23 janeiro 2012

Faltam só 18 dias


Por uma vasta energia mobilizadora
que transforme  o Terreiro do Paço no
Terreiro do povo e da sua razão




outros pontos de concentração

Martim Moniz
Santa Apolónia
Cais do Sodré

que cada um perceba e  sinta 
qual é o desafio que esta manifestação
coloca e não poupe nada para o vencer. 

Ainda veremos Seguro a falar assim

Eleições: a quanto obrigam



Primeira página do
Libération de hoje

O mundo habituou-se ?


Talvez, mas são 10 anos de infâmia



A ler aqui na Vanity Fair
Ali Sher Hamidullah (Uzbek), I.S.N. 455.
Detained in 2002; released in 2010.
Photographed in Geneva, 2011

Slideshow sobre outros detidos
 e libertados sem julgamento aqui

22 janeiro 2012

Terminando o dia com

Carlos Santana
ao vivo no Montreux/2011



Watch Santana - Live at Montreux 2011 on PBS. See more from pbs.

Faça o gosto ao dedo ou...

...interactividade de domingo


Se não comprou o Público, aproveite este magnifico desenho de João Fazenda hoje estampado na primeira página do jornal (aqui com uma pequena minha alteração) e escolha o seu próprio cognome para Cavaco Silva. Basta usar um marcador lavável aí no ecrã do seu computador. Não se esqueça que Maria de Belém lhe chamou de «o Professor»,  Manuela Ferreira Leite de  «o Estadista», Lídia Jorge de «o Crente», Jaime Nogueira Pinto de «o Prudente» e Octávio Teixeira de «o Incoerente»

E, para o seu domingo, descobrindo o espanhol

Carles Dénia



do seu último álbum 
El Paradís de les Paraules

baseado em poetas árabes valencianos
e considerado pela revista
Sons,
 o melhor disco folk em língua catalã


Seguiu-me Al Desert, Amics
 
 Si de vora meu un dia

21 janeiro 2012

Quem é amigo, quem é ?

Para passoscoelhar o seu fim-de-semana


Porque hoje é sábado (319)

Bert Jansch
e os Pentangle


A sugestão musical de hoje evoca

 o grande guitarrista escocês Bert Jansch

 (falecido em 2011 ) e a sua banda Pentangle.


 




20 janeiro 2012

A última cavacada

Bem lida, a notícia
dispensa comentários


[esta foto - do tempo da Grande Depressão nos EUA - ilustra o que parece ser o pesadelo nocturno mais recorrente de Cavaco Silva nos tempos que correm]

No
Público online: Neste momento já sei quanto é que irei receber da Caixa Geral de Aposentações. Descontei quase 40 anos uma parte do meu salários para a CGA como professor universitário e também descontei durante alguns 30 anos como investigador da Fundação Calouste Gulbenkian e devo receber 1300 por mês, não sei se ouviu bem 1300 euros por mês”, disse Cavaco, olhando o jornalista. “Tudo somado, o que irei receber do Fundo de Pensões do Banco de Portugal e da Caixa Geral de Aposentações quase de certeza que não vai chegar para pagar as minhas despesas porque como sabe eu também não recebo vencimento como Presidente da República”, disse Cavaco.
Porém, o Presidente da República não esclareceu o valor da pensão relativa ao Banco de Portugal (BdeP).
Mas uma fonte não oficial do Banco de Portugal assegurou ao PÚBLICO que Cavaco Silva nunca deixou de descontar para o fundo de pensões do BdeP. Está acima do nível 18, o que equivale a uma pensão entre os 4.000 e os 6.000 euros por mês.

Refira-se que a pensão máxima do Banco de Portugal ronda os 8.000 mil euros.

Há precisamente um ano, o chefe de Estado decidiu prescindir do seu vencimentos como Presidente da República, no valor de 6.523 euros, e hoje, em declarações aos jornalistas, no final de uma visita ao gabinete do munícipe da Câmara do Porto, Cavaco fez questão de referir que não recebia qualquer vencimento pelas suas funções.»



Apenas um P.S. com três  notas: a primeira é que não dá para acreditar que quem, para além do mais, foi primeiro-ministro durante 10 anos e se reformou ainda pelo sistema antigo receba da C.G. de Aposentações uma reforma de 1.300 Euros; a segunda, é que, como se sabe, Cavaco Silva pertence ao grupo de portugueses que consegue ter duas reformas (há quem tenha 3), coisa a que 99,8% dos reformados portugueses nunca conseguiram aceder e que a mim me dava também muito jeito; a terceira é que fui dos raros bloggers que teve a coragem de se demarcar e criticar a lei que impôs que o Presidente da República Aníbal Cavaco Silva tivesse de exercer as suas funções pro bono.

Mais uma saborosa crónica em «El País»


Desgobierno
por Juan José Millás


«En efecto, del Costa Concordia se decía lo mismo que de nuestra banca: primero, que era imposible que un buque de esas características se hundiera; segundo, que, de hundirse, era imposible, dados sus modernos sistemas de salvamento, que hubiera víctimas; tercero, que, de haber víctimas, la primera sería el capitán. Pero resulta que se hundió, que hubo víctimas y que el capitán salió por piernas abandonando a los pasajeros a su suerte.
Nos dijeron que era imposible que nuestra banca tuviera problemas; que, de tenerlos, era imposible que hubiera víctimas; que, de haberlas, las primeras serían sus directivos. Pero nuestra banca tuvo problemas, hubo víctimas y los directivos fueron los primeros en abandonar la nave con indemnizaciones millonarias. La diferencia entre un asunto y otro es que el capitán del Costa Concordia está preso mientras que los capitostes de los bancos encallados o hundidos se encuentran en paradero desconocido, disfrutando del dinero que se llevaron al tiempo de gritar sálvese quien pueda.
Dinero de nuestras comisiones, claro, pero no solo de ellas. Durante los llamados años de bonanza vendieron productos bancarios incomprensibles a personas que confiaron en el director de la sucursal de su barrio y que ahora han perdido todos sus ahorros; concedieron a sus clientes más vulnerables créditos que no podrían devolver a sabiendas de que no los podrían devolver, prevaricando hasta el paroxismo, signifique lo que signifique paroxismo; sobrevaloraron los inmuebles por los que se otorgaban las hipotecas, infravalorándolos luego a la hora de ejecutarlas. Realizaron, como el capitán del Costa Concordia, todas las maniobras desaconsejadas por los manuales de navegación y fueron los primeros en ocupar los botes salvavidas. Fiscales, jueces, defensores del pueblo, ¡suban a bordo y hagan algo, coño!»