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21 setembro 2012

Conselho de Estado

Reunião "histórica" 
mas por causa do "intruso"


Eu sei que  até o Vasco Pulido Valente e porventura outros já manifestaram a sua estranheza mas neste ponto não me importo nada de os imitar.
Na verdade, reúne hoje o Conselho de Estado e, pela primeira vez na sua história, com a audição ou participação em parte da reunião, de um ministro - neste caso, o das Finanças - que não é membro deste  órgão político de consulta do Presidente da República.
Não sei se a original  ideia foi de Cavaco Silva ou de Passos Coelho mas o que resulta desta presença insólita do ministro das Finanças é, para mim, uma notória desqualificação e menorização do prmeiro-ministro que é membro do Conselho por inerência constitucional.
Face a isto, tenho o direito de pensar  que ou Vítor Gaspar não foi capaz de escrever um argumentário que servisse para a intervenção e respostas a perguntas por parte de Passos Coelho ou este entendeu que não era capaz de o assimilar.
De qualquer  modo, perdoem o desabafo que alguns acharão excessivo, mas vejo esta ida de Vítor Gaspar ao Conselho de Estado como uma espécie de símbolo do que se costuma chamar «a ditadura das Finanças» (termo que não está necessariamente ligado a regimes ditatoriais).
Entretanto, deixo aqui um apelo aos membros do Conselho de Estado hoje reunido: por favor, lembrem-se que são apenas (o que não é pouco) um «órgão político de consulta» do PR e não se ponham a emitir ou assinar, como há tempos aconteceu, um comunicado final com vastas considerações políticas, designadamente com apelos ao «consenso político e social», coisa que aliás só podem fazer porque, como é sabido, há certas «lacunas» na actual composição do Conselho de Estado.
E, por fim, ainda quanto à ida de Vítor Gaspar ao Conselho de Estado, eu não desejo nenhuma revisão constitucional mas futuramente, se e quando ela acontecer, talvez seja de ponderar estas alterações (a castanho):
Entretanto, 
hoje à tarde em Belém foi assim


30 janeiro 2015

Não sou professor e também não entendi

Por uma vez de acordo 
com Vasco Pulido Valente


(...)
De qualquer maneira, a pergunta da PACC em que os professores mais falharam acabou por ser a seguinte: “O seleccionador nacional convocou 17 jogadores para o próximo jogo de futebol(para que seria?). Destes 17 jogadores, 6 ficarão no banco como suplentes. Supondo que o seleccionador pode escolher os seis suplentes sem qualquer critério que restrinja a sua escolha, poderemos afirmar que o número de grupos diferentes de jogadores suplentes (é inferior, superior ou igual) ao número de grupos diferentes de jogadores efectivos.” Excepto se a palavra “grupo” designar um conceito matemático universalmente conhecido, a pergunta não faz sentido. Grupos de quê? De jogadores de ataque, de médios, de defesas? Grupos dos que jogam no estrangeiro e dos que, por acaso, jogam aqui? Não se sabe e não existe maneira de descobrir ou de responder. O dr. Crato perdeu a cabeça.
(...)
Uma pessoa pasma como indivíduos com tão pouca educação e tão pouca inteligência se atrevem a “avaliar” alguém.»

26 outubro 2012

Muito gostam eles da expressão

Pergunta e contra-pergunta


... pergunta hoje no Público Vasco Pulido Valente, dizendo no texto que quem levantou a questão foi Vítor Gaspar.Anotando de raspão  que esta expressão «Estado providência» não é neutral nem inocente (nunca percebi como é que Welfare State [Estado de bem-estar»] ganhou a tradução para «Estado providência»). o que me parece é que a pergunta que importaria fazer não é aquela mas esta:


01 setembro 2012

Polémica Manuel Loff- Rui Ramos ou...

... quando o assunto 
chega a Filomena Mónica

Ao coro direitista e anexos que se tem juntado em defesa de Rui Ramos contra os justas observaões de Manuel Loff. chegou hoje a vez, através de artigo no Público da historiadora ( e fala-barato) Maria Filoménica Mónica. Como era de prever, aos quesitos essenciais em debate , a senhora nada tem para dizer de novo, mas diz algo muito de greve e que não pode passar em claro. Afirma, por exemplo. que «dada a sua reputação, espanta-me que a direcção do do Público tenha dado voz a alguém como Manuel Loff, que assina-se, note-se. como historiador, . Melhor seria ter usado a palavra militante , pois os textos que aqui publicou, revelam uma fanatismo que eu julgava ultrrapassado na disciplina».


Neste ponto, obviamente que Maria Filomena Mónica se esquece que Rui Ramos também assina como historiador e nem por isso deixa de espalhar por diversos meios de comunicação as suas opiniões sobre os mais diversos assuntos e que ela própria, apresentada como socióloga ou como historiadora, nem por isso deixou de opinar no DN sobre o relevantíssimo tema dos penteados de Passos Coelho e de Vítor Gaspar.


Acrescenta  Filomena Mónica  que «nunca ouvira falar de Manuel Loff e teria vivido bem sem com ele me ter cruzado nas páginas deste jornal. Suponho que a direcção do jornal não o chama à pedra devido ao medo de ser acusada de censura». Pena, para a matéria em apreço. que Mónica não tenha lido o essencial ensaio de Manuel Loff intitulado «O Nosso Século é Fascista - Mundo Visto por Salazar e Franco (1936-1945)».

E Filomena Mónica  ainda conclui a sua crónica sentenciando que «só tenho pena que o meu jornal tivesse sido o veículo através do qual um «historiador» tenha podido mentir com  impunidade», o que constitui um indisfarçável apelo ao saneamento de Manuel Loff como colunista do Público

Ora, a este respeito, convém lembrar que, uma vez em entrevista José Manuel Fernandes anunciou com todas as letras que o jornal previligiava  as opiniões de pessoas do «bloco central», que salvo outras colaborações esporádicas, Manuel Loff é o único colunista de esquerda e quinzenal ( Paulo Rangel, Correia de Campos, Francisco Assis  e Pacheco Pereira são semanais) e que, em pouco mais de 20 anos de existência,  o Público só teve dois colunistas semanais comunistas - o Luís Sá e eu eu proṕrio, cerca de um ano cada um.

Mas, para a douta Maria Filomena Mónica, estará tudo bem assim e não poderia ser de outra maneira, como diria o ditador de Santa Comba.
(Os eventuais interessados numa matéria mais vasta que a abordada na polémica Manuel Loff-Rui Ramos, ou seja,  a natureza e qualificação do regime vigente de 1926 a 1974, podem visitar os revisitar aqui e aqui os meus artigos no Público em 2007 em  polémica aberta com Vasco Pulido Valente.)

07 novembro 2015

Os 115 e...

... a oitava praga do Egipto

Graças à crónica de Vasco Pulido Valente hoje no Público fiquei a saber que os 115 grandes empresários (qual empresas familiares, qual carapuça !) que publicaram um recente manifesto de apoio à direita ainda diminuidamente governante, para além de ameaçarem com as sete pragas do Egipto, ainda rosnaram que há «o facto de dois dos partidos que podem formar governo serem estatutariamente anti-iniciativa privada».
Sobre isto, apenas duas observações:

1. No Programa do PCP, pode ler-se quanto à fase da democracia avançada:

(....) 3. Para garantir este projecto de desenvolvimento económico, torna-se necessária uma organização económica mista, liberta do domínio dos monopólios, com sectores de propriedade diversificados e com as suas dinâmicas próprias e complementares, respeitadas e apoiadas pelo Estado, designadamente:
– um Sector Empresarial do Estado – empresas nacionalizadas, públicas, de capitais públicos e participadas – dinâmico, integrado e eficiente, abrangendo designadamente a banca e seguros e outros sectores básicos e estratégicos da economia (nomeadamente na energia, na indústria, nos transportes, nas comunicações), com uma estrutura empresarial diversificada, e desempenhando um papel determinante no desenvolvimento das forças produtivas e na aceleração do desenvolvimento económico;
– um sector privado constituído por empresas de variada dimensão (na indústria, na agricultura, na pesca, no comércio, que uns anosnos serviços), destacando-se as pequenas e médias empresas pela sua flexibilidade e pelo seu peso na produção e no emprego, e as pequenas e médias explorações agrícolas, nomeadamente as familiares, pelo seu papel na produção agrícola e pecuária e na preservação do mundo rural;
E, quanto ao socialismo, pode ler-se:
«(...) na organização económica, a propriedade social sobre os principais meios de produção, uma direcção planificada da economia combinada com a iniciativa e directa intervenção das unidades de produção e dos trabalhadores, a coexistência de formas de organização estatais, autogeridas, cooperativas, colectivas, familiares e individuais, com empresas privadas de diversa dimensão (...)
2. Porque a memória é consabidamente curta, até aposto entre os 115, devem estar muitos daqueles que, há uns anos, assinaram um manifesto em defesa dos «centros de decisão nacional»  e, logo a seguir venderam uma data de empresas a estrangeiros.

15 junho 2012

Fragmentos

Jornal do incrível 



Notícia «piquenina» hoje no
Público

Vasco Pulido Valente hoje no Público:
«O que, por exemplo, o PCP e o Bloco
oferecem aos portugueses, tirando uma retórica
sem sentido, não interessa ninguém e não
 levará ninguém à mais ténue
 forma de militância
»
Passou impune e entre os intervalos da chuva a afirmação feita por Vítor Gaspar na AR de que ele e o governo português não conheciam nada de mais detalhado sobre o resgate a Espanha, apesar de naquele dia estar numa reunião dos ministros do Eurogrupo. Ou seja, a UE  toma uma decisão que tem vastas repercussões à escala europeia mas nem um telefonemazinho para os ministros das finanças nacionais a dar um cheirinho sobre a natureza  e os detalhes essenciais da coisa. É caso para dizer: que rica União !.

25 novembro 2015

Portugal, 1958-1961

Fique a conhecer a Almanaque !
Juro que não ganho nenhuma comissão dos serviços comerciais do Público mas não posso deixar de chamar a atenção para que amanhã, conjuntamente com a edição normal do jornal, estará à venda (6,90 E.) o primeiro número da sua série sobre revistas portuguesas dedicada à revista Almanaque, que publicou a partir de Outubro de 1959 18 números (que em tempos distantes comprei num alfarrabista e depois perdi-lhe o rasto), sobre a excelente direcção gráfica de Sebastião Rodrigues ( e depois também com a contribuição de João Abel Manta) e que integrou na sua redacção nomes como os de Baptista- Bastos, José Cardoso Pires, Stau Monteiro, Augusto Abelaira, José Cutileiro e Vasco Pulido Valente. Para quem não a conheceu na época  ou não sabe como era, recomendo vivamente que aproveitem esta oportunidade para visitarem o bom gosto, a qualidade e a modernidade desta revista democrática nascida e publicada nos duros tempos do fascismo.