23 junho 2012

Claro que há sempre o alibi do costume

Quem o leu e quem o vê

Imodéstia à parte, já me tinha lembrado muitas vezes disto que o Expresso hoje refere a respeito das posições sobre a Europa de Paulo Portas. Acontece que nunca aqui tratei do tema porque  tinha o projecto cansativo e trabalhoso de o fazer com vasta documentação ou citações probatórias. Como continuo indisponível para semelhante canseira, aqui deixo a pista para algum desocupado de que é só ir a uma hemeroteca e  consultar a carrada de artigos de página inteira que Paulo Portas escreveu no Independente sobre questões europeias. Garanto-vos de memória que o resultado vai ser uma delícia. Dito isto, é claro que sei muito bem que foi para casos destes que se inventou a desculpa, o alibi ou o truque de que «só os burros não mudam de opinião». Pois.

O maior murro numa política desumana

E continuam a dormir 
bem, senhores governantes ?




(na 1ª página do Expresso)



Sangue na Gutemala

Granito: How to Nail a Dictator



                       um documentário de  Pamela    Yates, Paco de Onís e Peter Kinoy

«In a stunning milestone for justice in Central America, a Guatemalan court recently charged former dictator Efraín Rios Montt with genocide for his brutal war against the country’s Mayan people in the 1980s — and Pamela Yates’ 1983 documentary, When the Mountains Tremble, provided key evidence for bringing the indictment. Granito: How to Nail a Dictator tells the extraordinary story of how a film, aiding a new generation of human rights activists, became a granito — a tiny grain of sand — that helped tip the scales of justice».

Em exibição na cadeia norte-americana de serviço público de televisão PBS de 28 de Junho a 29 de Julho.

22 junho 2012

Mineiros das Astúrias

27º dia de greve e
arrancada para Madrid



«Los mineros ya caminan hacia Madrid. Unos 180 trabajadores de la minería han partido a las diez de la mañana desde Mieres, en Asturias, Villablino y Bembibre, en León, y Andorra en Teruel. Las diferentes grupos han sido despedidos con el aplauso de miles de familiares y vecinos. Después de 19 etapas, tienen previsto llegar a la capital el 11 de julio. Esta es una más de las acciones que estás llevando a cabo para protestar por los recortes en las ayudas al carbón.(...)»- aqui com video em El País.




Victor Manuel em «Carta de un minero»

No «El País»

O olhar de Charlotte Rampling

vídeo aqui

21 junho 2012

Bela vitória

Não poderíamos contratar o
Ronaldo para dar uma cabeçada
assim na austeridade ?




Uma pessoa está sempre a aprender ou...

... desafio fácil aos leitores


Esta é a foto do momento mais solene do juramento de Antonio Samaras como primeiro-ministro da Grécia. Tradições histórico-culturais à parte, aos nossos olhos o que é que há de mais estranho ou insólito nesta foto?

Gerúndio em neologismo

Zorrinhando


Já a noite ia alta, ouvi ontem na TSF, o líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, após reunião do seu grupo na AR, anunciar a abstenção do PS na moção de censura do PCP acrescentando que ela não contribui «para a solução dos problemas nacionais». O argumento começa por ser estúpido porque, que eu saiba, o PCP não atribuiu uma finalidade tão directa e imediata ao seu recurso a este instrumento parlamentar, antes o apresentando como a projecção e tradução para as instituições do movimento de áspero descontentamento e viva indignação em relação ao governo e à sua política. 
Teria feito bem melhor Carlos Zorrinho em não recorrer a esse argumento. É que assim sujeita-se a que eu diga ironicamente que, como todos sabemos e vemos, já as importantes convergências do PS com o PSD e o CDS bem como as suas ocasionais mas frequentes abstenções violentas, essas sim tem sido grandes contribuições para a solução dos problemas nacionais, como se vê desde  primitivo memorando com a troika à legislação laboral, passando pelo Tratado Orçamental e por aqui me fico num rosário que seria tristemente longo. Como todos sabemos e vemos, aí ou de cada vez que Seguro ou um qualquer Zorrinho abre a boca vemos logo o desemprego a baixar, o crescimento económico do país a arrancar, os direitos dos trabalhadores a serem protegidos e o desespero e amargura que percorrem grande parte da sociedade portuguesa a esvairem-se ligeiramente.
Vá lá, Zorro da minha infância, salta das páginas dos quadradinhos ou do ecrã dos cinemas e vem castigar estes zorrinhos.

O direito às pequenas maldades

Eu cá teria antes escrito assim !