em 600 - hectares - 600 !
O DN dá hoje grande destaque ao leilão dos restantes 600 hectares (*) da Reforma Agrária e consegue em editorial lavrar estas espantosas linhas : «A nova Reforma Agrária. A história tem disto. Repete-se. Ainda que as razões políticas sejam outras, que a conjuntura económica e social seja diferente e que a retórica ministerial seja mais astuta. E a "Reforma Agrária" está de regresso. Aquilo que hoje muitos vão ler como o fim das terras expropriadas pela Revolução - o leilão dos últimos 600 hectares que restavam da reforma de 1975 - é afinal o primeiro passo para o regresso ao campo. Com a curiosidade de acontecer pela mão do CDS.»
Palermices como estas mais me obrigam a sugerir aos que não acompanharam essa gesta histórica e heróica dos trabalhadores rurais dos campos do Sul a, entre outras, visitarem três obras fundamentais sobre aquele processo que desmontam falsificações e mentiras milhares de vezes repetidas sobre aquele processo.
Palermices como estas mais me obrigam a sugerir aos que não acompanharam essa gesta histórica e heróica dos trabalhadores rurais dos campos do Sul a, entre outras, visitarem três obras fundamentais sobre aquele processo que desmontam falsificações e mentiras milhares de vezes repetidas sobre aquele processo.
(*) Convém recordar que, no pico do seu desenvolvimento, a Reforma Agrária chegou a atingir cerca de 1.100.000 hectares. Mas convém também lembrar, porque se trata de contrariar uma das mais perigosas mistificações que na época circularam, que essa área correspondia apenas a um terço da área agrícola total da Zona de Intervenção da Reforma Agrária, o que quer dizer que nos campos do Sul a pluralidade das formas de exploração agrícola nunca esteve em causa ou ameaçada.