23 janeiro 2024

Habitação

 

 De mal a pior

Com a venda de casas a
derrapar, preços voltaram
a bater recorde em 2023

Em 2023, o número de vendas de casas caiu mais de 17%, mas os preços continuaram a aumentar a dois dígitos, ainda que este crescimento esteja a abrandar. Para este ano, prevê-se nova subida. (Público)

20 janeiro 2024

Os sonhos molhados de A. Barreto

 Um escrutínio de ladrões

«E tudo poderia ser tão diferente! Poderíamos ter, neste 
10 de Março, uma verdadeira revolução dentro da democracia.
 Poderíamos ter 230 círculos eleitorais, cada um elegendo,~
 por maioria absoluta, um só deputado.»

«O termo “o meu deputado” faria assim sentido
 para todos os deputados, com responsabilidades pessoais
, contas a prestar, mandatos a receber,
 lutas a conduzir e batalhas a travar.»

«O “meu deputado” seria o que foi eleito, 
evidentemente, poderia ou não ser do
 meu partido ou daquele em quem votei. 
Desde que é eleito, um deputado representa
 todo o eleitorado, não apenas o seu partido.»
Antõnio Barreto, no ´Público« de hoje-

Para além de ter vindo defender as candidaturas de «independentes» para a Assembleia da República, o que só conduziria a uma balcanização do Parlamento e à grande probabilidade, ao florescimento de deputados «limianos» e a umas mais que certas  súbitas transferências de bancadas, rigorosa e descaradamente o que António Barreto veio defender foi o estabelecimento de sistemas maioritários, seja a uma volta como na Grã-Bretanha, seja a duas voltas como na França.
A este respeito, o que importa desde logo sublinhar é que  a proporcionalidade na conversão de votos em mandatos não só está consagrada na Constituição como também constitui um  limite material da sua revisão.
Mas, para disso, o que é mesmo crucial é que os sistemas maioritários são estruturalmente antidemocráticos na exata medida em que  instituem entre os cidadãos uma desigual eficácia dlos seus votos r retiram deputados a partidos que tiveram votos para os eleger e dão deputados a outros partidos com a contribuição forçada de votos que não lhes foram dados.
E, a este respeito, recorde-se que há bastantes anos um estudo encomendado pelo Ministério da Administração Interna no tempo do ministro António Costa revelou que num cenário de 90 círculos uninominais, em caso de «onda laranja» o PSD  obteria 90% dos mandatos e, em caso de «onda rosa», esses 90% de mandatos pertenceriam ao PS.
Por fim, ao contrário do que escreve António Barreto, importa esclarecer que desde que eleito um deputado não representa todo o eleitorado mas sim aqueles que nele votaram ou mais latamente o partido porque foi eleito.
Por mim desde já esclareço que não quereria nenhuma proximidade com um deputado ou deputados em quem não votei. Quereria sim distância e, em muitos casos, mesmo uma vigorosa distância. Tudo visto, aquilo com que Barreto sonha neste Inverno não é com uma «revolução dentro da democracia» mas sim como uma contra-revolução.

18 janeiro 2024

Uma data de alto valor histórico

 Há 90 anos, a greve
geral revolucionária
 da Marinha Grande

«Neste dia 18 de janeiro de 1934 eclodia a greve geral revolucionária ou insurrecional, um dos acontecimentos fundamentais da história do movimento operário português. 

A greve era uma resposta à “fascização dos sindicatos”, imposta em setembro de 1933 pelo “Estatuto do Trabalho Nacional”, inspirado na “Carta del Lavoro” de Mussolini. Foi organizada por anarcossindicalistas da Confederação Geral do Trabalho, comunistas da Comissão Intersindical,  ligada ao Partido Comunista Português, socialistas da Federação das Associações Operárias e sindicatos autónomos organizados no Comité das Organizações Sindicais Autónomas, e previa também sabotagens, bombas, ações armadas, corte de comunicações e de estradas e uma sublevação militar republicana.»



Embarque de revoltosos para a prisão em Angra do Heroismo

17 janeiro 2024

As melhores pérolas da direita

 Não, não estamos
 esquecidos
imagens copiadas do «ladrão de
bicicletas»
e de Otília Gradim

Ao contrãrio das outras, esta primeira pérola não tem a desculpa de ser do tempo da troika. Pertence a Miranda Sarmento, actual líder parlamentar do PSD.






Um partido de trafulhas

 O Chega
e a banha da cobra

No seguimento de uma orientação que só pode merecer aplauso, o «Público» arrasa hoje com densa argumentação a promessa de Ventura para que daqui por 4 anos não haja nenhum pensionista ou reformado a receber menos do que o salário mínimo. Na verdade, para além do custo astronómico da medida, o quer a proposta significaria era que um reformado com 15 anos de descontos passaria a receber uma pensão  idêntica (820 euros) à de um com 42 anos de trabalho e descontos. É a justiça social à moda do Chega.


15 janeiro 2024

UM SERVIÇO PÚBLICO DO «PÚBLICO»

de mentiras !

Há “400 milhões” para igualdade de género?

O Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) detalha que, dos 426,27 milhões, apenas 9,2% se destinariam directamente a "reduzir as desigualdades" e 5% servirão para melhorar a igualdade entre homens e mulheres.

“Em Braga, 30% da população é imigrante” ?

Os Censos de 2021, segundo o INE, indicavam que existiam no distrito de Braga 846.515 habitantes. Ou seja, a percentagem de imigrantes no distrito seria de apenas 3,32%.


13 janeiro 2024

CDU a caminho de 10 de Março

 Nem mais

(--) «O reforço da CDU que, como aqui apareceu de forma tão viva e expressiva, estamos a construir no contacto, na conversa e no esclarecimento. 

É este o caminho, é esta a linha de trabalho que é necessário continuar a organizar, intensificar e levar ainda mais longe.

Nas empresas e nos locais de trabalho, nas ruas, nos bairros e aldeias, casa a casa, nos cafés, nas escolas, mercados e feiras e em todos os espaços, contactar, conversar, esclarecer, ganhar para o voto na CDU.

Vamos, com a força que temos, com a força que só depende de nós, construir um movimento de apoio e de mobilização para o caminho novo que se impõe.(...)»

PAULO RAIMUNDO NO ENCONTRO DA CDU SOBRE ELEIÇÕES

Atenção, muita atenção

O que as comemorações
 oficiais do 25 de Abril não 
devem esquecer

vale a pena comemorar o 25 de Abril em modo combativo
«(...) Que se lembre a determinação e coragem dos que o fizeram, que se fale por comparação com os anos da ditadura, é bom. O que é mau é que se comemore a data mais ou menos por obrigação como se fosse um dia santo republicano e laico, e não a Revolução de 25 de Abril. Sim, a “revolução”, que está muito para além da data, porque o 25 de Abril a partir da manhã deixou de ser um golpe de Estado para ser uma revolução, quando muitos milhares de pessoas vieram para as ruas, os militares tiveram que acelerar a ocupação da PIDE e a prisão dos agentes, que, recorde-se, mataram as últimas vítimas directas do Estado Novo na metrópole, tiveram que libertar os presos políticos, acabar com a censura nas ruas e aceitar a realização do 1.º de Maio e mil e um pequenos/grandes factos consumados que a Junta de Salvação Nacional não desejava.

(,,,(« A rua somou-se aos quartéis e a rua fez a revolução. Os historiadores, os sociólogos e os políticos têm usado o termo ou criticado o seu uso, têm-no definido com vários graus de exigência, mas que o 25 de Abril foi uma revolução, isso foi. Por muito tumultuoso que tenha sido o processo – e em bom rigor era difícil que não fosse, num país com tão longa ditadura e com uma guerra colonial em curso –,​ no dia 24 não havia liberdade, nem democracia, e no dia 25 havia liberdade e desta passou-se à democracia. Pode tudo estar a correr mal, podem os partidários do “cumprimento de Abril” dizer que este está “por cumprir”, mas a diferença entre 24 e 25 ainda está viva e bem viva .»

Pacheco Pereira no «Público»

07 janeiro 2024

Para se saber como elas se fazem

 Muito bem dito

Pacheco Pereira no «Público»

(...)«Na forma actual,[o continuo político-mediático] é um fenómeno recente porque não temos, de um lado a política, os partidos, os políticos e, do outro, os jornais, a rádio e a televisão, influenciando-se mutuamente pela mediação da chamada “opinião pública”, mas apenas um lado, o sistema político-mediático, em que cada vez mais os factos, as opiniões, as interpretações são moldados por mecanismos mediáticos em que participam políticos e jornalistas, cada vez mais com uma cultura de acção semelhante e dependente de efeitos comunicacionais tais como a novidade, o timing, o tipo de resposta, a rapidez, a frase assassina, a falta de estudo e de rigor. As redes sociais e novas formas de acesso àquilo que passa por ser informação, mas que é pouco mais do que entretenimento afectivo, apagaram o ethos e o logos, a favor do pathos.(...)»



Podiam ter uma metralhadora debaixo das saias

 Inadmissível !