14 março 2012

Haja decoro e bom senso

Quando Fernanda 
Câncio entra em órbita



Com um atraso de dois meses e meio, só agora reparo que escrevendo aqui sobre «a legião de órfãos» que as eleições de 5 de Junho terá criado, Fernanda Câncio regouga a certo passo (sublinhado meu):«seguem-se pcp e be, forçados agora a defrontar-se com a direita que ajudaram a pôr no poder e a, no processo, terem de defender (horror) aquilo que antes vilipendiavam -- a obra dos governos ps -- numa das cambalhotas mais tristemente cómicas da história portuguesa recente

Sobre isto, que me dá mais dó que outra coisa, apenas três cordatas, elegantes e respeitosas observações:

1. Insista Fernanda Câncio quanto quiser no tópico mas essa do PCP e BE que ajudaram a pôr a direita no poder só para quem estivesse estado na Lua nos idos de Março de 2011 porque quem andava por cá sabe muito bem que o PCP e o BE, que tinham votado contra os três anteriores, não podiam votar o PEC IV e que essa missão competia quando muito ao PSD com quem o PS tinha andado "alcovado" durante três PEC's e vários Orçamentos.

2. Em ligação com o ponto anterior, recordo que só em 30.12.2011 (e nunca antes, está quieta) é que Fernanda Câncio escreveu isto (sublinhado meu):«A segunda lição do ano é para o PS. Como todos os partidos de centro-esquerda no poder quando a crise do euro levou a UE a mudar radicalmente a orientação das políticas, do hiper-investimento que foi a sua reacção ao crash financeiro mundial para a austeridade e a obsessão com os défices e as dívidas, cometeu o erro de não exprimir o seu desacordo e de não procurar dentro da União parceiros nessa oposição. Assumir as medidas de austeridade como suas e até como boas foi uma ingenuidade voluntarista que pagou, à bruta, nas urnas.». Não sei se era a isto que F. Câncio queria que PCP e BE ficassem associados e amarrados.
3. É certo que hoje em dia já não sou uma pessoa tão bem informada como fui em tempos passados mas ainda assim, acho que se o PCP andasse a defender «a obra dos governos PS» eu teria indiscutivelmente dado por isso.

Recital só sobre poemas de Blas Otero

Paco Ibañez, sempre


Na próxima quinta-feira, em Bilbau, realiza-se um recital de Paco Ibañez inteiramente baseado em poemas de Blas Otero (1916-1979), celebrando o dia do nascimento deste grande poeta espanhol.





Me Llamarán
de Blas Otero
Me llamarán, nos llamarán a todos.
Tú, y tú, y yo, nos turnaremos,
en tornos de cristal, ante la muerte.
Y te expondrán, nos expondremos todos
a ser trizados ¡zas! por una bala.


Pero tú, Sancho Pueblo,
pronuncias anchas sílabas,
permanentes palabras que no lleva el viento...


Escrito está. Tu nombre está ya listo,
temblando en un papel. Aquel que dice:
abel, abel, abel ... o yo, tú, él ...


Bien lo sabéis. Vendrán
por ti, por ti, por mí, por todos
Y también
por ti.
(Aquí
no se salva ni dios. Lo asesinaron.)

Copianço descarado e propositado

Magnífico Pedro


Pedro Penilo no «cinco dias»

12 março 2012

Ler, parar e pensar

Chamada de 1ª página ...


... no Público de hoje que dedico com especial carinho a todos quantos tenham pensado que eu era exagerado, miserabilista e catastrofista quando, em 21.10.2011, aqui dei destaque a uma notícia de L' Humanité baseada num estudo publicado na prestigiada revista médica The Lancet.

Há 90 anos nascia

Jack Kerouac


 Jack Kerouac em Nova Iorque, 1953.
(Foto de Elliot Erwitt)

Allen Ginsberg, Jack Kerouac e Gregory
Corso  em Greenwich Village, 1957 
(Foto de Bruce Davidson)
Aqui
, em
Slate.com, slideshow da Magnum

sobre Kerouac e a «beat generation».



11 março 2012

Hoje, em 60 cidades

Arriba la España del trabajo!




 Barcelona
 Barcelona
Valência

"Eles" sabem o que fazem

Individualização e atomização igual a enfraquecimento e desprotecção
Manchete do Público de hoje:
não é preciso dizer mais, pois não ?