat
    Got the job I wanted, bought a new Corvette
    seven years in college, to achieve my dream
    Never thought I'd end up, with food stamps to redeem

    I've got the blues …
    I was laid off last week don't know what I will do
    I'm gonna go on line with the unemployment blues

    I've got the blues ...

    To sing I am unable to beg I am too proud
    not strong enough to dig a ditch or drag a plow
    got no money, got no job,
    what can I do different? on the sofa like a slob
    looking for a job the city seems so cold,
    for all my applications no one ever phones

    I've got the blues …
    I was laid off last week don't know what I will do
    I'm gonna go on-line with the unemployment blues

    I've got the blues ...

    I worked hard for 3 years before I got laid off
    The boss still owes me money, times are really tough
    then someone knew somebody, wanted to see me
    (But) I chose the wrong direction, saw Queen's in misery
    got a one-way ticket to the line around the block
    I'm going to write a song called the unemployment rock

    I've got the blues ...

    Got a one way ticket to the line around the block
    I'm going to write a song called the unemployment rock



    28 outubro 2012

    E hoje a portuguesa radicada na Holanda

    Maria Mendes








    Santos Juliá no «El País»


    «(...)Hace ahora seis años, en 2006, los veinticinco gestores de fondos de cobertura (hedge funds) mejor pagados de Estados Unidos se embolsaron un total de 14.000 millones de dólares, tres veces la suma de los sueldos de los 80.000 maestros de escuela de la ciudad de Nueva York (Paul Krugman, ¡Acabad ya con esta crisis!, página 84). Llevamos digeridas tantas cifras aberrantes sobre los “baños de oro”, como diría Enric González, en que han alegremente chapoteado los causantes de esta crisis, antes, durante y después de haberla desencadenado, que nada sorprende ya si no se repite una y otra vez: 25 tipos, 25, ganaron en un año, administrando fondos de cobertura, tres veces más —tres veces más— que 80.000 maestros, 80.000, de Nueva York.
    Que un individuo que maneja fondos de inversión pueda rapiñar en un año una cantidad de dinero tres veces superior a lo que ingresan por su trabajo más de 3.200 profesores de primaria es un hecho que, aparte de sus devastadores efectos económicos, tiene una dimensión política y moral que Krugman define como parálisis de la capacidad de responder con eficacia a la crisis que inevitablemente habrá de desencadenar este aumento inaudito de la desigualdad. Es evidente que sociedades en las que los derechos sociales cumplen su función redistributiva de la renta, y reductora por tanto de los niveles de desigualdad, responden con mayor eficacia a las coyunturas de crisis porque aseguran un mínimo de cohesión y solidaridad social. Cuando la desigualdad se dispara, el clima político y las actitudes morales ante las crisis se degradan en la forma de un sálvese quien pueda que, entre nosotros, ha llevado a responsables de cajas de ahorros a embolsarse decenas de millones de euros mientras sus entidades se declaraban en bancarrota.(...)
    [continuação aqui]